quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

FUSTEL DE COULANGES



Fustel de Coulanges
Em
A Cidade Antiga.






“Quanto de gregos e romanos conservamos e por estes nos foi legado, faz-nos ver quanto a estes povos nos assemelhamos; pesa-nos pois ter de considerá-los como povos estrangeiros; e assim, a estes, quase sempre, os interpretamos como a nós mesmos.

Enganamo-nos redondamente quando só apreciamos estes povos antigos através de opiniões e à luz do nosso tempo”.


“Por uma errada observação das instituições da cidade antiga, imagina-se poder fazê-las reviver entre nós nas leis da atualidade”.


“Para que haja verdadeiro conhecimento destes povos antigos, torna-se prudente estuda-los sem a preocupação de ver neles homens da nossa gente, e como se os antigos nos sejam completamente estranhos; devemos compreendê-los tão desapaixonadamente e com espírito tão livre como se estudássemos a Índia antiga, ou a Arábia”.


“Se as leis da associação humana já não são as mesmas das da antiguidade, o motivo está em que algo do próprio homem se transformou.
Temos, efetivamente, algo de nosso ser a modificar-se de século em século: a nossa inteligência.
A inteligência está sempre em evolução, quase sempre em progresso, e, por esta razão, as nossas instituições e leis estão sujeitas às flutuações da inteligência do homem.
O homem não pensa atualmente do mesmo modo como pensou vinte e cinco séculos atrás, e por isso se não governa hoje pelas mesmas leis que então o regentaram”.






COULANGES, Numa Denis Fustel de. A Cidade Antiga. Tradução e glossário de Fernando de Aguiar. 9ª. Ed. V.1. Lisboa: Livraria Clássica Editora1957.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fustel_de_Coulanges

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