sábado, 30 de outubro de 2010

T. S. ELIOT



T. S. Eliot
Em
Notas para uma definição de cultura.





“Quando se aplica o termo “cultura” à manipulação de organismos inferiores – à obra do bacteriologista, ou do agriculturalista – o significado é bastante claro, pois é possível alcançar unanimidade com respeito aos objetivos a atingir, e podemos concordar quando os atingimos ou não.

Quando é aplicado à melhoria da mente e do espírito humanos – estamos menos aptos a concordar com o que é a cultura”.





“Qualquer religião, enquanto dura e em seu próprio nível, dá um significado aparente à vida, fornece a estrutura para uma cultura, e protege a massa da humanidade do tédio e do desespero”.





“Aquilo que normalmente chamamos de compreensão de outro povo, logicamente, é uma aproximação da compreensão que fica perto do ponto no qual o estudioso começaria a perder alguma essência de sua própria cultura.

O homem que, para compreender o mundo interior de uma tribo canibal, tenha aderido à prática do canibalismo provavelmente foi longe demais: nunca mais poderá ser de fato um dos seus novamente”.





“O canal primário de transmissão de cultura é a família: nenhum homem escapa do tipo, ou ultrapassa totalmente o grau de cultura que adquiriu de seu ambiente primitivo”.





“O que propus não é uma “defesa da aristocracia” – uma ênfase sobre a importância de um órgão da sociedade.

É antes um apelo em favor de uma forma de sociedade na qual uma aristocracia teria uma função peculiar e essencial, tão peculiar e essencial quanto a função de qualquer outra parte da sociedade.

O que é importante é uma estrutura de sociedade na qual haverá, do “topo” a “base”, uma gradação contínua de níveis culturais; é importante lembrar que não deveríamos considerar os níveis superiores como possuidores de mais cultura do que os inferiores, mas como representantes de uma cultura mais consciente e de maior especialização da cultura.

Inclino-me a crer que nenhuma democracia verdadeira pode manter-se a menos que contenha esses níveis diferentes de cultura”.





“É improvável, em toda a massa de texto impresso, que as obras mais originais e mais profundas alcancem os olhos ou chamem a atenção de um grande público, ou mesmo de um bom número de leitores que são capazes de apreciá-las.

As idéias que exaltam uma tendência atual ou uma atitude emocional chegam mais longe; e outras serão destorcidas a fim de se adaptarem ao que já é aceito”.






ELIOT, T. S. Notas para uma definição de cultura. Tradução de Geraldo Gerson de Souza; Revisão de Plínio Martins Filho. São Paulo: Editora Perspectiva, 1988. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7208355/Notas-Para-Uma-Definicao-de-Cultura-T-S

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

FRANZ BOAS (2)

Franz Boas
Em
As limitações do método comparativo da antropologia.





“As idéias não existem de forma idêntica por toda parte: elas variam.

Tem-se acumulado material suficiente para mostrar que as causas dessas variações são tanto externas, isto é, baseadas no ambiente – tomando o termo ambiente em seu sentido mais amplo –, quanto internas, isto é, fundadas sobre condições psicológicas.

A influência dos fatores externos e internos sobre idéias elementares corporifica um grupo de leis que governa o desenvolvimento da cultura”.





“Não se pode dizer que a ocorrência do mesmo fenômeno sempre se deve às mesmas causas, nem que ela prove que a mente humana obedece às mesmas leis em todos os lugares.

Temos que exigir que as causas a partir das quais o fenômeno se desenvolveu sejam investigadas, e que as comparações se restrinjam àqueles fenômenos que se provem ser efeitos das mesmas causas”.





“Os costumes e as crenças, em si mesmos, não constituem a finalidade última da pesquisa.

Queremos saber as razões pelas quais tais costumes e crenças existem – em outras palavras, desejamos descobrir a história de seu desenvolvimento”.





“O problema psicológico está contido nos resultados da investigação histórica.

Quando esclarecemos a história de uma única cultura e compreendemos os efeitos do meio e das condições psicológicas que nela se refletem, damos um passo adiante, pois podemos então investigar o quanto essas ou outras causas contribuíram para o desenvolvimento de outras culturas”.






BOAS, F. As limitações do método comparativo em Antropologia. In. _______ Antropologia Cultura. Organizado por Celso Castro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. Disponívem em: http://www.4shared.com/get/oAC-JWgd/Antropologia_Cultural_Franz_Bo.html

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CIVILIZAÇÃO




U.S. Marines firing at positions where Taliban militants were believed to be in the Hemland Province - Afghanistan

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

AUGUSTO DOS ANJOS (5)



VOLÚPIA IMORTAL
(Augusto dos Anjos)




Cuidas que o genesíaco prazer,
Fome do átomo e eurítmico transporte
De todas as moléculas, aborte
Na hora em que a nossa carne apodrecer?!

Não! Essa luz radial, em que arde o Ser,
Para a perpetuação da Espécie forte,
Tragicamente, ainda depois da morte,
Dentro dos ossos, continua a arder!

Surdos destarte a apóstrofes e brados,
Os nossos esqueletos descamados,
Em convulsivas contorções sensuais,

Haurindo o gás sulfídrico das covas,
Com essa volúpia das ossadas novas
Hão de ainda se apertar cada vez mais!







ANJOS, Augusto dos. Poesia Erótica. Disponível em: http://www.4shared.com/document/l9jQNVf4/POESIAS_-_Augusto_dos_Anjos_-_.htm?aff=7637829

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

AVICENA



Avicena
Em
A Filosofia e sua divisão.







“A filosofia é o aperfeiçoamento da alma humana através da apreensão das coisas e a confirmação das verdades especulativas e práticas, de acordo com a capacidade humana”.





“Quanto à ética, seu benefício é ensinar as virtudes e o como adquiri-las para que, por intermédio delas, a alma possa purificar-se; para conhecer o vil e saber como este ocorre afim de que a alma possa purificar-se do mesmo”.





“O homem pertence aos animais.

Lhe é própria, porém, uma alma humana denominada alma racional, sendo a racionalidade a mais célebre de suas ações e o seu primeiro vestígio peculiar”.





“Quem percebe os inteligíveis, e nesse caso é a alma humana, é uma substância que não se associa à matéria; é isenta de corpos, sua essência é isolada pela substância e pelo intelecto”.





“A alma tem ações próprias e aceitação da forma inteligida, cuja forma não cessa no corpo.

A substância, em função de seu isolamento, é, então, o lugar desta forma”.







IBN SINA (AVICENA). A Filosofia e sua divisão. Tradução de Jamil Ibrahim Iskandar. In. MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-Pr., 2009. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/31806345/Antologia-PDF-13012010

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

GADAMER (4)



Hans-Georg Gadamer
Em
Homem e linguagem.






“A palavra grega logos foi traduzida no sentido de razão ou pensar.
Na verdade, a palavra significa também e sobretudo: linguagem”.





“Só podemos pensar dentro de uma linguagem e é justamente o fato de que nosso pensamento habita a linguagem que constitui o enigma profundo que a linguagem propõe ao pensar”.





“É aprendendo a falar que crescemos, conhecemos o mundo, conhecemos as pessoas e por fim conhecemos a nós próprios.
Aprender a falar não significa ser introduzido na arte de designar o mundo que nos é familiar e conhecido pelo uso de um instrumental já dado, mas conquistar a familiaridade e o conhecimento do próprio mundo, assim como ele se nos apresenta”.





“O verdadeiro sentido da linguagem é aquilo que adentramos quando a ouvimos: o dito”.





“O jogo da fala e da réplica prolonga-se para um diálogo interior da alma consigo mesma, como Platão já havia tão bem qualificado o pensamento”.





“Um enunciado só consegue tornar-se compreensível quando no dito compreende-se também o não dito”.







GADAMER, Hans-Georg. Homem e linguagem. In. _____ Verdade e Método II. Sem indicação de tradutor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. Disponível em http://homepage.mac.com/ronairocha/.Public/Gadamer%20Homem%20e%20Linguagem.pdf

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E. T. PARRIS



Mid-Manhattan Picture Collection

The happy Bride
(a noiva feliz)
Ca. 1814-1870 – gravura – 15 x 11 cm.
Autor: Edmund THomas Parris (1793-1873)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MICHEL FOUCAULT (6)



Michel Foucault
Em
Vigiar e Punir.





“O sofrimento físico, a dor do corpo não são mais os elementos constitutivos da pena.

O castigo passou de uma arte das sensações insuportáveis a uma economia dos direitos suspensos.

Se a justiça ainda tiver que manipular e tocar o corpo dos justiçáveis, tal se fará à distância, propriamente, segundo regras rígidas e visando a um objetivo bem mais “elevado”.

Por efeito dessa nova retenção, um exército inteiro de técnicos veio substituir o carrasco, anatomista imediato do sofrimento: os guardas, os médicos, os capelães, os psiquiatras, os psicólogos, os educadores; por sua simples presença ao lado do condenado, eles cantam à justiça o louvor de que ela precisa: eles lhe garantem que o corpo e a dor não são os objetos últimos de sua ação punitiva”.





“Todo o aparelho que se desenvolveu há anos, em torno da aplicação das penas e de seu ajustamento aos indivíduos, desmultiplica as instâncias da decisão judiciária, prolongando-a muito alem da sentença”.





“Sofrimento, confronto e verdade estão ligados uns aos outros na prática da tortura; trabalham em comum o corpo do paciente.

A investigação da verdade pelo suplício do “interrogatório” é realmente uma maneira de fazer aparecer um indício, o mais grave de todos – a confissão do culpado; mas é também a batalha, é a vitória de um adversário sobre o outro que “produz” ritualmente a verdade.

A tortura para fazer confessar tem alguma coisa de inquérito, mas também de duelo”.





“O suplício judiciário deve ser compreendido também como um ritual político.

Faz parte, mesmo num modo menor, das cerimônias pelas quais se manifesta o poder”.







FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987. Disponível em:
http://www.esnips.com/doc/20e834a1-8177-4018-9bef-29b575e5f8ea/Michel...)

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sábado, 23 de outubro de 2010

MÁRIO QUINTANA (12)



CANÇÃO DE VIDRO
(Mário Quintana)




E nada vibrou...
Não se ouviu nada...
Nada...

Mas o cristal nunca mais deu o mesmo som.

Cala, amigo...
Cuidado, amiga...
Uma palavra só
Pode tudo perder para sempre...

E é tão puro o silêncio agora!







QUINTANA, Mário. Nova antologia poética. Centenário Mario Quintana 1906 – 2006. Disponível em: http://www.4shared.com/get/IVeekW6b/QUINTANA_Mrio_-_Nova_Antologia.html;jsessionid=C8F59FE8708C5CDEBA685FE063485EB8.dc278

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FLÁVIO JOSEFO



Flávio Josefo
Em
História dos Hebreus.






“E o que me obriga agora, para desmenti-lo, a relatar o que havia calado até aqui, e não nos devemos admirar por ter diferido tanto, pois, ainda que um historiador seja obrigado a dizer a verdade, ele pode não se deixar levar contra os maus, não que eles mereçam ser favorecidos, mas para permanecermos nos termos de uma sábia moderação”.





“De todas as guerras que se travaram, quer de cidade contra cidade, quer de nações contra nações, nosso século ainda não viu outra tão grande, e nós não sabemos que tenha havido outra semelhante, à que os judeus sustentaram contra os romanos”.





“Os gregos falam muito quando se trata de sustentar seus interesses, quer em particular, quer perante os juízes, mas calam-se quando é preciso reunir com muita dificuldade tudo o que é necessário para compor uma história verdadeira, e não acham estranho que aqueles que nenhum conhecimento têm dos feitos dos príncipes e dos grandes generais e são mui incapazes de os descrever, ousem fazê-lo.

Isto mostra que quanto procuramos a verdade da história tanto os gregos a desprezam e disso se descuidam”.





“Quando Herodes se viu senhor da Judéia pela tomada de Jerusalém, manifestou grande reconhecimento para com os que haviam abraçado os seus interesses e mandou matar um grande número de partidários de Antígono.

Como ele não tinha dinheiro, mandou a Antônio e aos que estavam mais bem situados perante ele, o que ele tinha de móveis mais preciosos, mas não pôde, entretanto, com esse meio, por-se em condições de nada ter de temer, porque Antônio tinha tal paixão por Cleópatra, que nada lhe podia recusar.

Essa ambiciosa mulher, princesa avarenta, depois de ter cruelmente perseguido os de sua própria família, pois não restava mais um só com vida, voltou seu furor contra os estrangeiros.

Caluniava perante Antônio os mais ilustres dentre eles e o levava a condená-los à morte, a fim de se apoderar de suas riquezas.

Sua avareza ainda não estava, porém, satisfeita, ela queria tratar do mesmo modo os judeus e os árabes e fez tudo o que podia para persuadir Antônio a mandar matar Herodes e Malce, reis daquelas duas nações.

Ele fingiu consentir, mas não julgou justo manchar suas mãos no sangue desses príncipes, dos quais não tinha absolutamente motivo nenhum de se queixar.

Contentou-se em não lhes manifestar mais a mesma amizade e em dar à princesa várias terras que tirou de seus territórios, dentre as quais as que se situam nas proximidades de Jerico, tão ricas em palmeiras e onde cresce o bálsamo, como também todas as cidades sobre o rio de Electra, com exceção de Tiro e de Sidom”.








JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Tradução por Vicente Pedroso. 8ª. Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2004. Disponível em: http://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxwYnNlbmFzZW5hfGd4OjUwOGQ0ZGY2MGNiZGZiZQ&pli=1

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RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Agosto 2007

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

WITTGENSTEIN (3)



Ludwig Wittgenstein
Em
Tratactus Lógico-Philosophicus.





4.002

“O homem possui a capacidade de construir linguagens nas quais cada sentido se deixa exprimir, sem contudo pressentir como e o que cada palavra denota. – Assim se fala sem saber como os sons singulares são produzidos.

A linguagem corrente forma parte do organismo humano e não é menos complicada do que ele.

É humanamente impossível de imediato apreender dela a lógica da linguagem.

A linguagem veda o pensamento; do mesmo modo, não é possível concluir, da forma exterior da veste, a forma do pensamento vestido por ela, porquanto a forma exterior da veste não foi feita com o intuito de deixar conhecer a forma do corpo.

Os acordos silenciosos para entender a linguagem corrente são enormemente complicados”.





4.1212

“O que pode ser mostrado não pode ser dito”.





5.1361

“Não podemos inferir os acontecimentos do futuro a partir daqueles do presente.

É superstição a crença no nexo causal”.





5.5303

“Falando grosso modo: dizer de dois objetos que são idênticos é absurdo, e de um único que é idêntico consigo mesmo por certo não diz nada”.





5.533

“O signo da igualdade não é, pois, parte essencial da ideografia”.





5.6

Os limites de minha linguagem denotam os limites de meu mundo”.





6.37

“Não há obrigação para algo acontecer depois de alguma coisa ter acontecido.

Não há necessidade que não seja lógica”.





WITTGENSTEIN, Ludwig. Tratactus Lógico-Philosophicus. Tradução e apresentação de José Arthur Giannotti. São Paulo: Companhia Editora Nacional / Editora da Universidade de São Paulo, 1968. Disponível em: http://www.4shared.com/document/UNko8yen/Wittgenstein_-_Tractatus_Logic.htm

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

EMERSON (2)



Ralph Waldo Emerson
Em
Caráter.





“Há gênios no comércio, assim como na guerra, no Estado, ou nas letras; e o motivo por que este ou aquele homem é um vitorioso não se revela”.





“As naturezas mais fortes subjugam as mais fracas, afetando-as com uma espécie de sono”.





“O mesmo transporte que a ocorrência dos melhores acontecimentos me proporcionaria, devo aprender a experimentar, ainda mais puro, na verificação de que a minha posição melhora a cada passo e já comanda os acontecimentos que desejo”.





“A razão por que sentimos a presença de um homem e não nos apercebemos de outro é tão simples como a lei da gravidade”.





“É observador obtuso aquele cuja experiência não lhe ensinou a realidade e a força da mágica, tão bem como a da química”.




“Um dia veremos que a energia mais particular é a mais pública, que a qualidade afina com a quantidade e a grandeza de caráter atua na sombra e socorre aos que nunca a viram”.








EMERSON, Ralph W. Caráter. Tradução: Sarmento de Beires e José Duarte. In. Ensaístas Americanos. Rio de Janeiro: W. M. Jackson Inc., 1950. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/emerson.html

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

MANU CHAO

Minha Galera
(Manu Chao)



O minha maconha
Minha torcida
Minha querida
Minha galera

O minha cachoeira
Minha menina
Minha flamenga
Minha capoeira

O minha menina
Minha querida
Minha Valéria...

O minha maloca
Minha larica
Minha cachaça
Minha cadeia

Minha vagabunda
O minha vida
Minha mambembe
Minha ladeira

O minha menina
Minha querida
Minha Valéria...

O minha torcida
Minha flamenga
Minha cadeia

O minha maconha
Minha torcida
Minha querida
Minha galera

Minha vagabunda
Minha mambembe
Minha beleza
Minha capoeira...

O minha menina
Minha querida
Minha Valéria...

Minha torcida
Minha flamenga
Minha cadeia

O minha maconha
Minha torcida
Minha querida
Minha galera...




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ZÉ TRINDADE




Zé Trindade e Renata Fronzi em uma cena do filme “Marido de Mulher Boa” (1960).

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

AGOSTINHO DE HIPONA (4)



Santo Agostinho
Em
A Trindade.





“Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção”.





“Penso com razão, que alguns mais tardos de inteligência vão opinar, em certas passagens de meus livros que eu disse aquilo que não disse; ou que não disse o que disse”.





“A contemplação é a recompensa da fé”.





“Há duas coisas dificilmente toleráveis no erro humano.
São elas: a presunção, antes de ser esclarecida a verdade; e a obstinação no erro, fruto da presunção, após a manifestação da verdade”.





“Desejo deveras que, para todos os meus escritos, haja não só um leitor piedoso, mas também um crítico imparcial.
Contudo estes são os que mais quero e oxalá a magnitude da questão em estudo encontre tantos investigadores quantos são os contestadores.
Entretanto, assim como não quero um leitor que tudo aceita, não quero também um crítico convencido de si mesmo”.





“O gênero humano sói ter em grande estima a ciência das coisas da terra e as do céu.
Levam, entretanto, grande vantagem aqueles que preferem o conhecimento de si mesmos ao dessas ciências”.









Agostinho, Santo. A Trindade. Tradução Agustino Bielmonte. São Paulo: Paulus, 1994.

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sábado, 16 de outubro de 2010

ALEXIS DE TOCQUEVILLE



Alexis de Tocqueville
Em
A democracia na América.






“Ora, é verdade que existe razão legítima para a igualdade, que induz os homens a desejarem ser fortes e respeitados, tendendo a elevar os pequenos ao nível dos grandes.

Mas também se encontra no coração humano um gosto depravado pela igualdade, que leva os fracos a desejar atrair os fortes para o seu nível, e que leva os homens a preferir a igualdade na servidão à desigualdade na liberdade”.





“Não tenho pela liberdade de imprensa aquele amor completo e imediato que se dedica às coisas soberanamente boas pela sua própria natureza.

Amo-a porque levo em conta os males que ela evita, bem mais do que os benefícios que proporciona.

A soberania do povo e a liberdade de imprensa são duas idéias correlatas; a censura e o voto universal são, pelo contrário, duas coisas que se contradizem e que não podem coexistir por muito tempo nas instituições políticas de um mesmo povo”.





“Na democracia, os cidadãos vêem um homem que sai da sua classe e que alcança em poucos anos a riqueza e o poder; este espetáculo suscita a sua surpresa e a sua inveja; eles procuram saber como aquele que era anteriormente seu igual está hoje revestido do direito de os dirigir.

Atribuir a sua elevação ao seu talento ou às suas virtudes é incômodo, porque seria reconhecer que eles próprios são menos virtuosos e menos hábeis que ele.

Eles situam a principal causa em alguns dos seus vícios e frequentemente têm razão para o fazerem.

Opera-se assim uma odiosa confusão entre as idéias da vileza e do poder, da indignidade e do sucesso, da utilidade e da desonra”.







TOCQUEVILLE, Alexis de. A democracia na América. Tradução, prefácio e notas: Neil Ribeiro da Silva. 4ª Ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

CELESTE ZENHA (2)



Celeste Zenha
Em
Comentário 1.





“Que são conceitos?
Palavras especiais que ganham determinado sentido, de acordo com o discurso ao qual se integram.
Abstrações que podem ser convertidas em variáveis de uma equação ou ainda podem ser utilizadas como ferramentas menos precisas, e nem por isso menos úteis.
Categorias regidas por normas discursivas, emitidas por determinados lugares de sujeito, e que transitam por certos dispositivos de poder.

É certo que, ao invés de atávicas camisas-de-força, esses instrumentos de pensar resultantes de operações lógicas e racionais, devem atuar como auxiliares eficazes no trabalho de construção do discurso histórico.
E, para além de perceber sentidos e empregos falsos ou errados, o historiador deve deixar aflorar uma multiplicidade de sentidos historicamente contextualizados e possíveis.

Sem dúvida alguma, o emprego dessas categorias lógicas como universais desprovidas de historicidade, como se possuíssem uma validade atemporal, uma capacidade de espelhar algumas das qualidades inerentes à Humanidade, mostra-se pouco adequado ao trabalho do historiador”.






ZENHA, Celeste. Comentário 1. Anais do Museu Paulista. São Paulo. vol. 4, n. 1 p.29-35 jan./dez. 1996. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v4n1/a03v4n1.pdf

(Dois anos de saudade...)

FLÁVIO DE CARVALHO



Museu de Arte Contemporânea de São Paulo.

Série trágica, I.
1947 – carvão sobre papel – 69,9 x 51 cm.
Autor: Flávio de Carvalho


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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

GILKA MACHADO (2)



SENSUAL
(Gilka Machado)



Quando, longe de ti, solitária, medito
neste afeto pagão que envergonhada oculto,
vem-me ás narinas, logo, o perfume esquisito
que o teu corpo desprende e há no teu próprio vulto.

A febril confissão deste afeto infinito
há muito que, medrosa, em meus lábios sepulto,
pois teu lascivo olhar em mim pregado, fito,
á minha castidade é como que um insulto.

Se acaso te achas longe, a colossal barreira
dos protestos que, outrora, eu fizera a mim mesma
de orgulhosa virtude, erige-se altaneira.

Mas, se estás ao meu lado, a barreira desaba,
e sinto da volúpia a ascosa e fria lesma
minha carne poluir com repugnante baba...





[fonte: Blog do Jayme Bueno, adaptada ao português corrente]




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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

REINHART KOSELLECK (2)



Reinhart Koselleck
Em
Uma História dos Conceitos.





“Todo conceito articula-se a um certo contexto sobre o qual também pode atuar, tornando-o compreensível”.





“Certamente a formulação do conceito de história é uma criação lingüística genial, quando se pensa no momento histórico dessa criação no século XVIII, momento em que as condições de percepção das histórias individuais, até então percebidas isoladamente de forma relativamente fácil, tornam-se cada vez mais difíceis.

Isto porque a compreensão de fatos históricos únicos demanda o estabelecimento de relações múltiplas com outros fatos, constituindo-se num todo altamente agregado de partes, cuja inteligibilidade escapa à experiência individual particular”.





“A separação analítica entre cada afirmação lingüística presente em todas as fontes textuais e a história concreta, o que deveria ser ou supostamente é, deve ser obrigatoriamente realizada de forma rigorosa do ponto de vista teórico.

Só então posso perguntar às fontes textuais o que elas indiciam em relação à história concreta e que qualidades possuiriam para co-produzirem história enquanto textos”.







KOSELLECK, Reinhart. Uma História dos Conceitos: problemas teóricos e práticos. Transcrição, tradução e edição por Manoel Luis Salgado Guimarães. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 134-146. Disponível em: http://virtualbib.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1945/1084

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

PASCAL (8)



Blaise Pascal
Em
O homem perante a natureza.






“Eis o nosso estado verdadeiro: é o que nos torna incapazes de saber com segurança e de ignorar totalmente.

Nadamos num meio termo vasto, sempre incertos e flutuantes, empurrados de um lado para o outro.

Qualquer objeto a que pensemos apegar-nos vacila e nos abandona, e se o perseguirmos foge à perseguição.

Escorrega-nos entre as mãos numa eterna fuga.

Nada se detém por nós.

É o estado que nos é natural e, no entanto, nenhum será mais contrário à nossa inclinação: ardemos de desejo por encontrar uma plataforma firme e uma base última e permanente para sobre ela edificar uma torre que se erga até o infinito; porém os alicerces ruem e a terra se abre até o abismo”.





“O homem é, em si mesmo, o objeto mais prodigioso da natureza, pois não se pode conceber nem o que é corpo, nem, menos ainda, o que é espírito,e, ainda menos, de que modo um corpo pode se unir a um espírito”.





“Em vez de recebermos a idéia pura das coisas, tingimo-la com nossas qualidades e impregnamos de nosso ser composto todas as coisas simples que contemplamos”.







PASCAL, Blaise. O homem perante a natureza. Sem indicação de tradutor. Disponível em: http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/cv000039.pdf

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RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Julho 2007

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ERICH FROMM (2)



Erich Fromm
Em
A Arte de Amar.





“Toda a nossa cultura se baseia no apetite da compra, na idéia de uma troca mutuamente favorável.
A felicidade do homem moderno consiste na sensação de olhar as vitrinas das lojas e em comprar tudo quanto esteja em condições de comprar, quer a dinheiro, quer a prazo.
Ele (ou ela) encara as pessoas de maneira semelhante.
Para o homem, uma mulher atraente (e, para a mulher, um homem atraente) eis o lucro a obter”.





“Na maioria, o povo nem sequer tem consciência de sua necessidade de conformar-se.
Vive sob a ilusão de seguir suas próprias idéias e inclinações, de ser individualista, de ter chegado a suas opiniões como resultado de seus próprios pensamentos – apenas acontecendo que suas idéias são as mesmas da maioria”.





“O conformismo de rebanho tem apenas uma vantagem: é permanente e não espasmódico.
O indivíduo é introduzido no padrão conformista com a idade de três ou quatro anos e daí por diante nunca perde o contato com o rebanho.
Mesmo seu funeral, que ele antevê como o último de seus grandes eventos sociais, está em estreita conformidade com os padrões”.





“Respeito significa a preocupação de que a outra pessoa cresça e se desenvolva como é, “respeito”, assim, implica ausência de exploração.
Quero que a pessoa amada cresça e se desenvolva por si mesma, por seus próprios modos, e não para o fim de servir-me”.





“Nenhum observador objetivo de nossa vida ocidental pode duvidar de que o amor – amor fraterno, amor materno e amor erótico – seja fenômeno relativamente raro, sendo seu lugar tomado por numerosas formas de pseudo-amor que, em realidade, são outras tantas formas de desintegração do amor”.








FROMM, Erich. A Arte de Amar. Tradução de Milton Amado. São Paulo: Martins Fontes, s/data. Disponível em: http://api.ning.com/files/DQdwpc6qS4*5U-t2OVGmp4P9O4fydtzb37hu8Cgzzp1zEft8lFwN3J8US*Jy5h5y6pLGSw2hukwOtEtupivtcb4Yoy9CnSqC/AArtedeAmarErichFromm.pdf

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sábado, 9 de outubro de 2010

CHARLES PÉGUY



Charles Péguy
Em
Da razão.




“A razão não procede pela via da autoridade.

Como não admite de quem ensina nenhuma intimidação, chantagem nem ameaça, como não acolhe nenhum exercício de força, nenhum excesso de poder, nenhum poder, mandamento, abuso nem golpe de Estado, não presume naquele que é ensinado nenhuma covardia.

É, pois, trair a razão, é fazer desarrazoar a razão querer garantir o triunfo da razão pelos meios da autoridade”.





“Um dos modos mais perigosos da demagogia é mascarar ao povo as suas incompetências inevitáveis, provisórias, mas provisoriamente inevitáveis”.





“O verdadeiro libertário sabe entrever a autoridade em toda a parte onde ela exerce sevícias; e em nenhum lado ela é tão perigosa como onde reveste as aparências da liberdade”.





"Nem sempre e genuinamente revolucionária, a razão também não é sempre e verdadeiramente tradicional.

Mas é genuinamente racional e razoável”.





“Assim como não devemos ligar-nos à revolução social e impor às humanidades futuras os nossos sistemas, também não devemos impor-lhes sistemas herdados, mesmo que fossem herdados de revolucionários.

Não devemos impor-lhes, comunicar-lhes, passando por nós, sistemas antigos”.





“Não é necessário que, depois de ter sofrido por causa da nossa negligência, o povo seja hoje deformado pela nossa complacência.

Não é necessário que, tendo sofrido por causa da ignorância em que foi deixado, seja hoje deformado por um semi-saber, que é sempre um falso saber”.







PÉGUY, Charles. Da Razão. Tradutor: Artur Morão. Cavilha: Universidade da Beira Interior, 2009. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/peguy_charles_da_razao.pdf

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PAULA TOLLER / HERBERT VIANNA

Nada por mim
(Paula Toller / Herbert Vianna)



Você me tem fácil demais
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse vai, e eu não fui

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só pra te agradar
Me diz até o que vestir
Com quem andar e aonde ir
Mas não me pede pra voltar

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu




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BOB WILLS (2)





Bob Wills & The Texas Playboys with Tommy Duncan and the McKinney Sisters – plays New San Antonio Rose.

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ERIC VOEGELIN (2)



Eric Voegelin
Em
A Consciência do Fundamento.






“A consciência dos homens concretos é o lugar onde a ordem é experimentada.
A partir deste centro de experiência irradiam as interpretações de ordem social, tanto as noéticas como as não-noéticas.
A experiência de ordem humana concreta, de igual modo, não é o conhecimento de um objeto, mas uma tensão peculiar, tanto quanto o homem se experiência a si próprio como ordenado pela tensão para o fundamento divino da sua existência”.





“Num sentido real a exegese noética chega assim ao ponto em que o seu discernimento da realidade pode ser expresso adequadamente através de um símbolo ambiguamente referido a todas as dimensões e aspectos da realidade, na qual a própria exegese, perspectivamente conhecida, realmente move.
A ambigüidade não é o resultado de desleixo da linguagem, mas antes é requerida pelo discernimento noético.
O símbolo, por conseguinte, embora oculto em linguagem ambígua, é noeticamente inambíguo.
É inambíguo na medida em que é um símbolo através do qual a realidade da exegese, que o produz, alcança a transparência de si para si própria”.





“As interpretações noéticas surgem quando a consciência, em qualquer ocasião, procura tornar-se explicita para si própria.
A tentativa da consciência interpretar o seu próprio logos pode ser chamada exegese noética”.






VOEGELIN, Eric. A Consciência do Fundamento. Tradução de José Rosa. Disponível em:
http://www.lusosofia.net/textos/voegelin_eric_consciencia_do_fundamento.pdf


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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

BARÃO DE ITARARÉ (7)



Mais algumas máximas de Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé:




“De onde menos se espera, daí é que não sai nada”.



“Quem empresta, adeus...”.



“Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades”.



“É mais fácil sustentar dez filhos que um vício”.



“Adolescência é a idade em que o garoto se recusa a acreditar que um dia ficará chato como o pai”.



“A solidez de um negócio se mede pelo seu lucro líquido”.






Itararé, Barão de. Máximas e Mínimas do Barão de Itararé. Seleção e organização Afonso Félix de Souza. Apresentação de Jorge Amado. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1986.

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

BRUNO BETTELHEIM (2)



Bruno Bettelheim
Em
A Psicanálise dos Contos de Fadas.





“Se esperamos viver não só cada momento, mas ter uma verdadeira consciência de nossa existência, nossa maior necessidade e mais difícil realização será encontrar um significado em nossas vidas.
É bem sabido que muitos perderam o desejo de viver, e pararam de tentá-lo, porque tal significado lhes escapou.
Uma compreensão do significado da própria vida não é subitamente adquirida numa certa idade, nem mesmo quando se alcança a maturidade cronológica.
Ao contrário, a aquisição de uma compreensão segura do que o significado da própria vida pode ou deveria ser é o que constitui a maturidade psicológica.
E esta realização é o resultado final de um longo desenvolvimento: a cada idade buscamos e devemos ser capazes de achar alguma quantidade módica de significado congruente com o “quanto” nossa mente e compreensão já se desenvolveram”.





“Hoje, como no passado, a tarefa mais importante e também mais difícil na criação de uma criança é ajudá-la a encontrar significado na vida”.





“Ao contrário do que acontece em muitas estórias infantis modernas, nos contos de fadas o mal é tão onipresente quanto a virtude.
Em praticamente todo conto de fadas o bem e o mal recebem corpo na forma de algumas figuras e de suas ações, já que bem e mal são onipresentes na vida e as propensões para ambos estão presentes em todo homem.
É esta dualidade que coloca o problema moral e requisita a luta para resolvê-lo”.








BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. Tradução de Arlene Caetano. 16ª. Ed. São Paulo: Paz e Terá, 2002.

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JOSHUA REYNOLDS



Art Institute of Chicago

Lady Sarah Bunbury Sacrificing to the Graces
1763-65 – óleo sobre tela – 242,6 x 151,5 cm.
Autor: Joshua Reynolds


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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

FREDERICK JACKSON TURNER (2)



Frederick Jackson Turner
Em
O Espírito Ocidental Contra a Natureza.





“Na vida de uma cultura tradicional o processo mais crucial é a transmissão organizada dos costumes das gerações mais velhas para as mais novas.
Mas no mundo das Grandes Planícies, em veloz transformação, esse processo foi interrompido no seio das tribos, já que as condições externas das quais brotaram os costumes tinham mudado.
Era cada vez mais difícil ajustar os costumes às novas realidades.
Era cada vez mais desconcertante a desarmonia entre a vida tribal tradicional e a história da qual as tribos agora faziam parte, à sua revelia.
Todos sentiam o problema, mas as crianças foram as mais afetadas.
Elas cresciam sentindo a presença ameaçadora dos brancos e percebendo no comportamento dos adultos uma incapacidade perplexa de enfrentar essa presença.
Os grandes guerreiros combatiam os brancos mas nada conseguiam de importante.
Mesmo as vitórias pareciam levar invariavelmente a novas cessões das terras tribais.
Líderes antes respeitados se transformavam inexplicavelmente em “chefes pacifistas” ou mergulhavam num alcoolismo sorumbático e lacônico.
As estruturas dos clãs e de parentesco se desintegravam por causa de doenças, mortes e migrações”.










TURNER, F. J. O Espírito Ocidental Contra a Natureza. Tradução: José Augusto Drummond. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

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sábado, 2 de outubro de 2010

TONY HATCH



ESQUEÇA (Forget him)
(Tony Hatch / versão de Roberto Côrte Real)



Esqueça, se ele não te ama
Esqueça, se ele não te quer
Não chore mais, não sofra assim
Porque posso te dar amor sem fim

Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar, oh, oh,
Não chore mais, vem pra mim, vem
Não sofra, não pense, não chore mais, meu bem

Esqueça! Esqueça! Não chore mais, esqueça!

Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar, oh, oh,
Não chore mais, vem pra mim, vem
Não sofra, não pense, não chore mais, meu bem

Não chore mais meu bem

Não chore mais meu bem






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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Junho 2007

CHRISTOPHER WOLF





Christopher Wolf
Em
O outro – Perspectivas da Educação Intercultural.








“Não se trata de compreender o outro, mas, antes, de reconhecer que o outro não é compreensível, e isso deveria constituir-se no ponto de partida da formação intercultural”.





“O objetivo não pode ser nem a assimilação do estrangeiro por temor da compreensão, nem o seu aniquilamento por temor do que é transferido ao desconhecido.

Torna-se necessário, antes de mais nada, ocupar-se de formas de encontro com o estrangeiro que lhe permitam subsistir e que nos permitam compreender o desafio e a vantagem de assumi-lo precisamente em sua “outridade”, que foge à compreensão.

Trata-se, portanto, de renunciar à “compreensão”, à “adaptação”, à “empatia”, à ‘assimilação”, à “identificação”, em prol da diferença com o outro”.





“Para reconhecer e tolerar o outro na sua condição de estrangeiro, é necessário estar disposto a conhecê-lo.

A pessoa não é uma unidade, mas antes alguém que é constituído de muitas partes contraditórias que são fragmentadas e que têm, cada uma, seu próprio desejo de agir”.






WOLF, Christopher. O outro – Perspectivas da Educação Intercultural. In. MENDES, Candido (org.); LARRETA, Enrique (Ed.) Representação e complexidade. Rio de Janeiro: Garamond, 2003. Disponível em: http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/ue000279.pdf


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