sexta-feira, 24 de junho de 2011

FIM DE SEMANA PROLONGADO



Segunda 27 estaremos de volta.

Divirtam-se.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

RABISCOS NO BLOCO



Postado originalmente no REFLEXÕES: Setembro 2009

JOSE ORTEGA Y GASSET (3)

José Ortega y Gasset
Em
A Rebelião das Massas.






“Não há povo que, olhado desde outro, não seja insuportável”.




“No final das contas, o engano vem a ser um humilde parasita da ingenuidade”.




“Dóceis ao prejuízo inveterado de que falando nos entendemos, dizemos e ouvimos com tão boa fé que acabamos muitas vezes por não nos entendermos, muito mais do que se mudos, procurássemos adivinhar-nos”.




“Querer que o direito reja as relações entre seres que previamente não vivem em efetiva sociedade, parece-me-perdoe-se-me a insolência – ter uma idéia muito confusa do que é direito”.




“A massa em rebeldia perdeu toda a capacidade de religião e de conhecimento”.











ORTEGA Y GASSET, Jose. A Rebelião das Massas. Tradução de Herrera filho. Disponível em:
http://www.culturabrasil.pro.br/zip/rebeliaodasmassas.rtf

Sobre Ortega Y Gasset clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ortega_y_Gasset

terça-feira, 21 de junho de 2011

SERGUEI IESSIÊNIN

Poema de Serguei Iessiênin.




Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro;
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro.

Adeus, amigo, sem mãos nem palavras.
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo.

(1925)


Iessiênin escreveu o poema acima com o próprio sangue ao se suicidar cortando os pulsos e se enforcando em seguida.

Trtadução de Augusto de Campos.
Disponívem em: http://www.lumiarte.com/luardeoutono/russopoetas.html#iessienin


Sobre Iassiênin clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Serguei_Iessienin

segunda-feira, 20 de junho de 2011

PAUL VEYNE (2)

Paul Veyne
Em
Como se escreve a história.






“A história não é uma ciência e não tem muito a esperar das ciências, ela não explica e não tem método, melhor ainda, a História, da qual se tem falado nesses dois últimos séculos, não existe”.




“Mas o que é que individualiza os eventos?
Não é a diferença de detalhes, seu conteúdo, o que são, mas o fato de que acontecem, quer dizer, de que acontecem num dado momento, a história nunca se repetiria, mesmo que vivesse a contar a mesma coisa”.




“Os historiadores estão sempre em presença de mentalidades diferentes da nossa e sabem que a introspecção não é um bom método para escrever a história; nossa compreensão inata do próximo (um bebê sabe desde que nasce o que quer dizer um sorriso, pois responde também com um) encontra bem depressa, seus limites, e uma das primeiras tarefas da iconografia é decifrar o sentido dos gestos e a expressão das emoções numa civilização dada”.




“Não é possível classificar as causas por hierarquia de importância, nem mesmo de uma maneira geral, e considerar que a economia, apesar de tudo, tem efeitos mais poderosos do que os têm os vaguíssimos borborigmos da história das idéias; a importância’ relativa das categorias de causas varia de um acontecimento para outro”.









VEYNE, Paul. Como se escreve a história. Tradução: Alda Baltar, Maria Auxiliadora Kneipp. 4ª. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998. Disponível em: http://www.4shared.com/get/p0zF0h04/Paul_Veyne_-_Como_se_Escreve_a.html

Sobre Paul Veyne clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Marie_Veyne

sábado, 18 de junho de 2011

SONIA DELAUNAY-TERK



Coleção particular



Portrait of Philomene
1907 – óleo sobre tela – 40,64 x 42,55cm
Autora: Sonia Delaunay-Terk

Sobre Sonia Delunay-Terk cllque
http://en.wikipedi.org/wiki/Sonia_Delaunay

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ANTONIO DIAS CARDOSO

Aviso
(Antonio Dias Cardoso)





Não se iludam:
Eu sou um gajo magro
E até baixo
Pouco para desfazer...
Mas cuidado com o verde
A nascer
À superfície de mim
Depois de enterrado.






VASCONCELOS, Adriano Botelho de. (Org.). Todos os sonhos – Antologia da Poesia Moderna Angolana. 2ª. Ed. Luanda: União dos Escritores Angolanos, 2008. Disponível em: http://www.uea-angola.org/midia/pdf/apoesia.pdf.pdf

Sobre Antonio Dias Cardoso clique
http://en.wikipedia.org/wiki/Antonio_Dias_Cardoso

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ESPINOSA (5)

Espinosa
Em
Pensamentos Metafísicos.









“A conciliação da liberdade de nosso arbítrio com a predestinação de Deus ultrapassa a compreensão humana.

No que se refere à liberdade da vontade humana, que dissemos ser livre, também ela se conserva pelo concurso de Deus e nenhum homem quer ou faz a não ser aquilo que Deus decretou pela eternidade que quereria ou faria.

Como isso é possível, mantida a liberdade humana, é coisa que ultrapassa nossa compreensão.

E não devemos rejeitar aquilo que compreendemos clara e distintamente por causa daquilo que ignoramos.

Com efeito, conhecemos claramente, se estivermos atentos à nossa natureza, que somos livres em nossas ações e que deliberamos sobre muitas coisas apenas porque o queremos, se também estivermos atentos à natureza de Deus, percebemos clara e distintamente, como mostramos, que todas as coisas dependem dele e que só existe aquilo que foi decretado por Deus desde a eternidade.
Como a vontade humana é criada a cada momento por Deus de tal modo que se mantenha livre, também o ignoramos; com efeito, há muitas coisas que ultrapassam nossa compreensão e, contudo, sabemos que foram feitas por Deus, como por exemplo a divisão real da matéria em partículas indefinidas que demonstramos com bastante evidência, embora ignoremos de que modo essa divisão se faça.

Note-se que aqui supomos que se tenha observado que as duas noções, a do possível e a do contingente significam apenas defeitos de nosso conhecimento acerca da existência de uma coisa”.








ESPINOSA, Benedictus de. Pensamentos metafísicos. Tradução e notas de Marilena de Souza Chuaí. In. ___________ Pensamentos metafísicos; Tratado da correção do intelecto; Ética; Tratado político; Correspondência. Seleção de textos de Marilena de Souza Chuaí. Traduções de Marilena da Souza Chuaí [et al.] 2ª. Edição. São Paulo:Abril Cultural, 1979.

Sobre Espinosa clique:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_Espinosa

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CAPIBA

MARIA BETHÂNIA
(Capiba)




Maria Bethânia
Tu és para mim,
A Senhora do Engenho

Em sonhos te vejo
Maria Bethânia
És só o que eu tenho,

Quanta tristeza, sinto no peito,
Só em pensar,
Que o meu sonho está desfeito.

Maria Bethânia,
Te lembras ainda daquele São João ?
As minhas palavras,
Caíram bem dentro do teu coração,
Tu me olhavas, com emoção,
E sem querer,
Pus minha mão em tua mão.

Maria Bethânia,
Tu sentes saudades de tudo eu bem sei,
Porém, também sinto,
Saudades do beijo que nunca te dei
Beijo que vive com esplendor,
Nos lábios meus
Para aumentar a minha dor.
.
Maria Bethânia,
Eu nunca pensei acabar tudo assim,
Maria Bethânia,
Por Deus eu te peço,
Tem pena de mim,
Hoje confesso, com dissabor,
Que não sabia, nem conhecia o amor!!!





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http://pt.wikipedia.org/wiki/Capiba

terça-feira, 14 de junho de 2011

ARCHIE COMICS

ARCHIE COMICS






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http://pt.wikipedia.org/wiki/Archie_Comics

OMAR KHÁYYAM (5)

OMAR KHÁYYÁM
Em
Rubáyát.





4.

Que o teu saber não humilhe o teu próximo.
Cuidado, não deixes que a ira te domine.
Se esperas a paz, sorri ao destino que te fere,
não firas ninguém.




5.

Busca a felicidade agora, não sabes de amanhã.
Apanha um grande copo cheio de vinho,
senta-te ao luar, e pensa.
Talvez amanhã a lua me procure em vão.













KHÁYYÁM, Omar. Rubáiyát. Versão portuguesa de Alfredo Braga. Disponível em: http://www.alfredo-braga.pro.br/poesia/rubaiyat.html


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http://en.wikipedia.org/wiki/Omar_Khayy%C3%A1m

segunda-feira, 13 de junho de 2011

FREDERICK TURNER (3)

Frederick Jackson Turner
Em
O Espírito Ocidental Contra a Natureza.








“Quanto mais sabemos sobre a história, mais simbólica ela se revela.
Os fatos, feitos e personagens individuais tendem a perder algo de suas individualidades e a se tornar cada vez mais representativos”.




“Quando o Novo Mundo foi podado e controlado de modo a que ninguém tivesse medo de se perder nele; quando mos nativos remanescentes foram desarmados e colocados em currais – só então os europeus ficaram tranquilos com a conquista da terra.
E foi nesse momento de nossa história que começamos a perceber a enormidade espiritual do que ocorrera aqui’.




“O pavor de ser tomado e controlado por espíritos malignos não se limita à civilização cristã.
Na verdade, essa pavor é geral e existe em muitas culturas que vivem em conexão íntima com o mundo natural.
Mas na civilização cristã a possessão tem uma conotação integralmente negativa, enquanto em muitas culturas nativas busca-se ativamente a possessão.
Há, em primeiro lugar, aspectos positivos nesses transes de possessão não-cristãos: o indivíduo se sente tomado por espíritos divinos e portanto age de acordo com eles.
Além disso, há um padrão mais geral e menos espetacular de buscar encontros diretos com o mundo dos espíritos no qual o indivíduo possa sentir de novo um surto primordial de sintonia e viver uma transfiguração momentânea”.




“Apesar de tudo isso, devemos lembrar que distorcemos o mundo mítico primitivo quando focalizamos esses seus aspectos mais tenebrosos, pois isso significa realçar algumas partes, alguns lugares e alguns momentos.
Independentemente dos excessos locais e temporários que podem ser atribuídos com justiça ao mito, o propósito gigantesco e geral do mito arcaico é a celebração da vida.
Depois de dissecar e julgar a loucura e as exigências cruéis do pensamento e comportamento míticos, falta ainda chegar ao coração do mito”.















TURNER, F. J. O Espírito Ocidental Contra a Natureza. Tradução: José Augusto Drummond. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

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http://en.wikipedia.org/wiki/Frederick_Jackson_Turner

sábado, 11 de junho de 2011

B. F. SKINNER

B. F. Skinner
Em
O que está errado com a vida cotidiana no mundo ocidental?







“A evolução de práticas culturais falhou, é semelhante ao que aconteceu no campo da saúde.
A espécie evoluiu num ambiente com certa temperatura e umidade médias, uma certa pureza da água, certos tipos de alimento e predadores, incluindo vírus e bactérias.
As práticas culturais mudaram vastamente isso tudo e, como a seleção natural foi lenta demais para acompanhar o ritmo, somos acometidos por muitas doenças das quais a espécie anteriormente estava livre.
O mundo no qual vivemos é, em grande parte, uma criação das pessoas – principalmente no ocidente, mas, num sentido importante, não é bem feito”.




“Os trabalhadores não trabalham “para ser pagos”, se isso quer dizer que o dinheiro que eles receberão no final da semana afeta seu comportamento durante a semana.
Trabalham para evitar serem demitidos e perderem o dinheiro que, caso contrário, receberiam.
A maior parte do tempo, simplesmente fazem o que lhes foi dito para fazer ou que concordaram em fazer”.




“O fato de que as culturas frequentemente recorrem a controle punitivo pode ser a melhor evidência que temos de que elas têm negligenciado alternativas fortalecedoras.
Uma redução no controle punitivo melhoraria a vida ainda de outra maneira.
Quando as pessoas trabalham somente para evitar perder um emprego, quando estudam somente para evitar reprovação, e tratam bem umas às outras apenas para evitar censura ou punição institucional, as contingências ameaçadoras se generalizam.
Parece sempre que deve haver alguma coisa que seria preciso estar fazendo.
Como resultado, pouquíssimas pessoas conseguem simplesmente não fazer nada.
Elas conseguem relaxar apenas com a ajuda de sedativos ou tranqüilizantes, ou através de praticarem relaxamento de maneira deliberada.
Conseguem dormir apenas com a ajuda de pílulas para dormir, das quais bilhões são vendidas no Ocidente todo ano.
As pessoas ficam intrigadas, e invejam, quando vêem outras não fazendo nada, alegremente, em países menos desenvolvidos”.







SKINNER, B. F. O que está errado com a vida cotidiana no mundo ocidental? Fonte: Skinner, B. F. (1987), What is Wrong with Daily Life in the Western World? in: Skinner, B. F. Upon Further Reflection. Englewood Clifs (New Jersey): Prentice Hall, p.15-31. Traduzido por Renata Cristina Gomes e revisado por Hélio José Guilhardi e Noreen Campbell de Aguirre. Disponível em: http://www.iaac.com.br/textos/skinner/erradovidacotidiana.pdf

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Burrhus_Frederic_Skinner

RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Agosto 2009

sexta-feira, 10 de junho de 2011

MACHADO DE ASSIS (3)

O VERME
(Machado de Assis)




Existe uma flor que encerra
Celeste orvalho e perfume.
Plantou-a em fecunda terra
Mão benéfica de um nume.

Um verme asqueroso e feio,
Gerado em lodo mortal,
Busca esta flor virginal
E vai dormir-lhe no seio.

Morde, sangra, rasga e mina,
Suga-lhe a vida e o alento;
A flor o cálix inclina;
As folhas, leva-as o vento.

Depois, nem resta o perfume
Nos ares da solidão...
Esta flor é o coração,
Aquele verme o ciúme.






ASSIS, Machado de. Obra Completa, vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis

quinta-feira, 9 de junho de 2011

CATARINA RODRIGUES

Catarina Rodrigues
Em
Blogs e a fragmentação do espaço público.







“O jornalismo caracteriza-se pelo papel mediador que exerce entre os acontecimentos e o público a quem se dirige.
O que pode ou não ser publicado passa por todo um processo de seleção.
O papel dos tradicionais mediadores de conteúdos – os jornalistas – parece ser colocado em causa quando qualquer cidadão pode publicar e tornar público o que bem entender”.




“A possibilidade de introduzir elementos hipertextuais (estruturados em fragmentos), internos ou externos a um determinado site, é uma das grandes vantagens do mundo online.
Ao falar de um assunto, o responsável pelo site dispõe da possibilidade de o relacionar a outros temas ou até ao próprio arquivo, aumentando assim a informação transmitida sobre um determinado tema”.




“A elevada interatividade e a facilidade com que qualquer pessoa coloca conteúdos na net está a redefinir os papéis dos tradicionais mediadores na produção de conteúdos”.




“Os blogs permitem criar uma verdadeira esfera de visibilidade pública.
Porém, essa situação parece só se concretizar quando alguns já conseguiram uma espécie de feedback nos media tradicionais, mesmo quando alguns já conseguiram uma autonomia, visibilidade e até credibilidade próprias”.




“A vantagem na utilização de blogs no ensino é um dado adquirido.
Trata-se de aproveitar todas as potencialidades que a Internet pode oferecer, porque esta nova ferramenta é fácil de por em prática e facilita a transmissão de informação entre professores e alunos.
Para além disso trata-se de um espaço aberto a todos os interessados e à comunidade em geral”.






RODRIGUES, Catarina. Blogs e a fragmentação do espaço público. Universidade da Beira Interior: Labcom 2006. Disponível em: http://www.livroslabcom.ubi.pt/pdfs/rodrigues-catarina-blogs-fragmentacao-espaco-publico.pdf

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http://blogciber2.wordpress.com/2010/12/09/catarina-rodrigues-redes-sociais-alteram-jornalismo/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

WALTER BENJAMIM (4)

Walter Benjamin
Em
Destino e Caráter.






“O Direito eleva as leis do destino, a desgraça e a culpa, à categoria de medidas da pessoa humana.

Seria falso supor que no contexto do Direito encontramos apenas a culpa; pelo contrário, podemos mostrar como toda a culpabilização jurídica mais não é do que uma desgraça.

Foi devido à sua confusão com o reino da justiça, de forma equívoca, portanto, que a ordem do Direito – que é apenas um resíduo da fase demoníaca da existência da humanidade e na qual os códigos determinaram não apenas as regras das suas relações, mas também a sua ligação aos deuses – conseguiu manter-separa além da época que inaugurou a vitória sobre os demônios.

Não foi no campo do Direito, mas na tragédia que pela primeira vez a cabeça do gênio emergiu das névoas da culpa, porque é na tragédia que se rompe o destino demoníaco”.




“O destino é o contexto de culpa em que se inserem os vivos, e que corresponde à sua condição natural, aquela aparência ainda não completamente apagada de que o ser humano está tão afastado que nunca conseguiria mergulhar nela, limitando-se a permanecer invisível sob o seu domínio e apenas na sua melhor parte.

Não é, por tanto, afinal o ser humano que tem um destino: o sujeito do destino é indeterminável”.





BENJAMIN, Walter. Destino e caráter (1921). Tradutor: João Barrento. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2011. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/benjamim_walter_destino_e_caracter.pdf

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_Benjamin

VLADIMIR TRETCHIKOFF




Alicia Markova “The Dying Swan”
1949 –óleo sobre tela – 92 x 72 cm.
Autor: Vladimir Tretchikoff

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http://en.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Tretchikoff

terça-feira, 7 de junho de 2011

TIÃO CARREIRO / CARREIRINHO

PAGODE
(Tião Carreiro / Carreirinho)





Morena bonita do dente aberto
Vai no pagode, o barulho é certo
Não me namore tão descoberto
Que eu sou casado mas não sou certo

Modelos de agora é muito esquisito
Com essas mocinhas mostrando os gambitos
Com as canelas lisas que nem palmito
As moças de hoje eu não facilito

Eu mais minha muié fizemo combinação
Eu vou no pagode, ela não vai, não
Sábado passado eu fui, ela ficou
Sábado que vem ela fica, eu vou

Eu mandei fazer um laço do couro do boi carreiro
pra laçar moça bonita que tem os olhos morteiros
joguei o laço na moça, o laço caiu no chão
deixei o laço pra lá, peguei a moça na mão

Eu tratei meu casamento, vou casar por esses dias
vai ser uma italiana gorda sem saber se ela queria
se a gorda não me quiser, eu caso com a magra mesmo
italiana gorda é só fantasia

Canto modas dos amigos pro meu gasto eu também faço
Na viola eu tenho o desembaraço
É coisa que eu acho feio violeiro querer abater
Não fazer moda mandam eu fazer







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segunda-feira, 6 de junho de 2011

GEORG SIMMEL (3)

Georg Simmel
Em
O Dinheiro na Cultura Moderna.






“Foi o dinheiro que nos ensinou como reunir sem nada perder de específico e próprio da personalidade – uma forma de união que é, hoje em dia, perfeitamente comum para nós, mas que representa uma das mudanças e um dos progressos mais importantes da cultura”.




“Na medida em que o dinheiro possibilita a divisão do trabalho, ele encadeia os homens de maneira irresistível, pois agora cada um trabalha pelo outro.
Somente o trabalho de todos gera a união econômica abrangente que completa os desempenhos unilaterais do indivíduo”.




“O lado qualitativo dos objetos perde a sua importância psicológica por causa da economia monetária.
O cálculo necessariamente contínuo do valor em dinheiro faz com que este apareça, finalmente, como o único valor vigente”.




“O dinheiro é “vulgar” porque é o equivalente para tudo e para todos, somente o individual é nobre; o que corresponde a muitas coisas corresponde ao mais baixo entre elas e reduz, por isso, também o mais alto para o nível do mais baixo”.




“Do mesmo modo que a maioria dos homens modernos precisa ter diante dos olhos, na maior parte da vida, o ganho de dinheiro como motivação mais próxima, forma-se a idéia de que toda felicidade e toda satisfação definitiva na vida são ligadas, intrinsecamente, à posse de uma certa forma de dinheiro”.







SIMMEL, Georg. “O Dinheiro na Cultura Moderna” (tradução de Jessé Souza & Berthold Öelze), em SOUZA, Jessé & ÖELZE, Berthold (org). Simmel e a Modernidade. Brasília: UnB.
Disponível em:
http://www.4shared.com/get/K7CjDNl3/O_Dinheiro_na_Cultura_Moderna_.html



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sábado, 4 de junho de 2011

MANOEL BONFIM

Manoel Bonfim
Em
O Brasil.






“Sentimento que brota da terra através dos corações que dela vivem, o patriotismo é fórmula de solidariedade vivaz, explícita, vigorosa, concreta, porque procede na nitidez e no vigor dos motivos egoístas, para efeitos nitidamente sociais.

Elimina o que não pode englobar, mas traduz-se forçosamente em unificação, e funde disparates, como aproxima longínquos, contanto que as mesmas repetidas necessidades tenham repetido a ação de sua defesa comum”.




“Na paisagem de patriotismo — a terra impregnada do Homem — hábitos, idéias, estímulos, lembranças conduzem-se para um motivo pessoal e superior, que é o vínculo vivo entre gentes definitivamente localizadas, confiantes no chão em que se amparam”.




“Assim como dentro de cada sociedade nacional, existem, por necessidades indeclináveis, os grupos — classes, corporações, círculos, institutos... — também, na humanidade, se particularizam as tradições histórico-políticas, e o viver social se faz, imediatamente, como o viver de agremiações históricas — as nações”.




“Viemos de Portugal vazados numa abundante infusão de sangues, temperados de outras tradições, que, por simples, não eram menos vivazes; viemos dali, mas formamos nova tradição, distinta, diversa, cada vez mais diversa, ramo que se destaca, e mais se afasta quanto mais braceja e se estende para a vida. Independentemente dos motivos políticos, tiranizados, espoliados, diminuídos pela metrópole apodrecida, os brasileiros tinham que acentuar e caracterizar o seu nacionalismo em oposição com o português, porque esta é a lei das diferenciações históricas”





.

BONFIM, Manoel. O Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935. Disponível em: http://www.brasiliana.com.br/obras/o-brasil

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GATO FÉLIX (1928)



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sexta-feira, 3 de junho de 2011

ERNEST RENAN

Ernest Renan
Em
Oração na Acrópole.





“Arrancarei do meu coração toda a fibra que não for razão e arte pura.
Deixarei de gostar das minhas doenças, de me comprazer na minha febre.
Conserva=me nos meus firmes propósitos, ó salutar!
Ajuda-me, tu que salvas!

Quantas dificuldades, de fato prevejo!
Quantos hábitos de espírito terei que mudar!
Quantas gratas recordações arrancarei do meu coração!
Sim, tentarei; mas não estou seguro de mim.
Tarde te conheci, beleza perfeita.
Terei retrocessos, fraquezas.
Uma filosofia, decerto depravada, levou-me a acreditar que o bem e o mal, o prazer e a dor, o belo e o feio, a razão e a loucura se transformam umas nas outras através de cambiantes tão indecifráveis como os do pescoço da pomba.
Nada amar, nada odiarem absoluto, converte-se então em sabedoria.
Se uma sociedade, se uma filosofia, se uma religião tivesse possuído a verdade absoluta, esta sociedade, esta filosofia, esta religião teria vencido todas as outras e seria a única a viver no momento atual.
Enganaram-se todos os que até hoje julgaram ter razão, como agora vemos com clareza.
Poderemos nós, sem louca presunção, acreditar que o futuro não nos há de julgar como nós julgamos o passado?”






RENAN, Ernest. Oração na Acrópole. Tradutor: João Gama. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2011. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/renan_ernst_oracao_na_acropole.pdf


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quinta-feira, 2 de junho de 2011

ERIC WOLF

Eric Wolf
Em
Cultura, ideologia, poder e o futuro da antropologia.





“Uma das coisas que acontecem é que quando trabalho em um caso, certas questões aparecem, e estas devem ser levantadas para os outros materiais.
Eu sempre reviso meu trabalho vezes e vezes seguidas.
Agora estou trabalhando em uma conclusão.
O problema das conclusões é que, de uma certa forma, elas são muito banais.
Isto é, em cada um desses três casos, o problema básico colocado é como você arranja as coisas, ou organiza as pessoas de maneira a maximizar as oportunidades de vida”.




“Já sobre os nazistas, há muitas maneiras de se falar sobre eles, mas trata-se aqui da organização da sociedade para a guerra.
Não necessariamente para fazer a guerra contra outros povos, mas para organizar as pessoas de tal maneira que as atividades sejam realizadas ordenadamente, de uma forma quase militar.
Os participantes treinam seus corpos e mentes para fazerem parte desse processo.
À medida que isso se expande, cria-se esse corpo comunitário puro que deve continuamente extirpar os diferentes, pessoas que não se ajustam”.




“A ideologia delineia a possibilidade imaginária.
Em um determinado nível, imaginar não é loucura...
Na verdade, eu venho tentando contornar esse problema.
Essas são todas criações da imaginação humana.
Alguém pensou e um número de pessoas cooperou na produção desses corpos de idéias.
Mas elas são realmente o que Castoriadis chama l’imaginaire.
Assim, a ideologia tem essa qualidade de l’imaginaire, relacionada com o poder”.




“A ideologia seleciona do plano mais geral da cultura aquilo que lhe é mais adequado, o que pode atuar como marcas, símbolos ou emblemas de relações que se quer destacar”.




“Existe sempre a idéia que sob os diversos elementos da cultura – comida, habitação, vestuário, sistemas de crenças – há alguma forma de espírito interior.
E, claro, esse espírito interior necessita trabalhar através de uma elite que o expresse.
Isto não seria para os camponeses...
Então, existe uma agenda política embutida em tudo isso e que foi desconhecida nos primórdios da antropologia”.




“Mas existe algo na experiência de crescer em uma cultura que cria diferenças, cria hábitos que não são os mesmos do outro lado da fronteira.
E esses pontos de ancoragem se tornam importantes.
A idéia que os nazistas tinham de transformar alguém em um soldado permanente, só poderia vingar em um lugar onde ser um soldado significava prestígio e recompensas, onde as pessoas tinham essas experiências e os velhos conversavam sobre como era ser um soldado vitorioso contra os desajeitados franceses etc.
Dessa forma, o conceito de cultura esconde uma quantidade tremenda de relações interessantes”.






WOLF, Eric R. Cultura, ideologia, poder e o futuro da antropologia. Entrevista realizada por Lins Ribeiro. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/mana/v4n1/2430.pdf


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quarta-feira, 1 de junho de 2011

PAULO LEMINSKI

Paulo Leminski
Em
Caprichos & Relaxo
s.



quando eu tiver setenta anos então
vai acabar esta adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência






LEMINSKI, Paulo. Caprichos & Relaxos. 3ª. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1985. Disponível em:

http://blogdocafil.files.wordpress.com/2009/04/paulo-leminski-caprichos-e-relaxos-pdfrev.pdf



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segunda-feira, 23 de maio de 2011

BATENTE

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Depois de quatro anos postando diariamente o mesmo modelo de texto (citações, referência e linque para dados biográficos), não tinha idéia de quanto assunto eu queria dividir sobre o dia a dia da administração deste blog.

Espero que minhas divagações tenham ajudado, mais do que atrapalhado, quem está começando a se interessar em ter seu blog.
Se tive sucesso ao transmitir o prazer que sinto ao brincar com ele, já estou satisfeito.

Aos poucos, vamos nos acostumando com mudanças no modo de lidar com a informação a ser transmitida, na forma, no tempo, na objetividade, etc.
Coisas como a primeira página ser a última postada, as postagens anteriores estarem sempre editáveis, a consciência de que com o recurso do hiperlinque as possibilidades de explicações, contextualizações, e demais notinhas se tornam infinitas, logo, dispensáveis no nível habitual, etc.

Parece-me que, com o tempo cada vez mais curto que os internautas dispõem para ler e processar informação na rede, capítulos inteiros de diversas obras serão esquecidos, principalmente os que serviam para manter viva a estrutura que havia “nomeado” o autor, nos tempos dos cargos eternos.

Foi ótimo conversar com vocês, mas é hora de voltar a nossa proposta original: escolher reflexões, de preferência sobre sociedade e cultura, e se possível reduzida à essência.
Só que agora, que já aprendi o caminho, de vez em quando voltarei para divagar mais um pouco.

Primeira postagem da nova série em primeiro de junho.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CONTEÚDO 4

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.





O conteúdo central, que ocupa o corpo do blog, consiste nas postagens das reflexões (em seus diversos suportes), além de vídeos do Youtube de temas variados.
Neste corpo também postamos eventuais textos comuns aos blogs de qualquer área (registro de prêmios, participação em postagens coletivas, convites para apresentações de colegas, etc.), sendo que algumas dessas postagens “sociais” permanecem e outras são posteriormente deletadas.


A coluna da direita, que se repete em todas as páginas do blog, em cada visita, segue basicamente o conteúdo sugerido pelo modelo do Blogger: linque para o perfil, arquivo do blog (com dados anuais, dos meses do ano em curso e postagens do mês em curso), lista de linques sugeridos para visitas, etc.

Adicionalmente, posicionamos nesta coluna da direita nossas ferramentas de busca particulares – Edições Anteriores e Índice por Autor – descritas na postagem “Interface” (17/5/2011), além de alguns trechos de reflexões (atualmente são três textos) que gosto de ter por perto, não só para não me esquecer delas enquanto brinco com o blog, mas para continuar meditando sobre elas.

A primeira é de F. Nietzsche, em Considerações Intempestivas; a segunda é um trecho de Cassirer, em Antropologia Filosófica e a terceira é de Franz Boas, no texto “O que penso do mundo e dos homens”, publicado na coletânea de vários autores organizada por Clifton Fadiman de mesmo nome.
São textos que regularmente sinto necessidade de ler e meditar, servindo como inspiração na escolha da direção que procuramos dar para este blog.





quinta-feira, 19 de maio de 2011

WIKIPÉDIA

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Quem já leu alguma das postagens habituais deste blog, sabe que no final aparecerá um linque para a Wikipédia relativo ao autor em pauta.
Alguns dados sobre o autor podem não garantir uma leitura mais ou menos similar a do próprio, mas não atrapalham em nada.
Dentre as enciclopédias on-line disponíveis, sempre me chamou a atenção a abrangência da Wikipédia: tem verbete sobre ”quase” tudo!
Contudo, foi o fato dela permitir um aprimoramento constante – se o leitor discordar do conteúdo de um verbete edite-o e proponha – é como eles dizem (hoje) no verbete “wiki”: “Wiki é hoje em dia a forma mais democrática e simples de qualquer pessoa, mesmo sem conhecimentos técnicos, contribuir para os conteúdos de uma página Web”.

Até hoje, só recebi duas críticas por indicar a wikipédia nas postagens: uma seria pelo fato de existirem bobagens que por estarem no formato “oficial” poderiam levar os usuários menos críticos ao ridículo, a outra pelo tal caráter democrático que enquadraria as definições com a opinião da maioria e não com supostos “fatos”.

A primeira delas tende a um mínimo, pelo fato de que a responsabilidade da besteira continuar on-line passa imediatamente a ser dividida com o discordante: já propôs um texto mais adequado para substituir?

A segunda crítica requer um pouco mais de atenção.
Me parece que não é só na Wikipédia que se adota como conhecimento científico resultados de consensos
Alguns modelos sonhados por mentes brilhantes, longe de serem “comprovados” na realidade foram apenas aceitos pela “maioria” dos seus pares.
Como diria Ariano Suassuna: “Sei lá! Só sei que foi assim”.

Foi muito importante a existência da Wikipédia para nosso blog.
Só tenho a agradecer.

Alunos: desconfiem dos professores que falam mal da Wikipédia...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

CONTEÚDO 3

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Como já nos referimos anteriormente, as postagens de reflexões em poesia têm boa receptividade entre nossos leitores.
Resultado melhor ainda aparece quando a “poesia – reflexão” surgiu originalmente como letra de música.
Nos parece que independente do estilo musical, encontramos entre os letristas (poetas) brasileiros capacidade de síntese e profundidade de reflexão, poucas vezes demonstrados em outros estilos literários.

Procuramos oferecer amostras dos poetas brasileiros e portugueses mais conhecidos, escolhidas sob a influência do nosso gosto pessoal e pela proximidade ao tema: reflexão.
Temos, inclusive, campeões de número de postagens, tais como: Fernando Pessoa, Manuel Bandeira e Mário Quintana.
Desde sua primeira postagem (19/8/2007) ”Namorados”, poesia de Manuel Bandeira, é uma das postagens mais visitadas do blog.
É aquela que diz assim:

NAMORADOS
(Manuel Bandeira)


O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:
- Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com a sua cara.

A moça olhou de lado e esperou.

- Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagartixa listada?

A moça se lembrava: - A gente fica olhando…

A meninice brincou de novo nos olhos dela.

O rapaz prosseguiu com muita doçura:

- Antônia, você parece uma lagartixa listada.

A moça arregalou os olhos, fez exclamações.

O rapaz concluiu:
- Antônia, você é engraçada! Você parece louca.


BANDEIRA, Manuel Estrela da Vida Inteira. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1979.




Entretanto, a forma letra – de – música tem me parecido a mais ajustada para emitir a combinação poesia – reflexão.

Vamos lembrar dois exemplos de postagens desse tipo:

A primeira (16/10/2009), o samba-canção “Inquietação”, de Ary Barroso


INQUIETAÇÃO
(Composição: Ary Barroso)




Quem se deixou escravizar
E, no abismo, despencar
De um amor qualquer

Quem, no aceso da paixão
Entregou o coração
A uma mulher

Não soube o mundo compreender
E nem a arte de viver
Nem chegou mesmo de leve, a perceber

Que o mundo é sonho, fantasia
Desengano, alegria
Sofrimento, ironia

Nas asas brancas da ilusão
Nossa imaginação
Pelo espaço vai, vai, vai
Sem desconfiar
Que mais tarde cai
Para nunca mais voar

Quem se deixou escravizar
E, no abismo, despencar
De um amor qualquer

Quem, no aceso da paixão
Entregou o coração
A uma mulher

Não soube o mundo compreender
E nem a arte de viver
Nem chegou mesmo de leve, a perceber

Que o mundo é sonho, fantasia
Desengano, alegria
Sofrimento, ironia



E a segunda (5/5/2008), uma campeã de visitas, o samba “O que será de mim”, de Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves.

O QUE SERÁ DE MIM
(Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves)
(samba – 1931)





Se eu precisar algum dia
De ir pro batente
Não sei o que será
Pois vivo na malandragem
E vida melhor não há

Minha malandragem é fina
Não desfazendo de ninguém
Deus é quem nos dá a sina
E o valor dá-se a quem tem
Também dou a minha bola
Golpe errado ainda não dei
Eu vou chamar Chico Viola
Que no samba ele é rei

Oi, não há vida melhor
Que vida melhor não há
Deixa falar quem quiser
Deixa quem quiser falar
O trabalho não é bom
Ninguém pode duvidar
Oi, trabalhar só obrigado
Por gosto ninguém vai lá





Belo suporte para reflexões, não é mesmo?

terça-feira, 17 de maio de 2011

INTERFACE

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Como interface o Reflexões usa os recursos do modelo padrão do Blogger, sendo adicionados apenas dois índices específicos.
Neles a estrutura de navegação adotada permite ao usuário localizar e acessar determinada postagem, através de menus na coluna da direita, tanto pelo mês e ano da postagem, quanto pelo nome do autor citado.

A lista de localização pela data, denominada “Edições Anteriores”, oferece um linque para cada conjunto de postagens de um determinado mês:

REFLEXÕES: Março 2007
REFLEXÕES: Abril 2007
REFLEXÕES: Maio 2007
REFLEXÕES: Junho 2007
REFLEXÕES: Julho 2007
REFLEXÕES: Agosto 2007
.e assim por diante.


A lista de busca pelo nome do autor citado, “Índice Alfabético Autores”, relaciona linques que remetem para listas de autores correspondentes a cada letra do alfabeto, tendo em cada lista detalhes das respectivas postagens e um linque específico levando a mesma.
Por exemplo, clicando em “ÍNDICE AUTORES LETRA F” o usuário recebe uma lista tipo

Fedro
Fábula XIX do Livro I
http://jamesemanuel.blogspot.com/2008/03/fedro.html

Fedro (2)
O Lobo e o cordeiro
http://jamesemanuel.blogspot.com/2009/05/fedro-2.html

Fernand Braudel
História e ciências sociais: a longa duração – trechos
http://jamesemanuel.blogspot.com/2007/09/fernand-braudel.html


Fernando Pessoa
Barão de Teive – a educação do estóico – trecho
http://jamesemanuel.blogspot.com/2007/04/fernando-pessoa.html

Fernando Pessoa (2)
Autopsicografia
http://jamesemanuel.blogspot.com/2007/04/fernando-pessoa-2.html

E assim por diante...bastando, então, clicar no endereço indicado para chegar na respectiva postagem.


Por certo poderiam ser mecanismos mais simples, mas foram feitos com carinho.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A QUARTA AMOSTRA

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Do grupo de autores abordados pelo Reflexões mais recentes e diretamente ligados à sociedade e cultura,escolhemos quatro para serem mostrados como exemplos. Já postamos três deles: Bronislaw Baczko, Gastón Bachelard e Ernst Cassirer.

Antes de lembrar uma passagem do quarto autor, é bom repetir que não houve nenhum critério de mérito em relação aos demais.

Dito isto, vamos mostrar o poder de reflexão de Cornelius Castoriadis, o último escolhido, em um trecho de seu trabalho Encruzilhadas do Labirinto:



“Pensar não é sair da caverna nem substituir a incerteza das sombras pelos contornos nítidos das próprias coisas, a claridade
vacilante de uma chama pela luz do verdadeiro Sol.

É entrar no Labirinto, mais exatamente fazer ser e aparecer um Labirinto ao passo que se poderia ter ficado “estendido entre as flores, voltado para o céu”.

É perder-se em galerias que só existem porque as cavamos, incansavelmente, girar no fundo de um beco cujo acesso se fechou atrás de nossos passos – até que essa rotação, inexplicavelmente, abra, na parede, fendas por onde se pode passar.

Com toda certeza, o mito queria significar algo de importante, quando fazia do Labirinto a obra de Dédalo, um homem”.



“Pensar é precisamente abalar a instituição perceptiva na qual todo lugar tem o seu lugar e todo momento tem a sua hora – assim como é abalar a instituição dada do mundo e da sociedade, as significações imaginárias sociais que essa instituição encerra”.


CASTORIADIS, Cornelius. As Encruzilhadas do Labirinto / 1. Tradução de Carmen Sylvia Guedes e Rosa Maria Boaventura. Revisão técnica de Denis Rosenfield. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.






(http://corneliuscastoriadis.wordpress.com/)





Com estes breves trechos desses quatro autores, espero ter atraído algum novo leitor para o Reflexões ou, pelo menos, ter deixado mais claro o que entendo por reflexão.

sábado, 14 de maio de 2011

UM PASSO A FRENTE

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.








O terceiro autor que vamos lembrar, na exposição de exemplos de pensadores que nos impressionaram, é um dos nossos campeões de postagens (sete), Ernst Cassirer.
Encontramos regularmente consulentes do Google buscando, genericamente, “idéias ou pensamentos de Cassirer”, parecendo que ainda é pouco conhecido.


Primeiramente, trechos de Antropologia Filosófica:


“A compreensão da vida humana é o tema geral e o objetivo final do conhecimento histórico”.


“A história é uma história de paixões; mas se tentar ser apaixonada, deixará de ser história”.


“Existem coisas que, pela sua sutileza e infinita variedade, desafiam todas as tentativas de análise lógica.
E se há alguma coisa no mundo que precisamos tratar desta segunda maneira, é o espírito do homem.
O que caracteriza o homem é a riqueza e a sutileza, a variedade e a versatilidade de sua natureza”.


CASSIRER, Ernst. Antropologia Filosófica. Tradução de Vicente Felix de Queiroz. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1972.




De Linguagem e Mito, lembramos um trecho que faz uma síntese fascinante de toda uma filosofia:



“Em lugar de medir o conteúdo, o sentido e a verdade das formas intelectuais por algo alheio, que deva refletir-se nelas mediatamente, cumpre descobrir, nestas próprias formas, a medida e o critério de sua verdade e significação intrínseca.

Em lugar de tomá-las, como meras reproduções, devemos reconhecer, em cada uma, uma regra espontânea de geração, um modo e tendência originais de expressão, que é algo mais que a mera estampa de algo de antemão dado em rígidas configurações do ser.

Deste ponto de vista, o mito, a arte, a linguagem e a ciência aparecem como símbolos: não no sentido de que designam na forma de imagem, na alegoria indicadora e explicadora, um real existente, mas sim, no sentido de que cada uma delas gera e parteja seu próprio mundo significativo.”


CASSIRER, E. Linguagem e Mito. Tradução: J. Guinsburg e Miriam Schnaiderman. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972.




Lembramos que nas postagens originais temos indicação para dados biográficos do autor.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

OUTRO DO HIT-PARADE

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.












Nosso segundo sábio, Gastón Bachelard, aparece primeiro com dois trechos de “A Poética do Espaço”, onde brinca com a realidade e a imaginação:


“Para um estudo fenomenológico dos valores da intimidade do espaço interior, a casa é, evidentemente, um ser privilegiado, sob a condição, bem entendido, de tomarmos, ao mesmo tempo, a sua unidade e a sua complexidade, tentando integrar todos os seus valores particulares num valor fundamental.
A casa nos fornecerá simultaneamente imagens dispersas e um corpo de imagens. Num e noutro caso, provaremos que a imaginação aumenta os valores da realidade”.



“Pois a casa é nosso canto do mundo. Ela é, como se diz freqüentemente, nosso primeiro universo. É um verdadeiro cosmos. Um cosmos em toda a acepção do termo.
Até a mais modesta habitação, vista intimamente, é bela.
Os escritores de “aposentos simples” evocam com freqüência esse elemento da poética do espaço. Mas essa evocação é sucinta demais. Tendo pouco a descrever no aposento modesto, tais escritores quase não se detêm nele. Caracterizam o aposento simples em sua atualidade, sem viver na verdade a sua primitividade, uma primitividade que pertence a todos, ricos e pobres, se aceitarem sonhar”.


BACHELARD, Gaston. Bachelard: O Novo Espírito Científico/ A Poética do Espaço. Tradução: Remberto Francisco Kuhnen, Antônio Costa Leal e Lídia do Valle Santos Leal. São Paulo: Nova Cultural, 1988. (Os pensadores).






E, ainda, nesta reflexão de A Psicanálise do Fogo:



“O fogo e o calor fornecem meios de explicação nos mais diversos campos, pois facultam-nos o ensejo de recordar coisas imorredouras, experiências pessoais simples e decisivas.

O fogo é, portanto, um fenômeno privilegiado que pode explicar tudo.

Se aquilo que se modifica lentamente se explica através da vida, o que se modifica depressa é explicado pelo fogo.

O fogo é ultravivo.

O fogo é íntimo e universal.

Vive no nosso coração.

Vive no céu.

Sobe das profundezas da substância e oferece-se como o amor.

Volta a tornar-se matéria e oculta-se, latente, contido, como o ódio e a vingança.

Entre todos os fenômenos, é ele o único que pode aceitar as duas valorações opostas: o bem e o mal.

Brilha no Paraíso.

Arde no Inferno.

É doçura e tortura.

É cozinha e apocalipse.

É prazer para a criança que se senta com juízo à lareira; no entanto, castiga qualquer desobediência de quem pretende brincar demasiado perto das chamas.

É bem-estar e respeito.

É um deus tutelar e terrível, bom e mau.

Pode contradizer-se: é portanto um dos princípios de explicação universal”.







BACHELARD, Gaston. A Psicanálise do Fogo. Tradução de Maria Isabel Braga. Lisboa: Litoral Edições, 1989.



Informações biográficas nas postagens originais.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

CERTAS POSTAGENS

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.






Os textos em prosa que dominaram as primeiras postagens do blog eram trechos de autores clássicos, aqueles que todo mundo já ouviu uma citação.

Depois, começamos a introduzir autores que deveriam ser populares, mas que naquela altura praticamente não se encontrava nada no Google, p. ex: François, Duque de La Rochefoucauld, hoje com muitos linques com citações e dados bibliográficos na rede.

Numa fase posterior, procuramos autores mais atuais que, apesar de consagrados entre seus pares, não tinham suas reflexões ao alcance da maioria. Já então nos direcionando para os textos que havíamos estudado no curso de história (sociedade e cultura).


Resolvi relembrar quatro destes autores, seguindo um critério de mera admiração pelas suas capacidades para a reflexão, para mim dignas de um Montaigne, um Epicteto, um Salomão, ou qualquer dos chamados monstros sagrados do pensamento.

Cada um destes autores apareceu em mais de uma postagem, indexadas com o número (1); (2); etc. como pode ser visto no índice por autores (na coluna lateral direita).
Nas referidas postagens aparece um link para um site com dados sobre o autor.

Escolhi os quatro para darem um “gostinho” do nível de reflexão que encontramos em seus trabalhos, afirmando que não são os únicos, e que volta e meia encontro outro do mesmo nível.
A ordem de apresentação, não quer indicar nenhum critério de preferência.


Meu objetivo, com a presente postagem, é dividir com o leitor o meu crescente entusiasmo, diante do fato da capacidade de reflexão continuar viva, parecendo que basta cultivá-la.

Vamos aos quitutes

.

Bronislaw Baczko, em seu ensaio “Imaginação Social”, publicado na Enciclopédia Einaudi,tece reflexões preciosas, Tais como:


“A mitologia que nasce a partir de determinado acontecimento sobreleva em importância o próprio acontecimento".


“Como já indicamos, os bens simbólicos que as sociedades produzem não são ilimitados.
Ora, a legitimidade do poder é um bem particularmente raro e asperamente disputado. Constitui, muito em especial, o objeto dos conflitos e lutas entre dominantes e dominados".


“Os sistemas simbólicos em que assenta e através do qual opera o imaginário social são construídos a partir da experiência dos agentes sociais, mas também a partir dos seus desejos, aspirações e motivações.
Qualquer campo de experiências sociais está rodeado por um horizonte de expectativas e de recusas, de temores e de esperanças".



“A influência dos imaginários sociais sobre as mentalidades depende em larga medida da difusão destes e, por conseguinte, dos meios que asseguram tal difusão.
Para garantir a dominação simbólica, é de importância capital o controle destes meios, que correspondem a outros tantos instrumentos de persuasão, pressão e inculcação de valores e crenças”.





Lembramos que nas postagens do Baczko tem um linque para informações sobre o mesmo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

AÇÃO AFIRMATIVA

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







A Oportunidade de acesso ás questões dirigidas ao Google, acompanhadas dos linques sugeridos, que o Sitemeter reproduz quando mostra como o consulente chegou ao Reflexões, me fez refletir sobre o valor relativo de pequenas idéias para uma grande causa.

Acredito que o Google, ao tentar interpretar palavras escritas erradamente e mesmo trechos que estão “montados” em desacordo com expressões famosas, sugerindo um ou mais substitutos para a expressão a ser consultada, ou para a palavra mal escrita, faz literalmente o que chamam de “ação afirmativa”.

Dentro do esforço para a “inclusão digital”, esta característica do Google deveria ser destacada para os alunos de todas as classes.
Quem já freqüentou salas de aula, sabe que, geralmente, quem fala errado, pergunta cada vez menos. Na proporção em que percebe a posição geralmente adotada de competição e escárnio dos alunos e até de certos professores inseguros.

Ao disponibilizar um meio para a pessoa procurar o conhecimento, enquanto ferramenta para a ascensão de grupos, sem correr o risco de ser humilhado, por certo receberá toda a atenção na leitura das sugestões. É como se na hora em que fosse perguntar alguma questão ao mestre, todos os seus colegas “muy amigos” ficassem surdos temporariamente.

Pretendia reproduzir exemplos de alguns absurdos resolvidos, mas talvez se transformassem em apenas motivo para diversão dos “eruditos sarcásticos”., e o assunto é sério.
Por outro lado, tenho certeza que o doutor aí, na pressa, já pulou uma letra na questão ao Google, já conhecendo, assim, como aparece na folha de linques de resposta.

sábado, 7 de maio de 2011

ARTEDUCA 2011



Arteduca 2011 - Inscrições abertas

Destinado à formação de professores e profissionais da educação, de qualquer área de conhecimento para o planejamento e implementação de projetos de pesquisa relacionados com a arte e a cultura.


INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO
Características do Curso

A DISTÂNCIA - com uso do ambiente virtual de aprendizagem do Grupo Arteduca, baseado na plataforma MOODLE.
MODULAR - conforme programa apresentado
NÍVEL DE FORMAÇÃO - especialização
CERTIFICAÇÃO - emitida pela Universidade de Brasília (UnB), que é credenciada pelo MEC para a oferta de cursos a distância (Portaria MEC nº 4.055/2003).
PÚBLICO-ALVO - professores e profissionais graduados, de qualquer área de conhecimento, que atuem na educação básica ou superior.
Carga Horária: 580h


CALENDÁRIO

INSCRIÇÕES: 01/5/2011 a 17/5/2011


UNIVERSIDADE DE BRASÍLIAINSTITUTO DE ARTESGRUPO ARTEDUCACAMPUS UNIVERSITÁRIO DARCY RIBEIRO - SG-1CAIXA POSTAL 4432CEP 70910-900BRASÍLIA – DF

sexta-feira, 6 de maio de 2011

RENASCIMENTO

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.








A velocidade de transformação do conteúdo da Internet leva quem tenta intermediá-lo com os diversos públicos-alvo a estar sempre alerta.
Nos primeiros tempos do Reflexões, nosso cuidado era de sempre apresentar a referência bibliográfica do texto citado, procurando que ela fosse escrita de modo formalmente aceitável – sempre citando o responsável pela tradução, por exemplo - e só não citando o número das páginas citadas, para obrigar algum “malandro” de plantão a pelo menos folhear o livro antes de copiar e colar.

O panorama está mudando com o desenvolvimento acelerado de sites onde são digitalizados, armazenados e disponibilizados textos para nosso acesso. Tanto ferramentas só para este fim, quanto universidades e bibliotecas, ao liberalizar seus conteúdos, estão fazendo com o livro impresso algo similar ao que o mp3 fez com os “CDs de música” de antigamente.

Nossa rotina de toda semana, correr os “sebos” da cidade em busca de nossa matéria prima, foi, pouco a pouco, sendo mudada.
Entre abril de 2007 e março de 2009, praticamente nenhum texto citado foi indicado como disponível.

Desde – novembro e dezembro de 2010 – o número de textos referidos em nossas postagens em disponibilizados na rede já era maior do que os de não-disponibilizados.
Se esperávamos ampliar o repertório de reflexões, estamos assistindo uma multiplicação de bibliotecas. Nada mal.

Por exemplo:

Em 20 de março de 2008, postei um poema de Gilka Machado, Amei o Amor, que havia lido em uma coletânea de 1952 e gostava muito.
Desde então vinha procurando em todos os sebos que frequentava, um livro, qualquer livro, de Gilka Machado.
Os funcionários anotavam, me davam falsas promessas, e pronto.

Eis que em outubro de 2010, navegando para outros rumos, encontro diversos livros daquela autora no site brasiliana.usp.br

http://www.brasiliana.usp.br/node/503

Vamos concluir apreciando Amei o Amor?

AMEI O AMOR
(Gilka Machado)


Amei o Amor, ansiei o Amor, sonhei-o
uma vez, outra vez (sonhos insanos)!...
e desespero haja maior não creio
que o da esperança dos primeiros anos.

Guardo nas mãos, nos lábios guardo em meio
do meu silêncio, aquém dos olhos profanos,
carícias virgens, para quem não veio
e não virá saber dos meus arcanos.

Desilusão tristíssima, de cada
momento, infausta e merecida sorte
de ansiar o Amor e nunca ser amada!

Meu beijo intenso e meu abraço forte,
com que pesar penetrareis o Nada,
levando tanta vida para a Morte...





LOUSADA, Wilson. Cancioneiro do Amor: os mais belos versos da poesia brasileira. Simbolistas e contemporâneos. Seleção e notas: Wilson Lousada. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1952.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

CONTEÚDO 2

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.




Ao longo do desenvolvimento do blog, fomos ampliando o número de suportes para o que entendíamos como reflexões.
Chegando basicamente aos seguintes: textos em prosa; textos em poesia; obras de arte (com foco em pinturas envolvendo a figura humana); vídeos (todos retirados do Youtube) e meus rabiscos pessoais.
Quanto aos tais rabiscos, para quem não vê neles reflexão alguma, servem para mostrar a um psicólogo quando quiserem confirmar minha loucura.

Pela minha atividade envolvendo basicamente textos escritos, as postagens que me dão maior prazer, atualmente, são as que envolvem a busca por “reflexões centrais”, as tais que justificam todo o papo formal da atual construção dos textos de “conhecimento”.
Comentarei algumas destas últimas em outra(s) postagem (gens).

Os textos em poesia costumam ter um bom desempenho no número de leitores, sendo que uma dessas reflexões em poesia bateu “recordes de audiência” e continua muito visitada, este pequeno poema de Mário Quintana, postado em julho de 2007:

DA ETERNA PROCURA
(Mario Quintana)

Só o desejo inquieto, que não passa,
Faz o encanto da coisa desejada...
E terminamos desdenhando a caça
Pela doida aventura da caçada.


QUINTANA, Mario Quintana de Bolso. Porto Alegre: L&PM, 1997.




Um exemplo de postagem usando uma pintura e seu autor, que tem acessos regulares desde que foi postada, é a tela de José Campeche: “El niño Juan Pantaleón Avilles de Luna Alvarado”.







El niño Juan Pantaleón Avilés de Luna Alvarado
1808 – óleo sobre tela – 70,2 x 66,2 cm
Autoria de: JOSÉ CAMPECHE
Colección del Instituto de Cultura Puertorriqueña

Em todas as postagens de quadros procuramos incluir as dimensões, a técnica, o ano de realização, onde pode ser encontrado, além de alguma informação sobre seu autor.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PERMANÊNCIA

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Uma forma de avaliar a “permanência” de uma postagem é consultarmos o linque Entry Pages Ranked by Visits, onde aparece a lista das 20 postagens que mais serviram de porta para o blog.
Indicando a quantidade de visitas, o mês e ano de postagem e o linque para cada uma dessas postagens mais visitadas recentemente.
Quando o registro se refere a “home”, com a últimas postagens, temos apenas o endereço do Reflexões (no exemplo abaixo corresponderia ao que está em primeiro lugar neste ranking, com 1321 das últimas páginas de entrada).


Pela transcrição do relatório para 4 de maio de 2011 as 8:30 hs, podemos ter uma visão geral das postagens que estão mais ativas atualmente:

REFLEXÕES
Entry Pages Ranked by Visits
Entry Page
1321 http://jamesemanuel.blogspot.com/
166 http://jamesemanuel.blogspot.com/2007/12/marc-bloch.html
89 http://jamesemanuel.blogspot.com/2008/05/orao-so-jorge.html
57 http://jamesemanuel.blogspot.com/2007/09/michel-de-certau.html
49 http://jamesemanuel.blogspot.c...los-drummond-de-andrade-4.html
42 http://jamesemanuel.blogspot.c...2009/03/sandro-botticelli.html
41 http://jamesemanuel.blogspot.com/2007/08/alan-watts-4.html
40 http://jamesemanuel.blogspot.com/2008/04/hipcrates.html
39 http://jamesemanuel.blogspot.com/2009/06/victor-turner.html
38 http://jamesemanuel.blogspot.c...2007/11/manuel-bandeira-8.html
36 http://jamesemanuel.blogspot.c...08/10/etienne-de-la-botie.html
33 http://jamesemanuel.blogspot.com/2008/11/filolau.html
31 http://jamesemanuel.blogspot.com/2008/11/alfredo-volpi.html
30 http://jamesemanuel.blogspot.com/2007/10/chuang-tzu-6.html
30 http://jamesemanuel.blogspot.com/2009/06/franz-boas.html
28 http://jamesemanuel.blogspot.com/2009/05/jurgen-habermas.html
25 http://jamesemanuel.blogspot.com/2009/12/ernst-fischer.html
24 http://jamesemanuel.blogspot.c...007/09/vinicius-de-moraes.html
19 http://jamesemanuel.blogspot.c...el-luiz-salgado-guimaraes.html



Alguns dados que lemos nessa lista ajudam a compreender a dinâmica do peso de certas postagens ou tipo de postagens no conjunto dos procurados pelos leitores.

Por exemplo: a postagem de Marc Bloch, de 2007, ocupa a segunda colocação, só perdendo para quem procura o Reflexões diretamente.

Curiosamente, a postagem mais solicitada depois de Bloch é a da Oração de São Jorge. Talvez ainda mais curiosamente, a que a segue em número de solicitações é a de Michel de Certeau (também de 2007).

Registro a satisfação de encontrar nessa lista de bem frequentados, ainda que em último lugar, a postagem do Prof. Dr. Manoel Luiz Salgado Guimarães sobre o “projeto de história nacional”, de julho de 2010.

terça-feira, 3 de maio de 2011

CONTEÚDO 1

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







A “mania” de escrever reflexões junto com “rabiscos” em blocos de desenho me acompanha desde a década de setenta.
Quando gostava de alguma “reflexão”, registrava em um bloco onde aproveitava para depositar meus rabiscos. Reflexões, aí, eram sempre máximas sobre a vida.

O blog Reflexões começou neste mesmo modelo, fazendo acompanhar os textos com os tais rabiscos digitalizados.

Quando já estavam rareando as tais máximas preferidas, me veio a idéia de procurar nas obras que tinha recém estudado (graduação e mestrado de história) trechos que correspondessem a estas reflexões.

Mudava todo o enfoque.
Agora eu procurava reflexões dos autores que justificavam aquele seu determinado trabalho, e meus indicadores de desempenho mostravam que deu muito certo.

Em 10 de dezembro de 2007, postei um trecho de Marc Bloch que teve um desempenho surpreendente, tanto no Google quanto no Sitemeter. Vamos lembrá-lo:

Marc Bloch
Em
Introdução à história




“Uma palavra, em suma, domina e ilumina os nossos estudos: “compreender”.
Não afirmemos que o bom historiador é alheio às paixões; tem aquela, pelo menos.
Palavra essa, não tenhamos ilusões, cheia de dificuldades, mas também de esperança.
Palavra cheia, sobretudo, de amizade.
Até na ação julgamos de mais.
É tão cômodo gritar “à forca”!
Nunca compreendemos bastante.
Quem difere de nós – estrangeiro, adversário político – passa, quase necessariamente, por mau.
Mesmo para orientar as lutas inevitáveis, seria necessário um pouco mais de inteligência das almas; com mais forte razão se as queremos evitar, quando ainda é tempo.
A história, se renunciar ela mesma aos seus falsos ares de arcanjo, deve ajudar a curar-nos desta mania.
Ela é uma vasta experiência da diversidade humana, um longo encontro dos homens.
A vida, como a ciência, tem tudo a ganhar se o encontro for fraternal”.




BLOCH, Marc. Introdução à história. Trad. Maria Manuel Miguel e Rui Grácio. 2a. ed. Lisboa: Europa-América, 1974.



Essa postagem me deu um grande prazer, pois os parâmetros indicavam que ainda não havia na rede este trecho enquanto conteúdo para mecanismos de busca; e ter causado um interesse inesperado tanto no Brasil quanto em Portugal. Até hoje é bastante consultado.
Para coroar meu orgulho professoral, ainda recebi críticas de pessoas que não admitiam que Bloch tivesse uma posição tão avançada, possivelmente pessoas que estão na história para julgar...


Com essa mudança, eu aproveitava para me aprofundar em diversos trabalhos sobre sociedade e cultura, em busca das reflexões essenciais. O que me leva a continuar sempre estudando, coisa que gosto muito.

Veremos mais alguns casos onde penso ter contribuído...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

SEARCH WORDS

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Brincando com o Search Words.


O relatório Search Words é composto de uma relação de informações sobre o acesso dos visitantes sendo o mais recente o que aparece com o dígito 1. Como exemplo temos o 38:

38 enciclopédia einaudi - imaginação social google.com.br

No “Search Words” encontramos o registro de que o visitante 38 (a partir do mais recente) entrou com a expressão “enciclopédia einaudi – imaginação social” no mecanismo de busca Google.com.br.

Clicando neste dígito 38, aparecerá um resumo dos detalhes da visita, sendo que nem sempre ele tem acesso a todos.
No caso ele informa o Endereço de IP, mas não sabe precisar de onde,geograficamente, veio a consulta; que utilizou linguagem portuguesa; dados do sistema operacional utilizado; Browser, versão de Java.

Informa ainda que a visita começou as 9:57:27 pm e a última impressão de página foi nesse mesmo dia as 10:17:42 pm. Duração da visita 20 minutos e 15 segundos com 8 impressões de páginas (Page views).

Repete a expressão consultada e que foi no Google, mas dá a possibilidade de visualização da página com os linques sugeridos pelo Google. No caso em pauta, não temos esta lista pois a resposta selecionada foi escolhida no “estou com sorte”.

Concluindo com o linque da página que o leitor entrou no site e o da página que ele saiu.
Quando foram visitadas mais de uma página, ele fornecerá os linques de cada uma na sequência em que foram acessadas.

Com esta simples pesquisa, dependendo da imaginação do editor, já dá para brincar bastante.

Como veremos.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

SITEMETER 4

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Como a operação do Google já é super conhecida. E na maioria das vezes, na administração do blog, lidamos com as informações das páginas de respostas do Google, através dos relatórios disponibilizados pelo Sitemeter. Começaremos pelos recursos do Sitemeter nesta abordagem


A “home” de seu blog no Sitemeter se compõe de alguns dados que aparecem como no sumário já abordado e de diversos linques remetendo a conjuntos específicos de dados.

Na coluna da esquerda temos uma série desses linques agrupados como se segue:


general
Summary
Who's On?
Traffic Prediction

recent visitors
By Details
By Referrals
By Search Words
By World Map
By Location
By Out Clicks
By Entry Pages
By Exit Pages

visits
Current Day
Previous 7 Days
Previous 30 Days
Previous 12 Months

visits and page views
Current Day
Previous 7 Days
Previous 30 Days
Previous 12 Months

moving average
Visits
Last 7 days
Last 30 days
Page Views
Last 7 days
Last 30 days

referral ranking
web pages ranked by
Visits
Page Views
Visit Length
web sites ranked by
Visits
Page Views
Visit Length
search engines ranked by
Visits
Page Views
Visit Length
search words ranked by
Visits (+SE)
Page Views (+SE)
Visit Length (+SE)

page ranking
Entry Pages
Exit Pages


Por exemplo: clicando “Last 30 days” do “visits” do “moving average” o usuário receberá um gráfico com a variação da média mensal de visitantes nos últimos 30 dias.

Vamos comentar como utilizamos alguns desses linques, mas se o leitor traduzir essa lista sera um bom exercício (a minoria que não domina o inglês informático...)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

SITEMETER 3

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.






Com a versão mais completa do Sitemeter, tínhamos acesso a um punhado de informações que davam uma nova visibilidade dos caminhos do Reflexões.

Por exemplo:

Através do conhecimento da palavra ou texto que o leitor entrou no mecanismo de busca, que resultou em sua visita, podíamos ter uma idéia aproximada se estavam procurando o Reflexões, um trecho de postagem, um autor, etc.

O fato de termos acesso a posição na listagem resposta do mecanismo de busca, bem como a própria relação de indicações fornecida ao leitor nos fornecia dados para diversas análises sobre postagens, autores e mesmo assuntos.

Com estes mesmos dados, ao longo do tempo, acompanhar a replicação de postagens que apresentavam boa procura (sendo fundamental o respeito pelo pessoal do Google de um respeito na relação “data de publicação x posição na lista” – ‘respeitados certos itens tais como citar o autor, dar a indicação mais completa, etc.)

Através do acesso a consulta do leitor, tomamos conhecimento de uma “pequena” providência, mas que ao nosso entendimento é de grande utilidade: a tentativa de interpretação do Google de expressões com erros claros, sugerindo opções para uma nova consulta.
Por certo fica menos doloroso consultar sobre os pensamentos de “Froide” e receber uma resposta, do que receber uma gargalhada e temer sempre mais expressar suas dúvidas.

Assim íamos conhecendo melhor nossos mecanismos de ajuda.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

SITEMETER 2

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.







Comecei a furar a neblina entre o blog e os leitores quando conheci os rastreadores de tráfico tipo Sitemeter.



O usuário do Sitemeter tem acesso a uma página com os dados de tráfico de seu blog e recebe um email semanal com um sumário desses dados. Sendo cobradas taxas por informações adicionais a serem disponibilizadas.



A título de curiosidade, mostro os dados do primeiro relatório semanal (14/6/2007) que recebemos sobre o Reflexões, valendo notar o resultado pífio no que se refere a número de visitantes, mas indicando um certo interesse dos que apareceram (passaram em média 4 minutos e 16 segundos por visita, o que para a Internet é uma eternidade). O Reflexões estava com menos de dois meses no ar.



REFLEXÕES
(código)

-- Site Summary ---
Visits

Total ........................... 12
Average per Day .................. 6
Average Visit Length .......... 4:16
This Week ....................... 12

Page Views

Total ........................... 28
Average per Day ................. 14
Average per Visit .............. 2.3
This Week ....................... 27




Pouco tempo depois passamos para um contrato com o Sitemeter que fornecia mais dados, e, como veremos, deu novas cores a brincadeira.



Na utilização de qualquer dos contadores de tráfico devemos ter em conta o que eles chamam de “Visits” e de “Page Views”.





Uma “visit” ocorre quando alguém ou algo (robôs) visitam seu site. Ela pode consistir de uma ou mais “page views”.



Uma “page view” (ou impressão de página) é uma solicitação para carregar uma única página HTML de um site da Internet.




Aos poucos toda essa lógica fica óbvia.



Nesta versão do Sitemeter já deu para notar que o Google estava disparando na frente dos dispositivos de busca que competiam na época. Mas seria com o uso do nível mais avançado que a combinação com os dados do Google rendeu.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

SITEMETER 1

Divagações sobre a criação e a administração deste blog.




Mecanismos de rastreamento de leitores.




Quando comecei a postar as tais reflexões, o básico da atividade era escolher os textos, dar uma forma aceitável a sua diagramação e manter certos cuidados como fornecer referências dos textos fontes com notação correta e nunca deixar de indicar os autores das traduções.


Não me parecia viável receber um retorno dos leitores, a não ser pelos comentários.


Ora, quem já assistiu a uma aula sabe que quando o professor pergunta se alguém tem algum comentário, mesmo os bons alunos preferem não se expor, quanto mais se expressarem por escrito.


Moral: parece que teria de me acostumar a pregar no deserto.





Eis que tive acesso a uma versão gratuita do rastreador Sitemeter.


Estes rastreadores indicam diversos dados quanto ao tráfego que passa pelo seu site, e, nessa primeira versão, já me informava alguns dados que me pareceram interessantíssimos, como por exemplo, quanto tempo um determinado leitor ficava “folheando” o Reflexões e de que cidade se conectara o leitor.




Euforia na “redação”. Surge a possibilidade de tentar entender os motivos de certas cidades acessarem mais que outras; que tipo de postagem prendia o leitor por mais tempo; quantas páginas ele “folheava” em cada visita; tudo era novidade.


Nessa fase verificamos certas características dos leitores que nos pareceram interessantes, tais como leitores que passavam mais de uma hora lendo, e, no entanto, não se animavam a escrever nenhum comentário, e o interesse do pessoal fora das grandes cidades pelos assuntos abordados aqui.



Passávamos a dispor de estatísticas muito mais detalhadas que as fornecidas pela agência de propaganda do “ad sense”.
No mais, era tentar acertar, meio as cegas, quais os autores e reflexões que causavam mais impacto.


Estava ficando mais divertido do que eu esperava.