Divagações sobre a criação e a administração deste blog.
Do grupo de autores abordados pelo Reflexões mais recentes e diretamente ligados à sociedade e cultura,escolhemos quatro para serem mostrados como exemplos. Já postamos três deles: Bronislaw Baczko, Gastón Bachelard e Ernst Cassirer.
Antes de lembrar uma passagem do quarto autor, é bom repetir que não houve nenhum critério de mérito em relação aos demais.
Dito isto, vamos mostrar o poder de reflexão de Cornelius Castoriadis, o último escolhido, em um trecho de seu trabalho Encruzilhadas do Labirinto:
“Pensar não é sair da caverna nem substituir a incerteza das sombras pelos contornos nítidos das próprias coisas, a claridade
vacilante de uma chama pela luz do verdadeiro Sol.
É entrar no Labirinto, mais exatamente fazer ser e aparecer um Labirinto ao passo que se poderia ter ficado “estendido entre as flores, voltado para o céu”.
É perder-se em galerias que só existem porque as cavamos, incansavelmente, girar no fundo de um beco cujo acesso se fechou atrás de nossos passos – até que essa rotação, inexplicavelmente, abra, na parede, fendas por onde se pode passar.
Com toda certeza, o mito queria significar algo de importante, quando fazia do Labirinto a obra de Dédalo, um homem”.
“Pensar é precisamente abalar a instituição perceptiva na qual todo lugar tem o seu lugar e todo momento tem a sua hora – assim como é abalar a instituição dada do mundo e da sociedade, as significações imaginárias sociais que essa instituição encerra”.
CASTORIADIS, Cornelius. As Encruzilhadas do Labirinto / 1. Tradução de Carmen Sylvia Guedes e Rosa Maria Boaventura. Revisão técnica de Denis Rosenfield. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
(http://corneliuscastoriadis.wordpress.com/)
Com estes breves trechos desses quatro autores, espero ter atraído algum novo leitor para o Reflexões ou, pelo menos, ter deixado mais claro o que entendo por reflexão.
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