quarta-feira, 30 de setembro de 2009

WITTGENSTEIN



Ludwig Wittgenstein
Em
Investigações Filosóficas.






”A filosofia simplesmente coloca as coisas, não elucida nada e não conclui nada.
– Como tudo fica em aberto, não há nada a elucidar.
Pois o que está oculto não nos interessa.

Pode-se chamar também de “filosofia” o que é possível antes de todas as novas descobertas e invenções.


O trabalho do filósofo é um acumular recordações para uma finalidade determinada.


Se se quisesse expor teses em filosofia, nunca se chegaria a uma discussão sobre elas, porque todos estariam de acordo.


Os aspectos para nós mais importantes das coisas estão ocultos pela sua simplicidade e trivialidade.
(Podemos não nota-los por tê-los sempre diante dos nossos olhos).
Os homens não se dão conta dos verdadeiros fundamentos de sua pesquisa.
A menos que uma vez tenham se dado conta disto.
– E isto significa: não nos damos conta daquilo que, uma vez visto, é o mais marcante e o mais forte”.




“Só podemos evitar a injustiça ou o vazio de nossas afirmações, na medida em que apresentamos o modelo como aquilo que ele é, ou seja, como objeto de comparação – por assim dizer, como critério –; e não como pré-juízo, ao qual a realidade deva corresponder.
(O dogmatismo, no qual tão facilmente caímos ao filosofar)".











WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas. Tradução de José Carlos Bruni. 2ª. Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Os pensadores)

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Wittgenstein

RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Junho 2007

terça-feira, 29 de setembro de 2009

ANTERO DE QUENTAL (4)



COM OS MORTOS
(Antero de Quental)





Os que amei, onde estão? idos, dispersos,
Arrastados no giro dos tufões,
Levados, como em sonho, entre visões,
Na fuga, no ruir dos universos...

E eu mesmo, com os pés também imersos
Na corrente e à mercê dos turbilhões,
Só vejo espuma lívida, em cachões,
E entre ela, aqui e ali, vultos submersos...

Mas se paro um momento, se consigo
Fechar os olhos, sinto-os a meu lado
De novo esses que amei: vivem comigo,

Vejo-os, ouço-os e ouvem-me também,
Juntos no antigo amor, no amor sagrado,
Na comunhão ideal do eterno Bem.








MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa – através dos textos. 5ª. Ed. São Paulo: Editora Cultrix, 1972.

Sobre Antero de Quental clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antero_de_Quental

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

THOMAS MERTON (3)



Thomas Merton
Em
Zen e as aves de rapina.







“Os instrumentos convenientes da linguagem nos permitem decidir de antemão o que pensamos que as coisas significam, e constituem uma tentativa para vermos as coisas apenas de um modo que se enquadre em nossos preconceitos lógicos e fórmulas verbais.

Em lugar de ver as coisas e os fatos como realmente são, nós os vemos como reflexos e verificações de sentenças que previamente construímos em nossas mentes.

Esquecemos com muita rapidez como simplesmente ver as coisas substituindo nossas palavras e fórmulas de maneira a vermos somente o que se enquadra convenientemente em nossos preconceitos.

O Zen utiliza a linguagem contra a própria linguagem, para fazer estourar tais preconceitos e destruir a enganadora “realidade” existente em nossas mentes, para que possamos ver diretamente”.




“Uma vez que a intuição Zen procura despertar uma consciência metafísica para além do ego empírico, que reflete, conhece, fala, essa conscientização deve estar imediatamente presente a si mesma e não sofrer a mediação do conhecimento conceitual, reflexo ou imaginativo”.









MERTON, Thomas. Zen e as aves de rapina. Tradução do Mosteiro da Virgem, Petrópolis. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Merton

Ver também:
http://www.reflexoes-merton.blogspot.com/

sábado, 26 de setembro de 2009

JEAN PAUL SARTRE (3)

Jean Paul Sartre
Em
Náusea.






“Eis o que pensei: para o acontecimento mais banal se tornar uma aventura, é preciso, e é bastante, que nos ponhamos a contá-lo.

É o que engana as pessoas: um homem é sempre um narrador de histórias: vive cercado das suas histórias e das de outrem, vê tudo quanto lhe sucede através delas; e procura viver a sua vida como se estivesse a contá-la”.




“Decididamente, o sentimento da aventura não vem dos acontecimentos: a prova está tirada.

É antes a maneira como os instantes se encadeiam.

Eis, creio eu, o que se passa: bruscamente sente-se que o tempo corre, que cada instante conduz a outro instante, esse outro a um terceiro, e assim sucessivamente; que todos os instantes se aniquilam, que é inútil tentar reter algum, etc., etc.

E então atribui-se essa propriedade aos acontecimentos que nos aparecem dentro dos instantes; o que pertence à forma é transladado para o conteúdo.

Em suma, esse famoso correr do tempo, fala-se muito dele, mas quase não se vê”.




“O essencial é a contingência.

Quero dizer que, por definição, a existência não é a necessidade.

Existir é estar presente, simplesmente; os existentes aparecem, deixam que os encontremos, mas nunca se podem deduzir.

Há pessoas, creio eu, que perceberam isso.

Somente, tentaram dominar essa contingência inventando um ser necessário e causa de si próprio.

Ora, nenhum ser necessário pode explicar a existência: a contingência não é uma ilusão de ótica, uma aparência que se possa dissipar; é o absoluto, por conseguinte a gratuidade perfeita”.








SARTRE, Jean-Paul. A Náusea. Tradução de Antonio Coimbra Martins. Mem Martins: Publicações Europa-America, s/data. Disponível em: http://blogdocafil.wordpress.com/2009/04/14/poesia-e-literatura/jean-paul-satre-nausea-doc-livro-completo/

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ISADORA DUNCAN







ISADORA DUNCAN (1877 – 1927), ilustre geminiana.

Sobre Isadora Duncan clique no linque abaixo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Isadora_Duncan

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CÓDIGO DE HAMURABI



Código de Hamurabi

Trechos.






“Se alguém acusa um outro, lhe imputa um sortilégio, mas não pode dar a prova disso, aquele que acusou, deverá ser morto”.


“Se alguém rouba o filho impúbere de outro, ele é morto”.


“Se a esposa de alguém é encontrada em contato sexual com um outro, se deverá amarrá-los e lança-los na água, salvo se o marido perdoar à sua mulher e o rei ao seu escravo”.


“Se alguém conhece a própria filha, deverá ser expulso da terra”.


“Se alguém dá seu nome a uma criança e a cria como filho, este adotado não poderá mais ser reclamado”.


“Se alguém bate um outro em rixa e lhe faz uma ferida, ele deverá jurar: “eu não o bati de propósito”, e pagar o médico”.


“Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu cai e fere de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto”.








Código de Hamurabi. Sem indicação de tradutor. Disponível em:
http://www.culturabrasil.pro.br/hamurabi.htm

Sobre o Código de Hamurabi clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Hamurabi

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Hamurabi

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ERASMO DE ROTERDAM (5)



Erasmo de Roterdam
Em
De Pueris (Dos Meninos).







“Ninguém pode dar nem a outrem nem a si mesmo determinado tipo de índole, embora, aqui, o cuidado dispensado pelos pais têm seu peso.


Primeiramente, portanto, importa que o homem saiba escolher uma esposa honesta, nascida de gente educada em princípios sólidos, em gozo de saúde íntegra.

Dada a afinidade muito estreita entre corpo e alma, vai acontecer que uma dessas partes ou ajuda ou prejudica a outra.


Em segundo lugar, o marido, ao se relacionar sexualmente com a esposa, não proceda de modo fogoso.

Tais disposições transitam para o feto por uma arcana via de contágio.

Aliás, certo filósofo parece ter detectado tal fenômeno.

Ao deparar-se com um jovem de comportamento nada sóbrio, comentou: “Não admira se o pai dele o tenha gerado em estado de embriaguez”.


Eis porque a mim me parece de todo acertado propor que o pai e a mãe sempre, mas, em particular, na época de concepção e da gestação, tenham a consciência livre de qualquer culpa grave e que se sintam plenamente cônscios de si mesmos.

Coisa alguma comporta maior tranqüilidade e alegria que semelhante clima de espiritualidade.

Desde então devem principiar o atendimento educacional e não ficar esperando pelo décimo, ou como muitos fazem, o décimo sétimo ano de vida.


O terceiro cuidado consiste em a mãe amamentar o filho com seu próprio seio”.







ERASMO. De Pueris (Dos Meninos), A Civilidade Pueril. Tradução, introdução e notas de Luiz Feracine. São Paulo: Escala, s/data.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Roterd%C3%A3o

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PIERRE LÉVY (3)



Pierre Lévy
Em
A ideografia dinâmica.







“A realidade virtual é a mais recente de uma longa linhagem de utopias semióticas que têm em comum o fato de visar a uma comunicação transparente, sem interferências ou resíduo”.




“Por que continuar a utilizar a linguagem, fundada na impossibilidade de comandar rapidamente algo além das cordas vocais, se podemos comandar diretamente a totalidade do mundo sensível?

Uma vez desaparecidas as limitações materiais que presidiram o emprego das linguagens (caso da realidade virtual), não há mais razão para utilizá-las como instrumentos privilegiados de comunicação.

Poder projetar e transformar rapidamente mundos sensíveis compartilhados: eis um modo de expressão infinitamente mais poderoso, mais eloqüente que as descrições verbais!

Desde que se disponha de um equipamento técnico adequado, é perfeitamente possível comunicar sem símbolos, manipulando diretamente a aparência das coisas e a constituição de mundos”.








LÉVY, Pierre. A ideografia dinâmica. Tradução: Marcos Marcionilo e Saulo Krieger. 2ª Ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_L%C3%A9vy

GANESHA



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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ganexa

terça-feira, 22 de setembro de 2009

JONATHAN SWIFT



Jonathan Swift
Em
Uma História de um Tonel.







“Contudo, hei de concluir com três Máximas, que podem servir de Características para distinguir um Verdadeiro Crítico Moderno de um Simulador, e também serão de admirável Serventia àqueles dignos Espíritos que se encaminham a Arte assim tão prestadia e honrada.


A primeira é que a Crítica, ao contrário de todas as outras Faculdades do Intelecto, sempre é tida por melhor e mais verdadeira quando é o primeiríssimo Resultado da Atividade Mental do Crítico: tal como os Caçadores de Aves tomam o primeiro objetivo pelo mais garantido, e raramente erram o Alvo, mesmo se as suas presas não pousam senão por um Segundo.


SEGUNDAMENTE: os Verdadeiros Críticos são conhecidos por seu Talento para enxamear-se ao redor dos mais nobres Escritores, aos quais são conduzidos apenas por Instinto, como um Rato ao melhor Queijo, ou uma Vespa à mais linda Fruta.
De igual modo, quando o Rei passa a Cavalo, vai certo de ser a mais enlameada Pessoa da Companhia, e são aqueles que mais lhe fazem a Corte os que mais o salpicam.


FINALMENTE: um Verdadeiro Crítico, na Leitura de um Livro, é como um Cão num Banquete, cujos Pensamentos e Estômago estão de todo voltados para o que os Comensais jogam fora e, consequentemente, costuma Latir mais quando há menos Ossos.


TUDO isso, penso, é suficiente para servir à guisa de Tributo aos meus Patronos, os Verdadeiros Críticos Modernos, e pode muito bem justificar o meu Silêncio passado, como ainda o que hei provavelmente de guardar no futuro”.







SWIFT, Jonathan. Panfletos Satíricos. Tradução e introdução de Leonardo Fróes. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999.

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

MIRCEA ELIADE (2)

Mircea Eliade
Em
O sagrado e o profano.





“Para o homem religioso, o espaço não é homogêneo: o espaço apresenta rupturas, quebras; há porções de espaço qualitativamente diferentes das outras.

“Não te aproximes daqui, disse o Senhor a Moisés; tira as sandálias de teus pés, porque o lugar onde te encontras é uma terra santa.” (Êxodo, 3: 5).

Há, portanto, um espaço sagrado, e por conseqüência “forte”, significativo, e há outros espaços não sagrados, e por conseqüência sem estrutura nem consistência, em suma, amorfos.

Mais ainda: para o homem religioso essa não-homogeneidade espacial traduz-se pela experiência de uma oposição entre o espaço sagrado – o único que é real, que existe realmente – e todo o resto, a extensão informe, que o cerca”.





“Tal como o espaço, o Tempo também não é, para o homem religioso, nem homogêneo nem contínuo.

Há, por um lado, os intervalos de Tempo sagrado, o tempo das festas (na sua grande maioria, festas periódicas); por outro lado, há o Tempo profano, a duração temporal ordinária na qual se inscrevem os atos privados de significado religioso.

Entre essas duas espécies de Tempo, existe, é claro, uma solução de continuidade, mas por meio dos ritos o homem religioso pode “passar”, sem perigo, da duração temporal ordinária para o Tempo sagrado”.




“É preciso não esquecer que para o homem religioso, o “sobrenatural” está indissoluvelmente ligado ao “natural”; que a Natureza sempre exprime algo que a transcende”.








ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. Tradução de Rogério Fernandes. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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sábado, 19 de setembro de 2009

SCHOPENHAUER (7)



Arthur Schopenhauer
Em
Regras de conduta para bem viver.





“O que representamos, ou, em outros termos, nossa existência na opinião alheia, é, graças a uma fraqueza particular de nossa natureza, geralmente demasiado apreciado, apesar de o menor raciocínio poder dar-nos a entender que em si isso não tem importância alguma para nossa felicidade”.



“Os acontecimentos e os negócios que nos concernem produzem-se e sucedem-se isoladamente, sem ordem nem relação mútua, em contraste notável uns com os outros e sem outra ligação do que dizerem respeito a nós mesmos; daí resulta que os pensamentos e os cuidados necessários deverão ser nitidamente separados, a fim de corresponderem aos interesses que os provocaram”.



“Não se deve ficar desesperado diante de cada absurdo que é dito em público ou na sociedade, que é impresso nos livros e que é bem acolhido ou pelo menos não é refutado; não se deve crer tampouco que isto ficará adquirido para sempre”.



“Para a gente se endurecer, é preciso, enquanto se está com saúde, submeter o corpo em seu conjunto, como em cada uma de suas partes, a muito esforço e cansaço, e acostumar-se a resistir a tudo que pode afeta-lo, por mais brutal que seja.

Assim que se manifesta, pelo contrário, um estado mórbido, seja do todo, seja de uma parte, dever-se-á recorrer imediatamente ao processo contrário, isto é, poupar e tratar por todos os meios o corpo ou sua parte doente; pois aquele que está sofrendo e enfraquecido não é susceptível de endurecimento”.



“Não se deve combater a opinião de ninguém; é preciso pensar que, se quiséssemos dissuadir as pessoas de todos os absurdos nos quais crêem, jamais acabaríamos com isto, mesmo se atingíssemos a idade de Matusalém”.









SCHOPENHAUER, Arthur. Regras de conduta para bem viver. Tradução de Eloy Pontes. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Casa Editora Vecchi, 1966.

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RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Maio 2007

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ZEFERINO BRASIL



ZELOS
(Zeferino Brasil)




De leve, beijo as suas mãos pequenas,
Alvas, de neve, e, logo, um doce, um breve,
Fino rubor lhe tinge a face, apenas
De leve beijo as suas mãos de neve.

Ela vive entre lírios e açucenas,
E o vento a beija, e, como o vento, deve
Ser o meu beijo em suas mãos serenas,
– Tão leve o beijo, como o vento é leve...

Que essa divina flor, que é tão suave,
Ama o que é leve, como um leve adejo
De vento ou como um garganteio de ave,

E já me basta, para o meu tormento,
Saber que o vento a beija, e que o meu beijo
Nunca será tão leve como o vento...












BANDEIRA, Manuel. Antologia dos poetas brasileiros - Fase parnasiana. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1967.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Zeferino_Brasil

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ALBINO FORJAZ DE SAMPAIO (4)



Albino Forjaz de Sampaio
Em
Palavras Cínicas.







“Sê polido, meu amigo. Encobre a raiva sob o riso, e o riso sob o pesar”.



“Acredita que todos se vendem, homens e mulheres, palhaços e imperadores, cristos e mendigos: a questão é de preço e o preço sufoca todas as consciências, todas as revoltas”.



“O crime é um negócio, a Vida uma escravatura. A alma é escrava do crime, a carne é escrava do gozo”.



“É preferível ver um cano de esgoto em toda a sua porcaria a uma alma em toda a sua intimidade. Há almas cuja treva é maior que a noite, consciências cuja lama é maior que a de todos os pântanos da terra”.



“As mulheres ou se castigam ou se desprezam. E se desprezares a tua amante, ela inventará carícias mil para te apaixonar, te agradar, te satisfazer. A sua boca ardente carregada de beijos como uma árvore carregadinha de flor, tatuará no teu corpo uma legenda extraordinária de dedicações e de carícias. Sê pois canalha com as mulheres, que elas gostam dos infinitamente canalhas”.










SAMPAIO, Albino Forjaz de. Palavras Cínicas.
Disponível em:
http://www.scribd.com/doc/7131500/Albino-Forjaz-de-Sampaio-Palavras-cinicas

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Albino_Forjaz_de_Sampaio

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

VOLTAIRE (7)

Voltaire
Em
Deus e os Homens.





“Nenhuma sociedade pode subsistir sem justiça; anunciemos, pois, um Deus justo”.



“Se a lei do Estado pune os crimes conhecidos, anunciemos, pois, um Deus que punirá os crimes desconhecidos”.



“Quem ousar dizer “Deus me falou” é criminoso para com Deus e os homens, pois Deus, o pai comum de todos, acaso ter-se-ia comunicado com um só?”.



“É o cúmulo do horror e do ridículo anunciar Deus como um pequeno déspota insensato e bárbaro, que dita secretamente uma lei incompreensível para alguns de seus favoritos e que degola os restos da nação por ter ignorado essa lei”.



“Querem que nossa nação seja poderosa e pacífica?

Que a lei do Estado comande a religião”.








VOLTAIRE. Deus e os Homens. Tradução de Eduardo Brandão. 2ª. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Voltaire

MILLS BROTHERS





I Ain’t Got Nobody (Spencer Williams / Dave Peyton / Roger Graham), interpretada pelos Mills Brothers.

Registro cinematográfico dirigido por Dave Fleischer, lançado nos EUA em 15 de junho de 1932.

Sobre o Mills Brothers clique no linque abaixo:

http://en.wikipedia.org/wiki/Mills_Brothers

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ROBERTO FREIRE (3)



Roberto Freire
Em
A Alma é o corpo.






“A forma mais simples e direta de compreender a vida em seu significado biológico é imaginar a substância orgânica pulsando por ela mesma.

A realização espontânea e automática, constante e rítmica, dessa pulsação em sístoles (contrações) e diástoles (descontrações), expressa a presença da vida, embora não possamos ainda saber e compreender como isso se processa e como têm início no interior da matéria orgânica as alterações que a transformam num ser vivo.

A ameba é um ser unicelular que habita o meio líquido.

Ela vive de se contrair e de se expandir.

Na diástole ela abre o tecido de sua membrana e deixa entrar em seu corpo o líquido no qual está banhada.

Dentro de si, retém as substâncias de que necessita para se alimentar e, quando executa a sístole, elimina tudo o que não precisa, inclusive o que lhe é tóxico”.




“É interessante observar que o modelo de funcionamento da célula é o mesmo que o de um órgão ou de um sistema, no corpo humano”.




“A natureza dessa energia vital deve ser a mesma que produz e mantém o universo em seu equilíbrio.

Assim, a bioenergia terá de ser entendida como uma manifestação diferenciada da energia do cosmos e do átomo, mas original e fundamentalmente a mesma energia.

Além disso, parece hoje possível compreender, graças ao avanço vertiginoso do conhecimento dos problemas básicos da natureza dos fenômenos vitais, a indissolubilidade da noção de matéria e energia, de estrutura e função.

A sua separação, a sua oposição, é mais aparente do que real, mais uma necessidade do espírito do que uma imposição da realidade”.




“Estrutura e função são, portanto, à luz dos conhecimentos modernos, um binômio inexistente, um antagonismo que não mais persiste, como corpo e espírito ou corpo e mente”.










FREIRE, Roberto. Soma. Uma terapia anarquista. V.1. A Alma é o Corpo. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.

Sobre Roberto Freire clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Freire_(psiquiatra)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

DAVID HUME (4)



David Hume
Em
Ensaio Sobre o Entendimento Humano.






“Se não houvesse nenhuma vantagem a ser colhida destes estudos além da satisfação de uma curiosidade ingênua, mesmo assim este resultado não devia ser desprezado, pois ele se acrescenta aos poucos prazeres seguros e inofensivos que são conferidos a raça humana”.



“É curioso que as operações do espírito, não obstante mais intimamente ligadas a nós, surjam envoltas em obscuridade todas as vezes que se tornam objeto da reflexão e a visão é incapaz de discernir com facilidade as linhas e os limites que as separam e as distinguem”.



“A primeira vista, nada pode parecer mais ilimitado do que o pensamento humano, que não apenas escapa a toda autoridade e a todo poder do homem, mas também nem sempre é reprimido dentro dos limites da natureza e da realidade”.



“Como o homem é um ser racional e está continuamente à procura da felicidade, que espera alcançar para a satisfação de alguma paixão ou afeição, raramente age, pensa ou fala sem propósito ou intenção”.



Em primeiro lugar, toda poesia, que é uma espécie de pintura, nos coloca mais perto do objeto do que qualquer outro tipo de narrativa, o ilumina com mais força e delineia com mais distinção as menores circunstâncias que, embora pareçam supérfluas ao historiador, servem vigorosamente para avivar as imagens e satisfazer à imaginação”.







HUME, David. Ensaio Sobre o Entendimento Humano. Tradução de Anoar Aiex. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000027.pdf

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Hume

sábado, 12 de setembro de 2009

BRILLAT-SAVARIN



Brillat-Savarin
Em
A Fisiologia do Gosto.






“O gosto pode ser considerado de três pontos de vista:

No homem físico, é o aparelho por meio do qual ele aprecia os sabores.

Considerado no homem moral, é a sensação que excita, no centro comum, o órgão afetado por um corpo saboroso.

Finalmente, considerado na sua causa material, o gosto é a propriedade que tem um corpo de impressionar o órgão e de fazer nascer a sensação.


O gosto parece ter dois usos principais:

1 – Convidar-nos, com o prazer, a reparar as perdas contínuas que sofremos pela ação da vida.

2 – Ajudar-nos a escolher, entre as diversas substâncias que a natureza nos oferece, aquelas que são apropriadas como alimento.

Nessa escolha o gosto é fortemente auxiliado pelo olfato, como veremos mais tarde, porque se pode estabelecer, como máxima geral, que as substâncias nutritivas não são repugnantes nem ao gosto nem ao olfato”.





“A descoberta de um prato novo é mais importante para a felicidade do gênero humano do que a descoberta de uma estrela”.







BRILLAT-SAVARIN, J. A. A Fisiologia do Gosto. Tradução, Introdução e Editoração de Enrique Renteria.Rio de Janeiro: Salamandra, 1989.

Sobre Brillat-Savarin clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Anthelme_Brillat-Savarin

PAVEL KORIN

The Tretyakov Gallery, Moscow

Portrait of Sculptor Sergei Konyonkov
1947 – óleo sobre tela – 50 x 60 cm.
Autor: Pavel Korin


Sobre Pavel Korin clique no linque abaixo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Pavel_Korin

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ADELINO MOREIRA



DEVOLVI
(Composição de Adelino Moreira)





Devolvi o cordão e a medalha de ouro
E tudo, que ele me presenteou

Devolvi suas cartas amorosas
E as juras mentirosas
Com que ele me enganou

Devolvi a aliança e também seu retrato
Para não ver seu sorriso
No silêncio do meu quarto

Nada quis guardar, como lembrança
Pra não aumentar meu padecer
Devolvi tudo, só não pude devolver
A saudade cruciante
Que amargura o meu viver.






Sobre Adelino Moreira clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adelino_Moreira

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

PAOLO MANTEGAZZA (2)



Paolo Mantegazza
Em
Os Caracteres Humanos.






“Muitos, senão muitíssimos, bem-nascidos, com saúde e riqueza, providos de toda a bagagem necessária para uma viagem serena e aprazível através da vida, são tantas vezes infelizes e amaldiçoam o berço, só porque não tinham a experiência dos homens e muito menos das mulheres, sempre mais indecifráveis que nós.

São infelizes, porque apertam a mão, afetuosamente, a um bandido, porque elegem para mulher uma Harpia, porque na escolha do médico, do advogado, do conselheiro põem sempre o dedo sobre os que são menos aptos para exercer essas difíceis missões, em suma porque desconhecem os caracteres humanos”.



“A influência do clima sobre um povo ou uma raça, quando dura séculos, acumula-se e condensa-se até nas mais profundas medulas do caráter nacional, pelo que este perdura mesmo ao transplantar-se dum a outro céu”.



“A caridade supõe o proletário, e as sociedades mais civilizadas se não mais providas de beneficência coletiva e preventiva mais comum e menos repugnante tornam o egoísmo”.



“O amor próprio é o sentimento da hierarquia, e em todos os animais sociais é necessário, é congênito com o egoísmo e o instinto sexual”.



“A história recolhe sempre o sangue que a mão do homem derrama tão amiúde pelo caminho que ele transcorre, mas esquece as lágrimas, tantas e tantas, que se afundam na terra, mudas e invisíveis, – talvez para fecundar de novas dores a terra donde outros homens nascerão”.







MANTEGAZZA, Paulo. Os Caracteres Humanos. Tradução de Joaquim Leitão. Lisboa: Santos & Vieira, 1913.

Sobre Paolo Mantegazza clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paolo_Mantegazza

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

THOMAS HOBBES



Thomas Hobbes
Em
Do Cidadão.





“Aqueles que observarem de maneira mais estreita as causas através das quais os homens vivem conjuntamente, deleitando na companhia uns dos outros, notará facilmente que isto não acontece porque naturalmente não poderia suceder do contrário, mais através de acidente.

Pois se um homem deve amar outro por natureza (isto é, como homem), não encontraríamos qualquer razão para que todo homem não ame da mesma maneira outro homem, por ser igualmente homem, ou para se aproximar mais daqueles cuja companhia lhes confira maior honra ou lucro.

Assim, não buscamos a sociedade naturalmente e por si própria, mas sim para que possamos dela receber alguma honra ou lucro.

Desejamos estes em primeiro lugar, aquela secundariamente”.






“Devemos concluir então, que a origem de todas as sociedades, grandes e duradouras, não é a boa vontade mútua que os homens têm entre si, mas sim o medo mútuo que nutriam uns pelos outros”.









HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Tradução de Fransmar Costa Lima. São Paulo: Martin Claret, 2006.

Sobre Thomas Hobbes clique no linque abaixo:
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RABISCOS NO BLOCO



Postado originalmente no REFLEXÕES: Maio 2007

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ANACREONTE (4)



VELHICE E GÔZO
(Anacreonte)




As mulheres me dizem: - Anacreonte,
Toma um espelho e olha-te!
Velho! Nem tens cabelos nessa fronte!...
Vês? O tempo desfolha-te.

Se eu tenho ou não a fronte encalvecida,
Não sei. Velho, porém
Sei que, ao fim do destino, mais a vida
Deve gozar-se – e bem!







ANACREONTE. Odes de Anacreonte. Tradução de Almeida Cousin. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1966.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Anacreonte

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

HAVELOCK ELLIS

Havelock Ellis
Em
Os Direitos da Mulher no Amor.






“É uma verdade indiscutível que a energia sexual pode ser transformada em energia intelectual e moral e que o prazer físico, quando obtido com sábia capacidade estética e não desviado para vícios degradantes e amorais, é um estímulo nobre, libertador das nossas atividades fecundas e edificantes”.




“Através das relações harmoniosas do sexo ocorre uma unidade espiritual proveniente da continência – dentro ou fora do casamento – e assim a associação matrimonial torna-se um habitual instrumento a serviço do mundo”.




“Na natureza, tanto nos animais de classe elevada, quanto nos de tipo inferior, que nos foram trazidos à domestificação, - todo o ato sexual é acompanhado de um processo de cortesia.

Há profunda razão psicológica para isso, pois, no curso do galanteio, a excitação psíquica gradualmente atinge o cérebro, estimulando o mecanismo sexual em toda sua atividade, até atingir o orgasmo.

A cortesia é, pois, um fato natural e imprescindível a qualquer relação amorosa”.










ELLIS, H., FREUD, S. Os Direitos da Mulher no Amor. Tradução, introdução e notas Dr. Valmir A. da Silva. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1968.

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AUGUSTE / LOUIS LUMIÈRE





Primeiras filmagens dos Irmãos Lumière (1895).


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sábado, 5 de setembro de 2009

ÍBICO DE RÉGIO



Íbico de Régio

Fragmento




Eros, de novo, sob pálpebras sombrias,
Lança-me olhares molhados
De manhas mil,
E me enreda nas malhas cerradas
Da deusa da beleza.
À sua aproximação,
Tremo
Como um cavalo atrelado,
Antes pronto a vencer,
Agora hesitante
Ante carros mais rápidos.










PIGNATARI, Décio (org., trad. & notas). 31 poetas, 214 poemas; do Rig-Veda e Safo a Apollinaire. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ORISON SWEET MARDEN (2)



Orison Sweet Marden
Em
Os Milagres do Pensamento.






“O nosso estado físico é simplesmente a reprodução da nossa condição mental.
O estado da nossa saúde é o nosso pensamento manifestado”.



“Os pensamentos caritativos, os pensamentos de amor, matarão muito depressa os pensamentos de ciúme, de ódio, de vingança”.



“Se quiseres conservar a mocidade, vivei o mais possível ao pé de jovens, porque a sua exuberância, a alegria, a inteligência brilhante e as suas maneiras desembaraçadas são contagiosas”.



“Um homem deve poder pensar na sua casa paterna como no Éden da sua vida, onde reinava o amor, em vez de ter a lembrança dum lugar onde só via rostos sombrios, duma atmosfera de rudeza que não deixava expandir a alegria”.



“São raros os homens que avaliam quanto é sagrada uma ambição legítima”.








MARDEN, O. S. Os Milagres do Pensamento. Sem indicação do tradutor. Porto: Casa Editora de A. Figueirinhas, 1945.

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

CASSIRER (5)



Ernst Cassirer
Em
Linguagem e Mito.






“Deve haver alguma função determinada, essencialmente imutável, que confere a Palavra este caráter distintivamente religioso, elevando-a, desde o começo, à esfera religiosa, à esfera do “sagrado”.

Nos relatos da Criação de quase todas as grandes religiões culturais, a Palavra aparece sempre unida ao mais alto Deus criador, quer diretamente como o fundamento primário de onde ele próprio, assim como toda existência e toda ordem de existência provêm”.




“A partir desta crença no poder físico-mágico encerrado na palavra, a evolução espiritual da humanidade teve que percorrer longo caminho, até chegar à consciência de seu poder espiritual.

De fato, a palavra, a linguagem, é que realmente desvenda ao homem aquele mundo que está mais próximo dele que o próprio ser físico dos objetos e que afeta mais diretamente sua felicidade ou sua desgraça.

Somente ela torna possível a permanência e vida do homem na comunidade; e nela, na sociedade, na relação com um “tu”, também assume forma determinada o seu próprio eu, sua subjetividade”.






CASSIRER, E. Linguagem e Mito. Tradução: J. Guinsburg e Miriam Schnaiderman. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972.

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EDOUARD AGNEESSENS



Coleção Particular.

Standing male nude.
1870 – óleo sobre tela – 198 x 70 cm.
Autor: Edouard Agneessens.

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

MANOEL DE ABREU



Manoel de Abreu
Em
Meditações.






VII


A verdadeira glória não me pertence
e a ninguém pertence.
Não a vejo na humildade ou na bondade.
São sentimentos humanos.
O homem nasceu num momento de impureza,
o seu destino é o destino do amor
e da fome.
O orgulho envenena a essência da vida.
O orgulho se oculta na sombra da bondade
e da humildade.
A verdadeira glória está no perfeito silêncio,
na manhã clara do perfeito silêncio,
na beatitude do perfeito silêncio.



VIII


O Universo não ama.
O Universo não sofre.
O Universo dorme no bojo morno da noite.
É um sono de ave, livre e inocente.
O Universo está dormindo no teu coração parado.








ABREU, Manuel Dias de. Meditações. Introdução de Álvaro Moreyra. Ilustrações de Candido Portinari. Rio de Janeiro: Officina Graphica Mauá, 1936.

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

JOHN STUART MILL (4)



John Stuart Mill
Em
Sistema de Lógica Dedutiva e Indutiva.




“Uma mente que, previamente não-versada na significação e no uso correto das várias espécies de palavras, empreendesse o estudo dos métodos de filosofar seria como alguém que quisesse tornar-se um observador em astronomia sem nunca antes ter aprendido a ajustar a distância focal dos seus instrumentos ópticos para poder ver distintamente”.




“Um nome próprio não é mais do que uma marca sem significação que juntamos em nossas mentes à idéia do objeto, a fim de que sempre que a marca encontrar nossos olhos ou ocorra aos nossos pensamentos, possamos pensar naquele objeto individual”.




“Os fenômenos da natureza existem em duas relações distintas uns com os outros: a da simultaneidade e a da sucessão.

Todo fenômeno está relacionado, uniformemente, com alguns fenômenos que coexistem com ele e com fenômenos que o precederam e o seguirão”.




“Sendo a hipótese uma pura suposição, não há outros limites para as hipóteses além da imaginação humana”.




“O acaso é geralmente a antítese direta da lei; o que quer que, supõe-se, não pode ser atribuído a uma lei é atribuído ao acaso.

É certo, todavia, que tudo o que acontece é resultado de alguma lei, é um efeito de causas, e de suas leis”.






MILL, John Stuart. Sistema de Lógica Dedutiva e Indutiva e outros textos. Traduções de João Marcos Coelho e Pablo Rubén Mariconda. 2ª Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Os Pensadores).

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