quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

FELIZ 2010


Caros leitores:

Mais um ano registrando “uns papos”... e continuo querendo mais!

Outra vez, preciso agradecer a todos os que me ajudam nesse projeto:
- Ao excelente trabalho das equipes do Blogger e do Google;
- Ao pessoal do Sitemeter, por me mostrar, a qualquer tempo, a existência dos leitores discretos (sempre sem comentários); os leitores diários; os que dedicaram longos minutos de seu tempo; enfim, me proporcionando alguns dos grandes prazeres de quem quer comunicar;
- E, muito especialmente, a vocês pela companhia, pela forma carinhosa e paciente que receberam este projeto em seus mundos virtuais, e pelos comentários e sugestões.
Espero continuar por aqui...
Feliz Ano Novo e Divirtam-se!

ATENÇÃO:

AS POSTAGENS DE JANEIRO DE 2010 IRÃO COMPOR O ÍNDICE ALFABÉTICO, POR AUTOR, DAS NOSSAS POSTAGENS DE TEXTO.

DANTE ALIGHIERI



Dante Alighieri
Em
Da Monarquia.





“A arte apresenta-se em três formas: no espírito do artífice, no órgão, e, enfim, na matéria trabalhada; assim, também a natureza pode ser encarada em três estados.

De fato, a natureza existe no espírito do primeiro motor que é Deus; depois, no céu que é como o órgão material, pelo qual uma imagem de bondade eterna é impressa na matéria fluida.

Quando o artífice é excelente e o órgão também, se a forma é realizada imperfeitamente, é tão somente à matéria que será necessário atribuir o defeito; ora, Deus realiza a soberana perfeição e seu aparelho, que é o céu, não é privado de nenhuma das perfeições convenientes, assim como estabelece a filosofia das esferas; assim sendo, tudo o que se acha defeituoso nas coisas inferiores deve seu caráter deficiente à matéria; se os defeitos existem, é fora de intenção de Deus criador e do céu; ao contrário, tudo quanto é de bom nas coisas inferiores não pode provir da matéria, que é um puro poder; é preciso atribuir esse bem, em primeiro lugar a Deus, e, em segundo lugar, ao céu, que é o órgão, a arte divina e que é comumente chamado Natureza.

De tudo quanto precede, resulta que o direito, pois que o direito é o bem, existe, antes de tudo, na inteligência de Deus; ora, tudo quanto existe na inteligência de Deus, é Deus (segundo a palavra: tudo o que foi feito, nele era vida), e Deus quer estar acima de tudo, por isso, o direito, desde que está em Deus, é porque Deus assim o quer.

Como o que Deus quer e a coisa desejada são a mesma coisa, a vontade divina é o direito”.








ALIGHIERI, Dante. “Da Monarquia”. In. Pensadores Italianos. Prefácio de Adolfo Rava. Traduções de Antônio Piccarolo e Leonor de Aguiar. Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre: W. M. Jackson Inc. Editores, 1950.

Sobre Dante Alighieri clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dante_Alighieri

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

RENÉ GIRARD



René Girard
Em
O Bode Expiatório e Deus.






“Deus é, primeiro, a personificação do que se chama o sagrado.

E o sagrado é uma experiência da violência de tal modo repentina, temível e constrangedora no interior das comunidades que os homens acreditam e reconhecem nela um poder que ultrapassa, um poder literalmente transcendente, perante têm demasiado medo para que possa desobedecer-lhe, a fortiori para negar a sua existência”.




“Se, nas sociedades, a vingança fosse tolerada, é bem evidente que a espécie humana se destruiria rapidamente”.




“Os homens imitam os desejos uns dos outros e, por esta razão, estão inclinados para o que eu apelido de rivalidade mimética, processo que existe entre parceiros sociais e que tende a agravar-se constantemente pelo fato de a imitação ricocheteia entre os dois parceiros”.




“De certo modo, a vingança transcende o tempo e o espaço o que já lhe dá, de alguma maneira, qualquer coisa de religioso”.




“Chega um momento em que a rivalidade se torna tão forte que todos os objetos do debate são destruídos.

Quando os homens disputam a posse de um objeto, jamais se podem entender.

Vão continuar a lutar até que o combate se decida.

Mas, no decorrer da batalha, tal objeto será frequentemente destruído e, a partir desse momento, o antagonismo torna-se “puro”: será sempre mais forte, mas o mimetismo incidirá doravante já não sobre o objeto, mas sobre os próprios antagonistas”.






GIRARD, René. O Bode Expiatório e Deus. Tradutor: Márcio Meruje. Coleção: Textos Clássicos de Filosofia. Universidade da Beira Interior. Covilhã, 2009. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/girard_rene_o_bode_expiatorio_e_deus.pdf


Sobre René Girard clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Girard

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

NORBERT WIENER



Norbert Wiener
Em
Deus, Golem & Cia.







“Há pelo menos três aspectos da cibernética, a meu ver, que têm interesse para as questões religiosas.

O primeiro refere-se às máquinas com a capacidade de aprender; o segundo, às máquinas que se reproduzem; e o terceiro, à coordenação entre homem e máquina”.




“O aprendizado a que nos vimos referindo até agora é o aprendizado individual, que se manifesta durante o período em que a pessoa vive.

Há outro tipo de aprendizado, igualmente importante, que é o filogenético, ou aprendizado que se manifesta na história da espécie.

É desse tipo de aprendizado que se trata quando se fala das bases inventadas por Darwin, com sua teoria da seleção natural”.




“Não há procedência em afirmar categoricamente que os processos de reprodução, em seres vivos e em máquinas, nada têm em comum”.




“Já se disse que em todas as guerras os bons generais lutam como se estivessem participando da guerra anterior e os maus generais como se estivessem enfrentando a penúltima.

Em outras palavras, as regras do jogo de guerra nunca estão à altura dos fatos da situação real”.




“O mundo futuro se apresentará como luta cada vez intensa contra as limitações da inteligência humana e não como um leito confortável onde poderemos repousar enquanto somos aguardados por nossos escravos mecânicos”.












WIENER, Norbert. Deus, Golem & Cia. Tradução de Leônidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. São Paulo: Editora Cultrix, 1971.

Sobre Norbert Wiener clique no linque abaixo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Norbert_Wiener

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL

FELIZ NATAL!

Dias 24, 25, 26 e 27 de dezembro: pausa para esperar Papai Noel e brincar com os brinquedos novos.

Divertam-se!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

MANUEL BANDEIRA (14)



O RIO
(Manuel Bandeira)



Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.






BANDEIRA, Manuel Estrela da Vida Inteira. 7ª. Ed. Introdução de Gilda e Antônio Cândido. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1979.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

JOHANN GOTTLIEB FICHTE

Johann Gottlieb Fichte
Em
Reivindicação da Liberdade de Pensamento.





“Sabeis, ou podeis persuadir-vos, se ainda o não sabeis, de que nem sequer sois propriedade de Deus, mas que Ele gravou livremente, no mais profundo do vosso coração, o seu selo divino: que não pertenceis a ninguém”.




“Poder pensar livremente é a diferença distintiva entre o entendimento humano e o animal”.




“Para vós é fácil subjugar o corpo dos homens, por os seus pés no cepo, as suas mãos em cadeias e, com o medo da fome ou da morte, podeis impedir que digam o que não devem dizer.

Mas nem sempre podeis estar presentes com o cepo, com as cadeias ou com os esbirros – e os vossos sabujos também não podem estar em toda a parte; uma maneira tão fatigante de governar não vos deixaria tempo para os prazeres humanos”.




“O espírito humano em geral avança só gradualmente de claridade em claridade; vós partireis sorrateiramente na vossa época, conservareis o vosso pequeno punhado de eleitos e a autoconvicção dos vossos grandes méritos.

De vez em quando, o espírito humano dá um passo violento por meio de uma revolução nas ciências – mas não vos preocupeis a tal respeito, à vossa volta, amanhecerá para os outros; vós, e os vossos tão queridos pupilos, disporeis entretanto de um aprazível crepúsculo para os vossos olhos receosos; e consolar-vos-eis assim com uma obscuridade cada vez maior”.






FICHTE, J. G. Reivindicação da Liberdade de Pensamento.
Disponível em:
http://www.lusosofia.net/textos/fichte_reinvindicacao_liberdade_pensamento.pdf

Sobre Fichte clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Gottlieb_Fichte

CHARLES CHAPLIN (2)






Cena do filme The Gold Rush (1925).
Diretor: Charles Chaplin.

Sobre Chaplin clique no linque abaixo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Charlie_Chaplin

sábado, 19 de dezembro de 2009

JOSEPH ADDISON



Joseph Addison
Em
Sobre conselhos em questões de amor.






“Uma velha observação que tem sido feita sobre políticos que preferem conquistar as boas graças do seu soberano a promover o seu real serviço, é a de que adaptam os seus conselhos às inclinações do referido soberano e o aconselham a agir, apenas simulando que o seu coração está de acordo com o que dizem.

O conselheiro privado de um homem apaixonado deve observar a mesma conduta, a menos que queira incorrer na perda da amizade da pessoa que solicita o seu conselho”.







ADDISON, Joseph. “Sobre conselhos em questões de amor. In. Ensaístas Ingleses. Prefácio de Lúcia Miguel-Pereira. Tradução de J. Sarmento de Beires e Jorge Costa Neves. Rio de Janeiro/São Paulo/Porto Alegre: W. M. Jackson Inc., 1950.

Sobre Joseph Addison clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Addison

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

FRANCIS BACON (3)



Francis Bacon
Em
Da Amizade.





“Heráclito disse muito bem em um dos seus enigmas: “A luz crua é sempre a melhor”; e o certo é que a luz que um homem recebe, ao receber o conselho de amigo, é mais crua e límpida que a que emana do seu próprio entendimento e juízo, os quais se acham sempre infusos e impregnados dos seus hábitos e afeições.

Assim, há entre o conselho de um amigo e o de um lisonjeador; porque não há melhor remédio contra a nossa própria lisonja do que a franqueza de um amigo”.




“O apelo à voz da consciência para um rigoroso acerto de contas é, por vezes, um medicamento demasiadamente penetrante e corrosivo; ler bons livros sobre moralidade é um pouco insípido e inerte; observar nos outros as faltas em que incorremos, é frequentemente impróprio para o nosso caso; de modo que a melhor receita (a melhor, digo eu, não só para aplicar aos outros como usarmos nós mesmos) é a admoestação da amizade”.




“Um homem, que não pode representar convenientemente o seu papel, por não ter um amigo, deve abandonar a cena”.









BACON, Francis. “Da Amizade”. In. Ensaístas Ingleses. Prefácio de Lúcia Miguel-Pereira. Tradução de J. Sarmento de Beires e Jorge Costa Neves. Rio de Janeiro/São Paulo/Porto Alegre: W. M. Jackson Inc., 1950.

Sobre Francis Bacon clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francis_Bacon_(fil%C3%B3sofo)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

NOAM CHOMSKY



Noam Chomsky
Em
O Lucro ou as Pessoas.







“Uma sociedade democrática decente deve basear-se no princípio do “consentimento dos governados”.

Essa idéia, apesar de geralmente aceita, pode ser contestada como excessivamente forte e como excessivamente fraca.

Excessivamente forte porque sugere que o povo precisa ser governado e controlado.

Excessivamente fraca porque até o mais brutal dos governantes precisa, em alguma medida, do “consentimento dos governados” e geralmente o obtém, nem sempre pela força”.




“O mundo que os Estados Unidos buscaram “criar à sua imagem e semelhança”, por meio das instituições internacionais, está baseado no princípio da lei do mais forte.

E a “paixão norte-americana pelo livre mercado” implica que o governo dos Estados Unidos pode violar acordos de comércio sempre que julgar necessário”.




“O modo mais eficaz de restringir a democracia é transferir a tomada de decisões da arena pública para instituições não sujeitas ao controle público: reis e príncipes, castas religiosas, juntas militares, ditaduras de partido e grandes empresas modernas”.




“É sempre esclarecedor procurar o que se omite nas campanhas de propaganda”.







CHOMSKY, Noam. O Lucro ou as Pessoas. Tradução de Pedro Jorgensen Jr. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

Sobre Noam Chomsky clique no linque abaixo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Noam_Chomsky

LUDWIG MEIDNER

Art Institute of Chicago



Max Herrmann-Neisse
1913 – óleo sobre tela – 89,5 x 75,6 cm.
Autor: Ludwig Meidner

Sobre Ludwig Meidner clique no linque abaixo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Meidner

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PLATÃO (4)



Platão
Em
O Banquete.




“Assim, de muitos lados se reconhece que Amor é entre os deuses o mais antigo.

E sendo o mais antigo é para nós a causa dos maiores bens.

Não sei eu, com efeito, dizer que haja maior bem para quem entra na mocidade do que um bom amante, e para um amante, do que seu bem-amado.

Aquilo que, com efeito, deve dirigir toda a vida dos homens, dos que estão prontos a vivê-la nobremente, eis o que nem a estirpe pode incutir tão bem, nem as honras, nem a riqueza, nem nada mais, como o amor”.




“Nenhum deus filosofa ou deseja ser sábio – pois já é – , assim como se alguém mais é sábio, não filosofa.

Nem também os ignorantes filosofam ou desejam ser sábios; pois é nisso mesmo que está o difícil da ignorância, no pensar, quem não é um homem distinto e gentil, nem inteligente, que lhe basta assim.

Não deseja portanto quem não imagina ser deficiente naquilo que não pensa ser preciso”.







PLATÃO. O Banquete ou Do Amor. Tradução, introdução e notas do Prof. J. Cavalcante de Souza. 4ª. Ed. São Paulo: Difel, 1986.

Sobre Platão clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

BERNARDINO LOPES



MINHA DOCE AMIGA
(B. Lopes)





Paremos juntos na tranquilidade
Deste imortal crepúsculo do Afeto.
Onde há um altar, singelo e branco, ereto
A invocação da Pálida Saudade.

Concentra-te na Dor e a flórea idade
Lê no Passado, o livro predileto,
Que eu vou desfiando, compassivo e quieto,
O rosário da minha mocidade...

Ouve o harmonium litúrgico da Mágoa,
Como um rio de lágrimas correndo,
A gemer e a chorar de frágua em frágua.

Que a Senhora dos Tristes nos bendiga!
Vou desfiando o rosário e vai tu lendo,
Meu pobre lírio, minha doce amiga...







BANDEIRA, Manuel. Antologia dos poetas brasileiros - Fase parnasiana. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1967.

Sobre Bernardino Lopes clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardino_Lopes

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DIDEROT



Denis Diderot
Em
Direito Natural.






“Queremos ser felizes; mas o homem injusto e cheio de paixões sente-se continuamente levado a fazer aos outros o que não quereria que lhe fizessem a si”.



“O homem que escuta tão só a vontade particular é inimigo do gênero humano”.



“A submissão à vontade geral é o laço que une todas as sociedades, sem dele excetuar as que são formadas pelo crime”.



“A virtude é tão bela que até os ladrões respeitam a sua imagem no fundo das suas cavernas”.



“É à vontade geral que o indivíduo se deve dirigir para saber até onde deve ser homem, cidadão, sujeito, pai, filho e quando lhe convém viver ou morrer”.



“Se a minha felicidade exige que me desembarace de todas as existências que me são importunas, também é necessário que um indivíduo, seja ele quem for, consiga desfazer-se da minha, se por ela for apoquentado”.








DIDEROT, Denis. Direito Natural. Tradutor: João da Silva Gama. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/diderot_direito_natural.pdf

Sobre Diderot clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Denis_Diderot

RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Janeiro 2008

sábado, 12 de dezembro de 2009

BACHELARD (6)



Gaston Bachelard
Em
A Psicanálise do Fogo.





“O fogo e o calor fornecem meios de explicação nos mais diversos campos, pois facultam-nos o ensejo de recordar coisas imorredouras, experiências pessoais simples e decisivas.

O fogo é, portanto, um fenômeno privilegiado que pode explicar tudo.

Se aquilo que se modifica lentamente se explica através da vida, o que se modifica depressa é explicado pelo fogo.

O fogo é ultravivo.

O fogo é íntimo e universal.

Vive no nosso coração.

Vive no céu.

Sobe das profundezas da substância e oferece-se como o amor.

Volta a tornar-se matéria e oculta-se, latente, contido, como o ódio e a vingança.

Entre todos os fenômenos, é ele o único que pode aceitar as duas valorações opostas: o bem e o mal.

Brilha no Paraíso.

Arde no Inferno.

É doçura e tortura.

É cozinha e apocalipse.

É prazer para a criança que se senta com juízo à lareira; no entanto, castiga qualquer desobediência de quem pretende brincar demasiado perto das chamas.

É bem-estar e respeito.

É um deus tutelar e terrível, bom e mau.

Pode contradizer-se: é portanto um dos princípios de explicação universal”.








BACHELARD, Gaston. A Psicanálise do Fogo. Tradução de Maria Isabel Braga. Lisboa: Litoral Edições, 1989.

Sobre Bachelard clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaston_Bachelard

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

EL REY DON DENIS



Uma Cantiga de Amigo
(D. Denis)





Non chegou, madre, o meu amigo,
e oje est o prazo saído!
Ai, madre, moiro d’amor!

Non chegou, madre, o meu amado,
e oje est o prazo passado!
Ai, madre, moiro d’amor!

E oje est o prazo saído!
Porque mentiu o desmentido?
Ai, madre, moiro d’amor!

E oje est o prazo passado!
Porque menti o perjurado?
Ai, madre, moiro d’amor!

Porque mentiu o desmentido,
pesa-mi, pois per si é falido,
Ai, madre, moiro d’amor!

Porque mentiu o perjurado,
Pesa-mi, pois mentiu per seu grado,
Ai, madre, moiro d’amor!








CIDADE, Hernâni. Organização, prefácio e notas. Poesia Medieval, 1. Cantigas de Amigo. 4ª. Ed. Lisboa: Textos Literários, 1959.

Sobre Don Denis clique no linque abaixo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Denis_of_Portugal

Sobre Cantiga de Amigo clique no linque anaixo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cantiga_de_amigo

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

ERNST FISCHER

Ernst Fischer
Em
A necessidade da arte.





“Toda classe dominante que se sente ameaçada procura ocultar o conteúdo de classe de sua dominação e apresentar a sua luta como destinada a manter não uma determinada forma social, histórica, e sim algo “eterno”, concernente a todos os valores humanos”.




“A fim de salvar um conteúdo social superado, a classe dominante adota uma atitude de proteção às velhas formas, conquanto esteja sempre preparada para, em um momento crítico, abandonar essas velhas formas por uma ditadura sem disfarce.

Ao mesmo tempo, a classe dominante procura levantar suspeitas em relação às novas formas – que podem ainda não ter alcançado a sua plena maturidade – com a finalidade de combater o novo conteúdo social.

Com o tempo, foi se tornando cada vez mais difícil justificar ou glorificar o velho conteúdo social do capitalismo, dados os seus desastres; por isso, os paladinos do capitalismo, defendem agora “apenas” as suas formas de expressão políticas e sociais.

Essa tendência para subestimar o conteúdo e para encarar a forma como se ela fosse essencial, a única coisa realmente digna de atenção, é uma tendência que exerceu influência sobre amplos setores da inquieta intelectualidade do mundo capitalista”.






FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. Tradução: Leandro Konder. São Paulo: Círculo do Livra, s/data.

Sobre Ernst Fischer clique no linque abaixo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ernst_Fischer_(writer)

TOD BROWNING




Freaks (1932) – trechos do casamento.
Dirigido por Tod Browning,


Sobre Freaks clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Freaks

Sobre Tod Browning clique no linque abaixo:
http://www.imdb.com/name/nm0115218/

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

KRISHNAMURTI (2)



Krishnamurti
Em
Liberte-se do Passado.






“Se considerais importante conhecerdes a vós mesmo só porque eu ou outro disse que é importante, receio então que esteja terminada toda comunicação entre nós.

Mas se concordamos ser de vital importância compreender a nós mesmos, totalmente, torna-se então diferente a relação entre vós e mim e poderemos explorar juntos, fazer com agrado uma investigação cuidadosa e inteligente.



Eu não vos exijo fé; não me estou arvorando em autoridade.

Nada tenho para ensinar-vos – nenhuma filosofia nova, nenhum sistema novo, nenhum caminho novo para a realidade; não há caminho para a realidade, como não o há para a verdade.

Toda autoridade, de qualquer espécie que seja, sobretudo no campo do pensamento e da compreensão, é a coisa mais destrutiva e danosa que existe.

Os guias destroem os seguidores, e os seguidores destroem os guias.

Tendes de ser vosso próprio instrutor e vosso próprio discípulo.

Tendes de questionar tudo o que o homem aceitou como valioso e necessário”.




“Vivendo numa sociedade tão corrupta e estúpida, em que a educação nos ensina a competir – o que gera medo – vemo-nos oprimidos por temores de toda espécie; e o medo é uma coisa terrível, que torce e deforma, que ensombra os nossos dias”.




“O homem aceitou o conflito como parte da existência diária, porque aceitou a competição, o ciúme, a avidez, a ganância e a agressão como norma natural da vida”.







KRISHNAMURTI, Jiddu. Liberte-se do Passado. Tradução de Hugo Veloso. São Paulo: Cultrix, s/data. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7361837/J-Krishnamurti-Libertese-do-Passado?autodown=doc


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http://pt.wikipedia.org/wiki/Jiddu_Krishnamurti

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

TOMÁS DE AQUINO



Tomás de Aquino
Em
O Ente e a Essência.






“O Homem é um animal racional, e não um composto de animal e de racional, tal como dizemos que é composto de alma e de corpo.

De fato, diz-se que o Homem é composto de alma e de corpo, tal como se duas coisas se constitui uma terceira realidade que não é nem uma nem outra.

Efetivamente, o Homem não é a alma nem é o corpo.

Mas se dissermos que o Homem é de alguma maneira composto de animal e de racional, não o será como uma terceira coisa é constituída de duas outras, mas como um terceiro conceito é formado de dois outros.

De fato, o conceito de animal exprime a natureza da coisa sem a determinação de uma forma especial, pelo fato de ser animal em relação à última perfeição.

Por sua vez, o conceito da diferença mencionada, “racional”, consiste na determinação de uma forma especial.

Destes dois conceitos é que se constitui o conceito de espécie ou o de definição.

E por isso, assim como de uma coisa constituída de outras não se predicam as coisas que a constituem, assim também do conceito se não predicam os conceitos que o constituem.

Na verdade, não dizemos que a definição é o gênero ou que é a diferença”.




“Ainda que o gênero signifique toda a essência da espécie não é necessário que diversas espécies de um mesmo gênero tenham uma única essência”.








AQUINO, Tomás de. O Ente e a Essência. Tradutor: Mário Santiago de Carvalho. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/aquino_tomas_de_ente_et_essentia.pdf

Sobre Tomás de Aquino clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_de_Aquino

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

SANDRO BECKER



Chorar Por Amor (Melô da Gaia)
(Composição de Sandro Becker)




Quem é que não chora por amor?
Quem é que não teve uma ilusão?
Digo isso, porque aconteceu comigo.
Amei, não fui amado, me enganei.

Entra solidão que a casa é tua.
Arrasa com este homem sofredor.
Enquanto ela está feliz com outro.
Pouco a pouco está morrendo um coração.


Porque será?
É gaia! É gaia!
Que eu sofro assim?
É gaia! É gaia!
Ninguém na vida tem pena de mim.

Porque será?
É gaia! É gaia!
Que eu sofro assim?
É gaia! É gaia!
Ninguém na vida tem pena de mim.


Vou esperar
Até o final da vida.
Te espero querida
Não tenho ninguém.

Vou esperar
Até o final da vida.
Te espero querida
Não tenho ninguém.





Sobre Sandro Becker clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sandro_Becker_(cantor)

Para escutar “Chorar por amor”: clique aqui! Depois, clique no nome da música e, em seguida, no “play” do “gadget” da Rádio UOL – divirtam-se!

RAÚL SOLDI


Coleção Particular.


La Espera.
Óleo sobre tela – 55 x 45 cm.
Autor: Raúl Soldi

Sobre Raúl Soldi clique no linque abaixo:

http://en.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%BAl_Soldi

domingo, 6 de dezembro de 2009

GIUSEPPE MAZZINI (2)



Giuseppe Mazzini
Em
Deveres do Homem.






“Sem liberdade, não existe Moral, porque não existindo livre escolha entre o bem e o mal, entre a devoção ao progresso comum e o espírito de egoísmo, não existe responsabilidade.

Sem liberdade, não existe sociedade verdadeira, porque entre livres e escravos não pode existir associação, mas somente domínio de um sobre os outros.

A liberdade é sagrada como o indivíduo, cuja vida ela representa.

Onde não há liberdade, a vida é conduzida a uma pura função orgânica.

Deixando que sua liberdade seja violada, o homem trai a própria natureza e se rebela contra os decretos de Deus.



Não há liberdade onde uma casta, uma família, um homem assume o domínio sobre os outros, em virtude de um pretenso direito divino, em virtude de um privilégio derivado do nascimento, ou em virtude de riqueza”.






MAZZINI, Giuseppe. “Deveres do Homem”. Tradução de Antônio Piccarolo e Leonor de Aguiar. In. Pensadores Italianos. Prefácio de Adolfo Rava. Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre: W. M. Jackson Inc. Editores, 1950.

Disponível em:
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/mazzini.html


Sobre Mazzini clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Giuseppe_Mazzini

sábado, 5 de dezembro de 2009

VLADIMIR MAIAKOVSKI



E então, que quereis?...
(Vladimir Maiakovski)



Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.

Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?

O mar da história é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas.

(1927)





MAIAKOVSKI, V. Maiakovski – Antologia Poética. Tradução: E. Carrera Guerra. São Paulo: Editora Max Limonard, 1987.

Disponível em:
http://blogdocafil.files.wordpress.com/2009/04/vladimir-maiakovski-poemas-doc-rev.doc


Sobre Maiakovski clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Maiakovski

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

WILHELM DILTHEY



Wilhelm Dilthey
Em
Os Tipos de Concepção de Mundo.






“Das experiências mutáveis da vida emerge, para apreensão dirigida ao todo, o rosto da vida, cheio de contradições, ao mesmo tempo vitalidade e lei, razão e arbitrariedade, mostrando sempre aspectos novos e, embora talvez clara nos pormenores, inteiramente enigmática na totalidade”.




“Desde o primeiro olhar lançado a um morto é a morte inapreensível para a vida, e aqui radica, em primeiro lugar, a nossa posição frente ao mundo como perante algo de estranho e de terrível”.




“Toda a impressão forte revela ao homem a vida a partir de um lado peculiar; o mundo surge então a uma nova luz; com a repetição e a ligação de tais experiências, surgem as nossas disposições anímicas em face da vida”.




“A vida apresenta à poesia sempre novos aspectos.

A poesia mostra as possibilidades ilimitadas de ver, de valorizar e de criativamente configurar a vida.

O acontecimento transforma-se, pois, em símbolo, não de um pensamento, mas de uma conexão vislumbrada na vida – vislumbrada a partir da experiência vital do poeta”.




“Todos os fenômenos do universo são duais; vistos de uma vertente, na percepção externa, são dados como objetos sensíveis e, como tais, encontram-se num nexo físico enquanto, vistos por assim dizer a partir de dentro, trazem em si uma conexão vital, a qual se pode vivenciar no nosso próprio interior”.









DILTHEY, Wilhelm. Os Tipos de Concepção de Mundo. Tradutor: Artur Morão. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/dilthey_tipos_de_concep_ao_do_mundo.pdf

Sobre Dilthey clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Dilthey

RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Dezembro 2007

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

JUNG (4)



C. G. Jung
Em
O Eu e o Inconsciente.






“Uma vez que a natureza humana não é constituída apenas de pura luz, mas também de muita sombra, as revelações obtidas pela análise prática são às vezes penosas e tanto mais penosas (como é geralmente o caso) quanto mais se negligenciou, antes, o lado oposto.

Há pessoas que se abalam excessivamente com essa descoberta, esquecendo que não são as únicas a possuírem um lado sombrio.

Entregam-se a uma depressão exagerada e começam a duvidar de tudo em si mesmas, nada lhes parecendo correto.

Este é o motivo pelo qual excelentes analistas, cujas idéias são muito procedentes, nunca se resolvem a publicá-las, uma vez que o problema psíquico abordado se lhes afigura tão vasto, a ponto de julgarem impossível abarcá-los cientificamente.

Enquanto o otimismo de alguns torna-os presunçosas, o pessimismo de outros torna-os excessivamente tímidos e desanimados”.




“O homem possui uma faculdade muito valiosa para os propósitos coletivos, mas extremamente nociva para a individuação: sua tendência à imitação”.



“Não são poucas as pessoas que têm medo de admitir que o inconsciente pode ter, até certo ponto, “grandes” idéias”.




“O mundo dos espíritos não foi uma descoberta, como por exemplo a do fogo pela fricção, mas sim a experiência ou conscientização de uma realidade tão válida quanto a do mundo material”.




“A persona é um complicado sistema de relação entre a consciência individual e a sociedade; é uma espécie de máscara destinada, por um lado, a produzir um determinado efeito sobre os outros e por outro lado a ocultar a verdadeira natureza do indivíduo”.







JUNG, C. G. O Eu e o Inconsciente. Tradução de Dra. Dora Ferreira da Silva. 9ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 1991.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

JORGE VEIGA / RAUL MARQUES



BAILE DA PIEDADE
(Jorge Veiga / Raul Marques)
(Samba-choro gravado por Jorge Veiga em 1961)



Eu fui a um baile
Na Estação da Piedade.
Trouxe muitas novidades,
Coisas de admirar!
Te agüenta aí que eu vou contar!

Chegando lá,
Encontrei uma morena,
Oh! que pequena,
Fazendo um sinalzinho assim pra mim.

Eu disse logo:
"Isto é pra mim de colher!"

Fui chegando
Bem pra perto da morena
E fui logo perguntando:
"Garota, como é o teu nome?"

Ela me disse:
"Eu me chamo Mariana
E trabalho na cidade,
Na Rua Uruguaiana.
Não falto um dia na semana!"

Me deu a mão e saímos
Passeando,
E ela me conversando,
E eu com toda atenção.

Mas, de repente,
Formou uma arapuca,
Jogou-me uma sinuca:
"Qual a tua profissão?"
Que confusão!

Sem meditar, eu disse:
"Eu sou bacharelado.
Formei-me advogado
Pra viver do meu trabalho".

Meto a mão no bolso
Pra puxar o meu cartão.
Foi uma decepção:
Caiu um ás do meu baralho.
Ela manjou meu velho galho.

Deu um sorriso e disse:
"És quem eu procuro
Vejo um homem de futuro
Que me sabe compreender
Tenho um barraco
Lá no morro do Salgueiro.
Tu serás meu companheiro,
Parceiro do meu viver!"

Eternamente até morrer,
Mas que alegria, que prazer!








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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

JEAN-JACQUES ROUSSEAU (2)

Jean-Jacques Rousseau
Em
Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens.




“O que a reflexão nos ensina a esse propósito, a observação o confirma perfeitamente: o homem selvagem e o homem policiado diferem de tal modo, tanto no fundo do coração quanto nas suas inclinações, que aquilo que determinaria a felicidade de um reduziria o outro ao desespero.

O primeiro só almeja o repouso e a liberdade, só quer viver e permanecer na ociosidade e mesmo a ataraxia do estóico não se aproxima de sua profunda indiferença por qualquer outro objeto.

O cidadão, ao contrário, sempre ativo cansa-se, agita-se, atormenta-se sem cessar para encontrar ocupações ainda mais trabalhosas; trabalha até a morte, corre no seu encalço para colocar-se em situação de viver ou renunciar à vida para adquirir a imortalidade; corteja os grandes, que odeia, e os ricos, que despreza; nada poupa para obter a honra de servi-los; jacta-se orgulhosamente de sua própria baixeza e da proteção deles, e, orgulhoso de sua escravidão, refere-se com desprezo àqueles que não gozam a honra de partilhá-la.

Que espetáculo não seriam para um caraíba os trabalhos penosos e invejados de um ministro europeu!”













ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social; Ensaio sobre a origem das línguas; Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens; Discurso sobre as ciências e as artes. Tradução de Lourdes Santos Machado. Introdução e notas de Paulo Arbousse Bastide e Lourival Gomes Machado. 3ª. Ed. São Paulo: Abril Cultura, 1978. (Os pensadores)

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SALVADOR DALI (2)




Salvador Dali
Em
What’s My Line?




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