quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ALEXANDRE O'NEILL (2)



PRETEXTOS PARA FUGIR DO REAL
(Alexandre O’Neill)




A uma luz perigosa como água
De sonho e assalto
Subindo ao teu corpo real
Recordo-te
E és a mesma
Ternura quase impossível
De suportar
Por isso fecho os olhos

(O amor faz-me recuperar incessantemente o poder da provocação. É assim que te faço arder triunfalmente onde e quando quero. Basta-me fechar os olhos)

Por isso fecho os olhos
E convido a noite para a minha cama
Convido-a a tornar-se tocante
Familiar concreta
Como um corpo decifrado de mulher

E sob a forma desejada
A noite deita-se comigo
E é a tua ausência
Nua nos meus braços

Experimento um grito
Contra o teu silêncio

Experimento um silêncio

Entro e saio
De mãos pálidas nos bolsos

Assobio às pequenas esperanças
Que vêm lamber-me os dedos

Perco-me no teu retrato
Horas seguidas

E ao trote do ciúme deito contas
Deito contas à vida.






Poesia Surrealista Portuguesa. Disponível em:
http://www.scribd.com/doc/14543657/Poesia-Surrealista-Portuguesa

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

JOAQUIM NABUCO (7)



Joaquim Nabuco
Em
Pensamentos Soltos: Livro II.




156.

“É a vossa impressão pessoal das coisas, o som que a vida vos arrancou do coração, e não vossas pesquisas, nem vossos estudos, que dará vossa verdadeira medida.
Não deixeis, pois, entrar em vossa frase senão o que tenha passado pelo vosso sentimento, e traga algo de realmente vosso”.



163.

“A seleção intelectual reduziria depressa a humanidade à cretinice; a seleção artística, ao egoísmo; a seleção religiosa, à esterilidade.
Manter a saúde, a força e a alegria é função daqueles que não cogitam de se sobrepujar a todos e a eles mesmos”.



182.

“Poucos artistas amaram mais a obra do que a fama”.



191.

“Muitas vezes, na luta pela vida, nem chegamos a avistar o inimigo; somos derrubados de longe”.



198.

“A tristeza nasce muitas vezes, na mocidade, de ter-se a escolha de tudo; na velhice de não se ter escolha alguma”.


211.

“Respeitai tudo aquilo que não compreendeis”.






NABUCO, Joaquim. Pensamentos Soltos. Brasília: A. N. Editora, s/data.

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

MIRCEA ELIADE (3)

Mircea Eliade
Em
O sagrado e o profano.





“O que caracteriza as sociedades tradicionais é a oposição que elas subentendem entre o território habitado e o espaço desconhecido e indeterminado que o cerca; o primeiro é o “mundo”, mais precisamente “o nosso mundo”, o Cosmos; o restante já não é um Cosmos, mas uma espécie de “outro mundo”, um espaço estrangeiro, caótico, povoado de espectros, demônios, “estranhos” (equiparados, aliás, aos demônios e as almas dos mortos).

À primeira vista, essa ruptura no espaço parece conseqüência da oposição entre um território habitado e organizado, portanto “cosmizado”, e o espaço desconhecido que se estende para além de suas fronteiras; tem-se de um lado um “Cosmos” e de outro um “Caos”.

Mas é preciso observar que, se todo território habitado é um “Cosmos”, é justamente porque foi consagrado previamente, porque, de um modo ou outro, esse território é obra dos deuses ou está em comunicação com o mundo deles”.





“É interessante notar que o homem religioso assume uma humanidade que tem um modelo trans-humano, transcendente.

Ele só se reconhece verdadeiramente homem quando imita os deuses, os Heróis civilizadores ou os Antepassados míticos.

Em resumo, o homem religioso se quer diferente do que ele acha que é no plano de sua existência profana.

O homem religioso não é dado; faz-se a si próprio ao aproximar-se dos modelos divinos”.






ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. Tradução de Rogério Fernandes. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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RIO DE JANEIRO / CARNAVAL DE 1955

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

REINHART KOSELLECK



Reinhart Koselleck
Em
Uma História dos Conceitos.






“A história dos conceitos coloca-se como problemática indagar a partir de quando determinados conceitos são resultado de um processo de teorização.
Essa problemática é possível de ser empiricamente tratada, objetivando essa constatação, por meio do trabalho com as fontes”.





“Todo conceito é não apenas efetivo enquanto fenômeno linguístico; ele é também imediatamente indicativo de algo que se situa para além da língua”.





“Um conceito relaciona-se sempre àquilo que se quer compreender, sendo portanto a relação entre o conceito e o conteúdo a ser compreendido, ou tornado inteligível, uma relação necessariamente tensa”.





“Todo conceito está imbricado em um emaranhado de perguntas e respostas, textos/contextos”.





“Podemos assumir que a língua (Sprachhaushalf) pode ser pensada como elemento importante na compreensão e entendimento do uso de certos conceitos e não de outros para a inteligibilidade de realidades históricas.
Assim procedendo estamos construindo uma cadeia, através do conjunto da língua que articula um conceito a outro”.





“Todo conceito só pode enquanto tal ser pensado e falado/expressado uma única vez.
O que significa dizer que sua formulação teórica/abstrata relaciona-se a uma situação concreta que é única”.






KOSELLECK, Reinhart. Uma História dos Conceitos: problemas teóricos e práticos. Transcrição, tradução e edição por Manoel Luis Salgado Guimarães. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 134-146. Disponível em: http://virtualbib.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1945/1084

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sábado, 25 de setembro de 2010

CARTOLA / ELTON MEDEIROS



O sol nascerá (A sorrir)
(Cartola / Elton Medeiros)




A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

Fim da tempestade
O sol nascerá
Fim desta saudade
Hei de ter outro alguém para amar

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida






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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

NIETZSCHE (20)



Nietzsche
Em
Da Utilidade e dos inconvenientes da história para a vida.







“Qualquer nação, como também qualquer indivíduo que quer amadurecer, tem necessidade de um véu de ilusão, de uma nuvem que o proteja e envolva, mas atualmente tem-se horror por qualquer maturação lenta, porque se respeita mais a história do que a vida”.




“Pode parecer surpreendente e até contraditório que eu atribua a uma época tão pronta a desatar aos gritos de triunfo ruidosos e indiscretos a respeito de sua cultura histórica, uma espécie de consciência irônica de si, o pressentimento de que não é talvez ocasião para festas, o temor de que talvez, em breve, terá terminado todo o prazer que o conhecimento do passado pode dar”.




“As qualidades mais nobres e mais excelentes não têm qualquer influência sobre as massas; o sucesso do cristianismo, a sua ”força histórica”, a sua duração, tudo isso não prova nada, felizmente, em favor da grandeza de seu fundador; a testemunhar, seria contra ele.

Mas entre ele e o seu sucesso histórico interpõe-se um camada de paixão muito terrestre e confusa, de erro, de necessidade de prazer e de domínio, de sentimento e de honra, formas a agir constantemente no imperium romanum.

Desta camada o cristianismo conservou o seu gosto pela terra, esse resto de terra que lhe permitiu continuar neste mundo e, de certa maneira, lhe deu consistência”.






NIETZSCHE, F. Considerações Intempestivas. Tradução de Lemos de Azevedo. Lisboa: Presença, 1976.

LOVIS CORINTH


Collection: Stiftung Stadtmuseum Berlin


Selbstporträt ohne Kragen
(Auto-retrato sem colarinho)
1900 – óleo sobre tela – 73,5 x 60 cm.
Autor: Lovis Corinth


Sobre o autor claque
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lovis_Corinth

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

THOMAS MORUS



Thomas Morus
Em
Utopia.






“Numa corte composta de pessoas que invejam todas as demais e, ao mesmo tempo, admiram somente a si mesmas, não convém expor idéias e fazer sugestões extraídas da história ou da experiência de algum país estrangeiro distante.

Aqueles que o escutam reagiriam como se sua reputação de sábios ficasse comprometida e que eles seriam tidos por simplórios a menos que encontrassem meios de mostrar haver vícios na opinião dos outros.

Se os argumentos se esgotarem, um último recurso será sempre: “Fazemos como nossos pais sempre fizeram, seguindo os costumes que sempre foram suficientemente benéficos, e só esperamos ser tão sábios quanto nossos pais o foram!”





“Qualquer que seja a peça representada, encarnai vosso personagem da melhor maneira possível e não perturbai o espetáculo, simplesmente porque, eventualmente, venha a surgir em vossa memória algum trecho de outra obra que julgais mais interessante”.





“Há uma norma que determina que uma proposta nunca deva ser discutida no senado no mesmo dia em que é recebida, e que o debate da proposta deve ser deixada para a reunião seguinte.

Evita-se, assim, que alguém emita opiniões sob o impulso das primeiras impressões que se lhe afigurem e que, depois, se veja na obrigação de usar suas energias para defender essas opiniões tolas, ao invés de considerar imparcialmente i interesse público”.









MORUS, Thomas. Utopia. Tradução de Anah de Melo Franco. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/al000224.pdf

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

WILHELM DILTHEY (4)



Wilhelm Dilthey
Em
Idéias acerca de uma Psicologia Descritiva e Analítica.





“O processo vital psíquico é, originalmente e em geral, uma unidade, desde as formas mais elementares até as mais elevadas.
A vida psíquica não cresce por composição de partes; não se constitui a partir de elementos; não é um composto, um resultado de átomos sensitivos ou afetivos que cooperam em conjunto; é sempre, e de modo originário, uma unidade englobante.
A partir desta unidade diferenciaram-se as funções psíquicas, mas mantendo-se na sua conexão.
Este fato, cuja expressão no estado mais elevado é a unidade da consciência e a unidade da pessoa, distingue o psiquismo radicalmente de todo o mundo corpóreo”.





“A realidade que nos rodeia suscita sensações.
Estas representam-nos as condições da diversidade de causas fora de nós.
Encontramo-nos, pois, de modo incessante condicionados, corporal e psiquicamente, por causas exteriores; segundo a hipótese indicada, os sentimentos expressam o valor das ações que procedem do exterior para o nosso organismo e para o nosso sistema de impulsos.
Condicionados por eles, o interesse e a atenção levam a cabo uma seleção de impressões.
Dirigem-se para certas impressões”.





“A História encontra a sua vida no aprofundamento progressivo do peculiar.
Nele existe a relação viva entre o reino do uniforme e o mundo individual.
Impera nela, não singular por si, mas esta relação.
É disso expressão o fato de a complexidade espiritual de uma época inteira poder estar representada num indivíduo.
Há personalidades representativas”.






DILTHEY, Wilhelm. Idéias acerca de uma Psicologia Descritiva e Analítica. Tradutor: Artur Morão. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/dilthey_wilhelm_psicologia_descritiva_e_analitica.pdf

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

ANA CRISTINA CESAR



Um Beijo
(Ana Cristina Cesar)



Um Beijo
que tivesse um blue.
Isto é
imitasse feliz a delicadeza, a sua,
assim como um tropeço
que mergulha surdamente
no reino expresso
do prazer.
Espio sem um ai
as evoluções do teu confronto
à minha sombra
desde a escolha
debruçada no menu;
um peixe grelhado
um namorado
uma água
sem gás
de decolagem:
leitor embevecido
talvez ensurdecido
"ao sucesso"
diria meu censor
"à escuta"
diria meu amor






Jornal de Poesia – Ana Cristina Cesar. Disponível em: http://www.revista.agulha.nom.br/anac.html

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RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Maio 2007

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

CASTORIADIS (4)



Cornelius Castoriadis
Em
Reflexiones en torno al racismo.





“Uno relee, entonces, atentamente el Antiguo Testamento, y en particular los libros relacionados con la conquista de la Tierra Prometida, y ve que el pueblo elegido no es simplemente una noción teológica, sino eminentemente práctica.

Las expresiones literales del Antiguo Testamento son, por otra parte, si así se puede decir, muy bellas (desafortunadamente, yo no puedo leerlo sino en la versión griega de los Setenta, un poco ulterior a la conquista de Alejandro).

Sé ve ahí que todos los pueblos que habitaban el “perímetro” de la Tierra Prometida fueron pasados por “el filo de la espada” (dia stormatos romphatas) y esto sin discriminación de sexo o de edad, que no se hizo ningún intento de “convertidos”, que sus templos son destruidos, sus bosques sagrados arrasados, y todo esto por ordem directa de Yahvé.

Como se esto no bastase, abundan las prohibiciones que conciernen a la adopción de sus costumbres (bdelygma, abominación, miasma, mancha) y las relaciones sexuales con ellos (poerneia, prostitución es una palabra que aparece una y otra vez obsesivamente en los primeros libros del Antiguo Testamento).

La simple honradez obliga a decir que el Antiguo Testamento es el primer documento racista escrito que se tiene en la historia.

El racismo hebreo es el primero del cual tenemos trazas escritas, lo cual no significa, ciertamente, que sea el primero absolutamente.

Todo haría más bien suponer lo contrario.

Simplemente y felizmente me atrevo a decirlo, el Pueblo Elegido es um pueblo como los otros”.









CASTORIADIS, Cornelius. Reflexiones en torno al racismo. Sem indicação de tradutor. México: Estudios. Filosofía-historia-letras, Verano 1987. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7006245/Castoriadis-Castoriadis-C-Reflexiones-en-Torno-Al-Racismo

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Cornelius_Castoriadis
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sábado, 18 de setembro de 2010

GOETHE (4)



Johann Wolfgang von Goethe
Em
Máximas e Reflexões.




302.

“Nem tudo o que é desejável é atingível; nem tudo que é digno de ser conhecido é cognoscível”.


336.

“Se alguns homens não se sentissem comprometidos em repetir o inverídico só porque o afirmaram um dia, eles seriam pessoas totalmente diferentes”.


349.

“A obscuridade de certas máximas é apenas relativa: não se deve tornar claro e distinto para o ouvinte tudo que óbvio para um praticante”.


369.

“Dois sentimentos são os mais difíceis de superar: ter encontrado o que já foi encontrado e não ver encontrado o que se deveria encontrar”.


380.

“Não convém aos mais velhos seguir a moda nem na maneira de pensar nem no modo de vestir”.


413.

“É com opiniões que se ousa, como com pedras que foram anteriormente movimentadas no tabuleiro: elas podem ser até mesmo derrubadas, mas já introduziram um jogo que será ganho”.








GOETHE, J. W. Máximas e Reflexões. Tradução: Marco Antônio Casanova. Apresentação: Márcia Cristina Gonçalves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

AFRÂNIO PEIXOTO

Afrânio Peixoto
Em
Clima e saúde.




“Como a vida reage e se modifica ao meio, há uma arte de ajudar o clima e se adaptar a ele, felizmente Hipócrates, no primeiro livro de higiene que se escreveu, "tratado dos ares, das águas, dos lugares", pressentiu isso...
Há uma concordância entre o tempo e a feição da terra.
Onde ele é rude e desabrido, ela é selvagem e desigual; a terra é boa, quando o céu é clemente.
"Em geral tudo o que cresce sobre a terra participa das qualidades da terra".
Por isso os viventes têm estrutura física e fisiológica correlata. Também os homens, nesses meios diversos, são, por isso mesmo, diversos.
Variam as plantas e os animais: porque não os homens?
As raças humanas são adaptações ao ambiente.
Ambiente climático, principalmente, porque tudo o mais é dependente desse fator essencial. Habitat, alimentação, trabalho, economia, sociologia”.



“Como o mundo se comunica, esses fatores se vão dissolvendo na herança individual, comunicante.
As misturas étnicas baralham os índices — estruturados por longo isolamento dos homens, no mesmo clima, — mas agora, pelas migrações e cruzamentos, reduzidos a confusões incaracterísticas. A raça tende a ser uma prevenção arcaica.
O intercâmbio civilizado mistura e reúne homens, como as idéias.



“É o melting pot.
Se o corpo muda, a alma terá de mudar.
Até as prevenções se desprevenirão... Inevitavelmente.
É dar tempo ao tempo”.





PEIXOTO, Afrânio. Clima e saúde. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1938. Disponível em: http://www.brasiliana.com.br/obras/clima-e-saude-introducao-biogeografica-a-civilizacao-brasileira/pagina/7/texto

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Afr%C3%A2nio_Peixoto

THE CURE - A FOREST




A Forest (Robert Smith), The Cure ao vivo no Nakano Plaza em Tóquio. Gravado em 17 de outubro de 1984.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Cure

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

JÜRGEN HABERMAS



Jürgen Habermas
Em
Modernidade versus Pós-modernidade.





“A palavra “moderno” em sua acepção latina “modernus” surgiu pela primeira vez no fim do século V a fim de distinguir o presente, que oficialmente se tornara cristão do passado romano e pagão.
De conteúdo variável, o termo “moderno” reitera a consciência de uma época que insiste em se referir ao passado da antiguidade procurando conceber-se como resultado de uma transição do velho para o novo”.




“Alguns autores limitam esse conceito de “modernidade” à Renascença, mas isto historicamente é por demais estreito.
As pessoas consideravam-se modernas durante o período de Carlos, o Grande, no século XII, assim como na França no fim do século XVII, nos tempos da famosa Querelle dês Anciens et des Modernes.
Ou seja, o termo “moderno” surgiu e ressurgiu exatamente durante aqueles períodos em que na Europa se formava a consciência de uma nova época através de renovada relação com os antigos –sempre que, ademais, a antiguidade era considerada modelo que se havia de restabelecer por alguma espécie de imitação”.




“O fascínio exercido pelos clássicos do mundo antigo sobre o espírito dos tempos posteriores se dissolve, pela primeira vez com os ideais do iluminismo francês.
Para ser preciso, a idéia de que ser “moderno” implica voltar aos antigos mudou com a crença – inspirada na ciência moderna – no progresso infinito do conhecimento e no avanço infinito em direção ao aperfeiçoamento social e moral”.




“Claro está que tudo que sobrevive ao tempo sempre foi considerado um clássico”.







HABERMAS, J. Modernidade versus Pós-modernidade. Sem indicação do tradutor. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/15102231/Modernidade-versus-Pos-Modernidade-Jurgen-Habermas

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

TOM JOBIN / NEWTON MENDONÇA



Desafinado
(Tom Jobim / Newton Mendonça)






Se você disser que eu desafino amor
Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Só privilegiados tem ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu

Se você insiste em classificar
Meu comportamento de antimusical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isso é bossa nova, que isso é muito natural

O que você não sabe, nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolleiflex
Revelou-se a sua enorme ingratidão

Só não poderá falar assim do meu mor
Este é o maior que você pode encontrar, viu!
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito, bate calado...
No peito dos desafinados
Também bate um coração





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http://pt.wikipedia.org/wiki/Newton_Mendon%C3%A7a

terça-feira, 14 de setembro de 2010

JOÃO CALVINO



João Calvino
Em
O Chamado dos gentios.






“Os profetas prometeram aos judeus que os gentios se juntariam a eles, conforme o faz Zacarias: “Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens (...) na orla da veste de um judeu e lhe dirão: iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zc.8.23).

Seria então, a mais alta honra para o povo judeu se tornar mestre de todas as nações, para as instruir na verdadeira religião.

Assim também afirma Isaias que todos os que antes eram estranhos se tornariam discípulos do povo eleito, de maneira que se submeteriam de bom grado ao seu ensinamento.

Mas visto que os judeus caíram do seu lugar, os gentios os sucederam e lhes ocuparam a posição.

De acordo com isso foi que Cristo ameaçou os homens de seus dias: “o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhes produza os respectivos frutos”. (MT.21.43)

Aqui está claramente provado o chamado dos gentios, porque sem o ensinamento da verdade o nome de Deus não pode ser grandioso.

Logo, é exatamente como se o profeta dissesse que a lei, que fora dada aos judeus, seria proclamada entre todas as nações”.







CALVINO, João. O Chamado dos gentios. Disponível em: http://monergismo.com/?p=2489

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

IGNÁCIO ZULOAGA



Museu do Louvre, Paris

Retrato de Carlos de Beistegui
1910 – óleo sobre tela – 1,46 x 1,25 cm.
Autor: Ignácio Zuloaga


Sobre o autor clique
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FRANCISCO DE VASCONCELOS



A fragilidade da vida humna
(Francisco de Vasconcelos)




Baixel de confusão em mares de ânsia,
Edifício caduco em vil terreno,
Rosa murchada já no campo ameno,
Berço trocado em tumba desd’a infância,

Fraqueza sustentada em arrogância,
Néctar suave em campos de veneno,
Escura noite em lúcido sereno,
Sereia alegre em triste consonância,

Viração lisonjeira em vento forte,
Riqueza falsa em venturosa mina,
Estrela errante em fermentido norte,

Verdade, que o engano contamina,
Triunfo do temor, troféu da morte,
É nossa vida vã, nossa ruína.








PÉCORA, Alcyr (Org.). Poesia seiscentista: Fênix renascida & Postilhão de Apolo. Introdução de João Adolfo Hansen. São Paulo: Hedra, 2002. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=jkP94AZMGKsC&printsec=frontcover&dq=Poesia&lr=&cd=27#v=onepage&q&f=false

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sábado, 11 de setembro de 2010

JACOB PINHEIRO GOLDBERG



Jacob Pinheiro Goldberg
Em
Psicoterapia e Psicologia.






“Tanto a Psicologia e dentro dela particularmente o seu instrumental de trabalho clínico, a psicoterapia clínica, como a filosofia oriental: o Zen-Budismo, bem como quase todas as escolas de procura são unânimes em afirmar que não existem respostas a serem dadas, mas muito mais do que isto, é preciso assinalar e demonstrar ao analisando que não há perguntas a serem formuladas”.





“Realmente, entender bem que a vida é um processo global, que não existem problemas isolados, que a realidade tem que ser abarcada de um ponto de vista totalizante, que nós não devemos sair dos problemas, que nós não devemos sair e nos colocar fora das situações, mas muito pelo contrário, cada vez mais entrarmos dentro dos problemas até chegar o momento em que nós nos transformemos no próprio problema.

E que essa é a única forma de manter o equilíbrio dentro do desequilíbrio,
a segurança dentro da insegurança,
o ritmo dentro da desarmonia,
a ordem dentro do caos
e finalmente, a vida dentro da morte”.







GOLDBERG, J. P. Psicoterapia e Psicologia. São Paulo: 1979. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=yADxu2LNolAC&pg=PA184&dq=Ci%C3%AAncia+social&lr=&as_brr=1&cd=21#v=onepage&q=Ci%C3%AAncia%20social&f=false
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

AGOSTINHO DE HIPONA (3)



Agostinho de Hipona
Em
Imortalidade da Alma.





Agostinho: Cremos que Deus estará presente em nosso auxílio.
Razão: Certamente creremos, se isto estiver em nosso poder.
A. Ele mesmo é nosso poder.
R. Então, quando puderes, faze uma oração muito breve e perfeita.
A. Deus sempre o mesmo: que eu me conheça a mim mesmo; que eu te conheça. Pronto: já rezei.
R. Tu, que queres conhecer-te a ti mesmo, sabes que existes?
A. Sei.
R. De onde sabes?
A. Não sei.
R. Sentes-te como um ser simples ou múltiplo?
A. Não sei.
R. Sabes que te moves?
A. Não sei.
R. Sabes que te pensas?
A. Sei.
R. Portanto, é verdade que pensas.
A. Sim.
R. Sabes que és imortal?
A. Não sei.
R. Dentre todas as coisas que disseste ignorar, qual preferes saber por primeiro/
A. Se sou imortal.
R. Portanto, gostas de viver?
A. Confesso que sim.
R. E será o bastante para ti vires a saber que és imortal?
A. Será uma grande coisa, mas certamente pouco para mim.
R. Mas, mesmo que seja pouco, até que ponto te alegrarás?
A. Muito.
R.E já não chorarás?
A. Absolutamente não.
R. Mas se chegarmos à conclusão de que a própria vida é tal que nela não possas conhecer nada mais além do que já sabes, refrearás as lágrimas?
A. Ao contrário, sentirei tanto ao ponto que a vida já nada mais valerá.
R. Então não gostas de viver por viver, em si, mas em função do saber.
A. Concordo com tua conclusão.
R. E se o próprio conhecimento das coisas te tornar infeliz?
A. Creio com certeza que isso não pode ocorrer de modo algum.
Mas se for assim, então ninguém pode ser feliz; pois não há outra razão por que agora sou infeliz senão a ignorância das coisas.
Então se o conhecimento das coisas torna alguém infeliz, a infelicidade é eterna.
R. Já percebo tudo que desejas: uma vez que crês que ninguém se torna infeliz pelo conhecimento, é provável que a inteligência torna alguém feliz.
Mas ninguém é feliz a não ser vivendo e ninguém vive se não existir.
Tu queres existir, viver e entender, mas existir para viver e viver para entender.
Portanto, sabes que existes, sabes que vives, sabes que entendes.
No entanto, desejas saber se estas coisas subsistirão para sempre, ou se nada subsistirá, ou se alguma dessas coisas permanecerá e alguma outra perecerá ou, se todas essas coisas permanecerão, se elas possam ser diminuídas ou aumentadas.
A. Isso mesmo.
R. Portanto, se provarmos que haveremos de viver para sempre, seguir-se-á também que seremos para sempre.
A. Esta é a conclusão.
R. Resta investigar sobre o entendimento.







SANTO AGOSTINHO. Solilóquios e A Vida Feliz. Solilóquio tradução, introdução e notas Adaury Fiorotti. A Vida Feliz tradução Nair de Assis Oliveira. São Paulo: Paulus, 1998. Disponível em: http://temqueler.files.wordpress.com/2009/12/santo-agostinho-soliloquios-a-vida-feliz.pdf

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RABISCOS NO BLOCO


Postado originalmente no REFLEXÕES: Abril 2007

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SCHOPENHAUER (8)



Arthur Schopenhauer
Em
O mundo como vontade e representação.




“O mundo é minha representação.” Esta é a verdade que vale em relação a cada ser que vive e conhece, embora apenas o homem possa trazê-la à consciência refletida e abstrata.
E de fato o faz.
Então nele aparece a clarividência filosófica.
Torna-se-lhe claro e certo que não conhece sol algum e terra alguma, mas sempre apenas um olho que vê um sol, uma mão que toca a terra.
Que o mundo a cercá-lo existe apenas e como representação, isto é, tão somente em relação a outrem, aquele que representa, ou seja, ele mesmo.
- Se alguma verdade pode ser expressa a priori, é essa, pois é uma asserção da forma de toda a experiência possível e imaginável, mais universal que qualquer outra, que tempo, espaço e causalidade, pois todas essas já a pressupõem; e, se cada uma dessas formas, conhecidas por todos nós como figuras particulares do principio da razão, somente valem para uma classe específica de representações, a divisão em sujeito e objeto, ao contrário, é a forma comum de todas as classes, unicamente sob a qual é em geral possível pensar qualquer tipo de representação, abstrata ou intuitiva, pura ou empírica.

Verdade alguma é, portanto, mais certa, mais independente de todas as outras e menos necessitada de uma prova do que esta: o que existe para o conhecimento, portanto o mundo inteiro, é tão somente objeto em relação ao sujeito, intuição de quem intui, numa palavra, representação”.









SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. 1º Tomo. Tradução, apresentação e notas de Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=tVTHZt0guKIC&printsec=frontcover&dq=O+mundo+como+vontade&cd=1#v=onepage&q&f=false

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

LOURIVAL DE MOURA



Coronel A. Lourival de Moura
Em
As Forças Armadas e o Destino Histórico do Brasil.





“Assistimos atônitos ainda hoje à guerra da paz, verdadeira comédia, na qual os dirigentes das nações combatentes, pseudoestadistas em geral, vivem em entendimentos que são desentendimentos, em acordos que são desacordos, em congressos que nada resolvem de profícuo, em ligas platônicas sem prestígio, sem força moral.

Guerra moralmente mais hedionda do que aquela tragédia porque as nações em permanente luta aberta desconfiam umas das outras, invejam-se, temem-se.
Trocam ideias com frequência de causar pasmo, reúnem os congressos de desarmamento, e pelo embuste, pelo subterfúgio, pela mentira, pela deslealdade enfim, procuram enganar-se mutuamente, enquanto os seus programas navais para três, quatro, cinco, dez anos, vão sendo executados ora clandestinamente, ora abertamente”.






“O estado atual do mundo com a sua política internacional de egoísmos e temores, não nos deixa prever quando atingiremos o grau de civilização que nos permita o estabelecimento das providências que nos levem à consecução das bases apontadas para que seja possível a paz permanente no planeta”.





“Os selvagens antropófagos na sua inexcedível ignorância são menos ferozes, menos desumanos que os doutores de todas as escolas, de todas as academias, de todas as universidades. Estes estudam, aprendem, descobrem, inventam, para matar e destruir, por prazer, por egoísmo, por vilania. Aqueles matam por ignorância e para saciar a fome. O selvagem é menos indecente, mais desculpável”.







MOURA, Almério Lourival de. As Forças Armadas e o Destino Histórico do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1937. Disponível em: http://www.brasiliana.com.br/obras/as-forcas-armadas-e-o-destino-historico-nacional

terça-feira, 7 de setembro de 2010

ANTONIO JOSÉ DE AZEVEDO AMARAL

Antonio José de Azevedo Amaral
Em
O Brasil na crise atual.




“Por mais que se condene, com argumentos em grande parte procedentes, a cópia de instituições exóticas, a verdade é que em todas as épocas os homens de pensamento e os legisladores procuraram imitar formas de organização política de povos estrangeiros que à sombra delas haviam prosperado”.





“O caráter sanguinário e mesmo selvagem tão frequentemente encontrado nas revoluções decorre não tanto da inferioridade intrínseca da mentalidade política das populações em apreço, como da fraqueza dos elementos civis e trabalhadores relativamente ao grupo que monopoliza a força militar.

Sempre que o ultimo é preponderante torna-se extremamente difícil e improvável a realização de qualquer progresso social ou político de natureza profunda e ampla, sem que a revolução determinante desse progresso envolva luta violenta com derramamento de sangue e destruição de riqueza acumulada.

Pode-se assim dizer que um país terá revoluções tanto mais violentas e destrutivas, quanto maior for o seu grau de militarização; e inversamente as nações predominantemente civis conseguem efetivar mutações históricas com o mínimo de luta marcial e de perda de substância”.





AMARAL, Antonio José de Azevedo. O Brasil na crise actual. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1934. Disponível em: http://www.brasiliana.com.br/obras/o-brasil-na-crise-atual

FOLIAS DE MARTE




USS Enterprise sendo atacado pela aviação japonesa na Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

GENERAL COUTO DE MAGALHÃES



General Couto de Magalhães
Em
O Selvagem.



“O constante testemunho da história demonstra que por toda parte, e em todos os tempos em que uma raça bárbara se pôs em contato com uma raça civilizada, esta se viu forçada ou a exterminá-la, ou a ensinar-lhe sua língua. Ora, o ensino de língua só é possível quando discípulo e mestre possuem uma, comum a ambos, na qual se entendam. Para que os selvagens, que não sabem ler, que não possuem capitais acumulados, aprendam o português, é necessário que nós, que sabemos ler, os habilitemos a isso por meio de intérpretes, que, conhecendo a língua deles, lhes possam ensinar a nossa”.





“Os antigos portugueses organizaram, com o nome de corpo de línguas, os intérpretes militares, a cuja ação pacífica devemos hoje mais da metade da população operária do Brasil”.






MAGALHÃES, José Vieira Couto de. O Selvagem. 3ª Ed. São Paulo: Editora Nacional, 1935. Disponível em: http://www.brasiliana.com.br/obras/o-selvagem

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sábado, 4 de setembro de 2010

MANUEL BOMFIM



Manuel Bomfim
Em
O Brasil.





“Nos povos de grande prestígio intelectual e político, para afirmação e consagração do mesmo prestígio, compõe-se uma "história geral" como complemento da nacional, isto é, cuja "generalização" se distribui especialmente para formar o fundo onde se destaquem os feitos em que se engrandece aquela a que ela vem servir, feitos cuja glória é, necessariamente, sombra para os outros povos.
Resulta, finalmente, que há tantas "histórias universais" quanto há de grandes tradições nacionais que, assim, aparecem como centros de gravitação das outras tradições.
Com isto, o valor geral da história se deturpa, na medida do valor que o historiante atribui ao seu povo, com relação aos fastos da civilização”.





“Feita numa história restrita, a França mais se isola quanto mais se enfaixa, assim, de presunções.
Na França nasceu a Sociologia, primeira expressão do "positivismo".
Ora, apesar do nome, nada menos positivo do que essa construção, onde se prende a evolução do espírito humano à célebre "lei dos três Estados", onde se faz da "ordem" condição essencial à mesma evolução.
Por isso mesmo, contemplemos a obra de Comte.
Ela nos aparece com grandeza de gênio, mas rígida em proporções geométricas, incompatível com a maleabilidade da vida, pois toda essa obra é armada em generalizações preconcebidas”.





“O positivismo, no mesmo desembaraço com que prendeu o "progresso à ordem", distribuiu as raças em "afetivas" e "não afetivas", para acabar organizando as sociedades em teocracia sem Deus... Não havia lugar para o caboclo, muitas vezes indiferente ao progresso, quando a ordem lhe desagrada, e inteiramente alheio a hierarquias, com ou sem Deus”.







BOMFIM, Manoel. O Brasil. Com uma nota explicativa de Carlos Maul. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935. Disponível em: http://www.brasiliana.com.br/obras/o-brasil

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

GILSON DE SOUZA



Poxa
(Gilson de Souza)




Poxa, como foi bacana te encontrar de novo
Curtindo um samba junto com meu povo
Você não sabe como eu acho bom

Eu te falei que você não ficava nem uma semana
Longe desse poeta que tanto te ama
Longe da batucada e do meu amor

Poxa, por que você não para pra pensar um pouco
Não vê que é o motivo de um poeta louco
Que quer o teu amor pra te fazer canção

Poxa, não entre nessa de mudar de assunto
Não vê como é gostoso a gente ficar junto
Mulher, o teu lugar é no meu coração

Poxa, layá, layá, layá, layá
Poxa, layá, layá, layá, layá
Pra ter o teu amor e te fazer canção

Poxa, layá, layá, layá, layá
Poxa, layá, layá, layá, layá
Mulher, o teu lugar é no meu coração





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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

DODÓI

Para quem notou, fiquei fora da rede nos últimos dias por problemas com a saúde.

Voltei graças ao excelente serviço do Hospital Quinta D’or.

Perdão leitores.