Antonio José de Azevedo Amaral
Em
O Brasil na crise atual.
“Por mais que se condene, com argumentos em grande parte procedentes, a cópia de instituições exóticas, a verdade é que em todas as épocas os homens de pensamento e os legisladores procuraram imitar formas de organização política de povos estrangeiros que à sombra delas haviam prosperado”.
“O caráter sanguinário e mesmo selvagem tão frequentemente encontrado nas revoluções decorre não tanto da inferioridade intrínseca da mentalidade política das populações em apreço, como da fraqueza dos elementos civis e trabalhadores relativamente ao grupo que monopoliza a força militar.
Sempre que o ultimo é preponderante torna-se extremamente difícil e improvável a realização de qualquer progresso social ou político de natureza profunda e ampla, sem que a revolução determinante desse progresso envolva luta violenta com derramamento de sangue e destruição de riqueza acumulada.
Pode-se assim dizer que um país terá revoluções tanto mais violentas e destrutivas, quanto maior for o seu grau de militarização; e inversamente as nações predominantemente civis conseguem efetivar mutações históricas com o mínimo de luta marcial e de perda de substância”.
AMARAL, Antonio José de Azevedo. O Brasil na crise actual. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1934. Disponível em: http://www.brasiliana.com.br/obras/o-brasil-na-crise-atual
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