segunda-feira, 13 de setembro de 2010
FRANCISCO DE VASCONCELOS
A fragilidade da vida humna
(Francisco de Vasconcelos)
Baixel de confusão em mares de ânsia,
Edifício caduco em vil terreno,
Rosa murchada já no campo ameno,
Berço trocado em tumba desd’a infância,
Fraqueza sustentada em arrogância,
Néctar suave em campos de veneno,
Escura noite em lúcido sereno,
Sereia alegre em triste consonância,
Viração lisonjeira em vento forte,
Riqueza falsa em venturosa mina,
Estrela errante em fermentido norte,
Verdade, que o engano contamina,
Triunfo do temor, troféu da morte,
É nossa vida vã, nossa ruína.
PÉCORA, Alcyr (Org.). Poesia seiscentista: Fênix renascida & Postilhão de Apolo. Introdução de João Adolfo Hansen. São Paulo: Hedra, 2002. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=jkP94AZMGKsC&printsec=frontcover&dq=Poesia&lr=&cd=27#v=onepage&q&f=false
Sobre Francisco de Vasconcelos clique
http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/fvascon.htm
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário