quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SCHOPENHAUER (8)



Arthur Schopenhauer
Em
O mundo como vontade e representação.




“O mundo é minha representação.” Esta é a verdade que vale em relação a cada ser que vive e conhece, embora apenas o homem possa trazê-la à consciência refletida e abstrata.
E de fato o faz.
Então nele aparece a clarividência filosófica.
Torna-se-lhe claro e certo que não conhece sol algum e terra alguma, mas sempre apenas um olho que vê um sol, uma mão que toca a terra.
Que o mundo a cercá-lo existe apenas e como representação, isto é, tão somente em relação a outrem, aquele que representa, ou seja, ele mesmo.
- Se alguma verdade pode ser expressa a priori, é essa, pois é uma asserção da forma de toda a experiência possível e imaginável, mais universal que qualquer outra, que tempo, espaço e causalidade, pois todas essas já a pressupõem; e, se cada uma dessas formas, conhecidas por todos nós como figuras particulares do principio da razão, somente valem para uma classe específica de representações, a divisão em sujeito e objeto, ao contrário, é a forma comum de todas as classes, unicamente sob a qual é em geral possível pensar qualquer tipo de representação, abstrata ou intuitiva, pura ou empírica.

Verdade alguma é, portanto, mais certa, mais independente de todas as outras e menos necessitada de uma prova do que esta: o que existe para o conhecimento, portanto o mundo inteiro, é tão somente objeto em relação ao sujeito, intuição de quem intui, numa palavra, representação”.









SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. 1º Tomo. Tradução, apresentação e notas de Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=tVTHZt0guKIC&printsec=frontcover&dq=O+mundo+como+vontade&cd=1#v=onepage&q&f=false

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