quarta-feira, 8 de setembro de 2010

LOURIVAL DE MOURA



Coronel A. Lourival de Moura
Em
As Forças Armadas e o Destino Histórico do Brasil.





“Assistimos atônitos ainda hoje à guerra da paz, verdadeira comédia, na qual os dirigentes das nações combatentes, pseudoestadistas em geral, vivem em entendimentos que são desentendimentos, em acordos que são desacordos, em congressos que nada resolvem de profícuo, em ligas platônicas sem prestígio, sem força moral.

Guerra moralmente mais hedionda do que aquela tragédia porque as nações em permanente luta aberta desconfiam umas das outras, invejam-se, temem-se.
Trocam ideias com frequência de causar pasmo, reúnem os congressos de desarmamento, e pelo embuste, pelo subterfúgio, pela mentira, pela deslealdade enfim, procuram enganar-se mutuamente, enquanto os seus programas navais para três, quatro, cinco, dez anos, vão sendo executados ora clandestinamente, ora abertamente”.






“O estado atual do mundo com a sua política internacional de egoísmos e temores, não nos deixa prever quando atingiremos o grau de civilização que nos permita o estabelecimento das providências que nos levem à consecução das bases apontadas para que seja possível a paz permanente no planeta”.





“Os selvagens antropófagos na sua inexcedível ignorância são menos ferozes, menos desumanos que os doutores de todas as escolas, de todas as academias, de todas as universidades. Estes estudam, aprendem, descobrem, inventam, para matar e destruir, por prazer, por egoísmo, por vilania. Aqueles matam por ignorância e para saciar a fome. O selvagem é menos indecente, mais desculpável”.







MOURA, Almério Lourival de. As Forças Armadas e o Destino Histórico do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1937. Disponível em: http://www.brasiliana.com.br/obras/as-forcas-armadas-e-o-destino-historico-nacional

Nenhum comentário: