terça-feira, 15 de setembro de 2009
ROBERTO FREIRE (3)
Roberto Freire
Em
A Alma é o corpo.
“A forma mais simples e direta de compreender a vida em seu significado biológico é imaginar a substância orgânica pulsando por ela mesma.
A realização espontânea e automática, constante e rítmica, dessa pulsação em sístoles (contrações) e diástoles (descontrações), expressa a presença da vida, embora não possamos ainda saber e compreender como isso se processa e como têm início no interior da matéria orgânica as alterações que a transformam num ser vivo.
A ameba é um ser unicelular que habita o meio líquido.
Ela vive de se contrair e de se expandir.
Na diástole ela abre o tecido de sua membrana e deixa entrar em seu corpo o líquido no qual está banhada.
Dentro de si, retém as substâncias de que necessita para se alimentar e, quando executa a sístole, elimina tudo o que não precisa, inclusive o que lhe é tóxico”.
“É interessante observar que o modelo de funcionamento da célula é o mesmo que o de um órgão ou de um sistema, no corpo humano”.
“A natureza dessa energia vital deve ser a mesma que produz e mantém o universo em seu equilíbrio.
Assim, a bioenergia terá de ser entendida como uma manifestação diferenciada da energia do cosmos e do átomo, mas original e fundamentalmente a mesma energia.
Além disso, parece hoje possível compreender, graças ao avanço vertiginoso do conhecimento dos problemas básicos da natureza dos fenômenos vitais, a indissolubilidade da noção de matéria e energia, de estrutura e função.
A sua separação, a sua oposição, é mais aparente do que real, mais uma necessidade do espírito do que uma imposição da realidade”.
“Estrutura e função são, portanto, à luz dos conhecimentos modernos, um binômio inexistente, um antagonismo que não mais persiste, como corpo e espírito ou corpo e mente”.
FREIRE, Roberto. Soma. Uma terapia anarquista. V.1. A Alma é o Corpo. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.
Sobre Roberto Freire clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Freire_(psiquiatra)
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