segunda-feira, 13 de junho de 2011

FREDERICK TURNER (3)

Frederick Jackson Turner
Em
O Espírito Ocidental Contra a Natureza.








“Quanto mais sabemos sobre a história, mais simbólica ela se revela.
Os fatos, feitos e personagens individuais tendem a perder algo de suas individualidades e a se tornar cada vez mais representativos”.




“Quando o Novo Mundo foi podado e controlado de modo a que ninguém tivesse medo de se perder nele; quando mos nativos remanescentes foram desarmados e colocados em currais – só então os europeus ficaram tranquilos com a conquista da terra.
E foi nesse momento de nossa história que começamos a perceber a enormidade espiritual do que ocorrera aqui’.




“O pavor de ser tomado e controlado por espíritos malignos não se limita à civilização cristã.
Na verdade, essa pavor é geral e existe em muitas culturas que vivem em conexão íntima com o mundo natural.
Mas na civilização cristã a possessão tem uma conotação integralmente negativa, enquanto em muitas culturas nativas busca-se ativamente a possessão.
Há, em primeiro lugar, aspectos positivos nesses transes de possessão não-cristãos: o indivíduo se sente tomado por espíritos divinos e portanto age de acordo com eles.
Além disso, há um padrão mais geral e menos espetacular de buscar encontros diretos com o mundo dos espíritos no qual o indivíduo possa sentir de novo um surto primordial de sintonia e viver uma transfiguração momentânea”.




“Apesar de tudo isso, devemos lembrar que distorcemos o mundo mítico primitivo quando focalizamos esses seus aspectos mais tenebrosos, pois isso significa realçar algumas partes, alguns lugares e alguns momentos.
Independentemente dos excessos locais e temporários que podem ser atribuídos com justiça ao mito, o propósito gigantesco e geral do mito arcaico é a celebração da vida.
Depois de dissecar e julgar a loucura e as exigências cruéis do pensamento e comportamento míticos, falta ainda chegar ao coração do mito”.















TURNER, F. J. O Espírito Ocidental Contra a Natureza. Tradução: José Augusto Drummond. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

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