sábado, 16 de outubro de 2010

ALEXIS DE TOCQUEVILLE



Alexis de Tocqueville
Em
A democracia na América.






“Ora, é verdade que existe razão legítima para a igualdade, que induz os homens a desejarem ser fortes e respeitados, tendendo a elevar os pequenos ao nível dos grandes.

Mas também se encontra no coração humano um gosto depravado pela igualdade, que leva os fracos a desejar atrair os fortes para o seu nível, e que leva os homens a preferir a igualdade na servidão à desigualdade na liberdade”.





“Não tenho pela liberdade de imprensa aquele amor completo e imediato que se dedica às coisas soberanamente boas pela sua própria natureza.

Amo-a porque levo em conta os males que ela evita, bem mais do que os benefícios que proporciona.

A soberania do povo e a liberdade de imprensa são duas idéias correlatas; a censura e o voto universal são, pelo contrário, duas coisas que se contradizem e que não podem coexistir por muito tempo nas instituições políticas de um mesmo povo”.





“Na democracia, os cidadãos vêem um homem que sai da sua classe e que alcança em poucos anos a riqueza e o poder; este espetáculo suscita a sua surpresa e a sua inveja; eles procuram saber como aquele que era anteriormente seu igual está hoje revestido do direito de os dirigir.

Atribuir a sua elevação ao seu talento ou às suas virtudes é incômodo, porque seria reconhecer que eles próprios são menos virtuosos e menos hábeis que ele.

Eles situam a principal causa em alguns dos seus vícios e frequentemente têm razão para o fazerem.

Opera-se assim uma odiosa confusão entre as idéias da vileza e do poder, da indignidade e do sucesso, da utilidade e da desonra”.







TOCQUEVILLE, Alexis de. A democracia na América. Tradução, prefácio e notas: Neil Ribeiro da Silva. 4ª Ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.

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