sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FLÁVIO JOSEFO



Flávio Josefo
Em
História dos Hebreus.






“E o que me obriga agora, para desmenti-lo, a relatar o que havia calado até aqui, e não nos devemos admirar por ter diferido tanto, pois, ainda que um historiador seja obrigado a dizer a verdade, ele pode não se deixar levar contra os maus, não que eles mereçam ser favorecidos, mas para permanecermos nos termos de uma sábia moderação”.





“De todas as guerras que se travaram, quer de cidade contra cidade, quer de nações contra nações, nosso século ainda não viu outra tão grande, e nós não sabemos que tenha havido outra semelhante, à que os judeus sustentaram contra os romanos”.





“Os gregos falam muito quando se trata de sustentar seus interesses, quer em particular, quer perante os juízes, mas calam-se quando é preciso reunir com muita dificuldade tudo o que é necessário para compor uma história verdadeira, e não acham estranho que aqueles que nenhum conhecimento têm dos feitos dos príncipes e dos grandes generais e são mui incapazes de os descrever, ousem fazê-lo.

Isto mostra que quanto procuramos a verdade da história tanto os gregos a desprezam e disso se descuidam”.





“Quando Herodes se viu senhor da Judéia pela tomada de Jerusalém, manifestou grande reconhecimento para com os que haviam abraçado os seus interesses e mandou matar um grande número de partidários de Antígono.

Como ele não tinha dinheiro, mandou a Antônio e aos que estavam mais bem situados perante ele, o que ele tinha de móveis mais preciosos, mas não pôde, entretanto, com esse meio, por-se em condições de nada ter de temer, porque Antônio tinha tal paixão por Cleópatra, que nada lhe podia recusar.

Essa ambiciosa mulher, princesa avarenta, depois de ter cruelmente perseguido os de sua própria família, pois não restava mais um só com vida, voltou seu furor contra os estrangeiros.

Caluniava perante Antônio os mais ilustres dentre eles e o levava a condená-los à morte, a fim de se apoderar de suas riquezas.

Sua avareza ainda não estava, porém, satisfeita, ela queria tratar do mesmo modo os judeus e os árabes e fez tudo o que podia para persuadir Antônio a mandar matar Herodes e Malce, reis daquelas duas nações.

Ele fingiu consentir, mas não julgou justo manchar suas mãos no sangue desses príncipes, dos quais não tinha absolutamente motivo nenhum de se queixar.

Contentou-se em não lhes manifestar mais a mesma amizade e em dar à princesa várias terras que tirou de seus territórios, dentre as quais as que se situam nas proximidades de Jerico, tão ricas em palmeiras e onde cresce o bálsamo, como também todas as cidades sobre o rio de Electra, com exceção de Tiro e de Sidom”.








JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Tradução por Vicente Pedroso. 8ª. Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2004. Disponível em: http://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxwYnNlbmFzZW5hfGd4OjUwOGQ0ZGY2MGNiZGZiZQ&pli=1

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