quinta-feira, 7 de maio de 2009

MICHEL FOUCAULT (3)



Michel Foucault
Em
Isto não é um cachimbo.





“Sobre a página de um livro ilustrado, não se tem o hábito de prestar atenção a esse pequeno espaço em branco que corre por cima das palavras e por cima dos desenhos, que lhes serve de fronteira comum para incessantes passagens: pois é ali, sobre esses poucos milímetros de alvura, sobre a calma areia da página, que se atam, entre as palavras e as formas, todas as relações de designação, de denominação, de descrição, de classificação”.




“Separação entre signos lingüísticos e elementos plásticos; equivalência da semelhança e da afirmação.
Estes dois princípios constituíam a tensão da pintura clássica: pois o segundo reintroduzia o discurso (só há afirmação ali onde se fala) numa pintura onde o elemento liguístico era cuidadosamente excluído.
Daí o fato de que a pintura clássica falava – e falava muito – embora fosse se constituindo fora da linguagem; daí o fato de que ela repousava silenciosamente num espaço discursivo; daí o fato de que ela instaurava, acima de si própria, uma espécie de lugar-comum onde podia restaurar as relações da imagem e dos signos”.






FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo. Tradução de Jorge Coli. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

Sobre Foucault clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_Foucault

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