sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

ROLAND BARTHES (2)



Roland Barthes
Em
O Prazer do Texto.




“A tagarelice do texto é apenas essa espuma de linguagem que se forma sob o efeito de uma simples necessidade de escritura”.



“O texto que o senhor escreve tem de me dar prova de que ele me deseja.
Essa prova existe: é a escritura.
A escritura é isto: a ciência das fruições da linguagem, seu kama-sutra (desta ciência, só há um tratado: a própria escritura)”.




“Nem a cultura nem a sua destruição são eróticas; é a fenda entre uma e outra que se torna erótica”.




“O lugar mais erótico de um corpo não é lá onde o vestuário se entreabre?

Na perversão (que é o regime do prazer textual) não há “zonas erógenas” (expressão aliás bastante importuna); é a intermitência, como o disse muito bem a psicanálise, que é erótica: a da pele que cintila entre duas peças (as calças e a malha), entre duas bordas (a camisa entreaberta, a luva e a manga); é essa cintilação mesma que seduz, ou ainda: a encenação de um aparecimento-desaparecimento”.






BARTHES, Roland. O Prazer do Texto. Tradução: J. Guinsburg. Revisão: Alice Kyoko Miyashiro. São Paulo: Perspectiva, 1987.

Sobre Roland Barthes clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roland_Barthes

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