sábado, 9 de fevereiro de 2008

MANUEL BANDEIRA (10)

O ÚLTIMO POEMA
(Manuel Bandeira)




Assim eu quereria o meu último poema.

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.




BANDEIRA, Manuel Estrela da Vida Inteira. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1979.

3 comentários:

un dress disse...

assim eu quereria: poema de vida.

in te gral.





,beijO

Helena disse...

Muito bonito.
Que pena que o trabalho me leve o tempo e me deixe com tão pouco para me deleitar, com as maravilhas que encontro em alguns Blogs.
Abraço.

Rosangela Aliberti disse...

Olá James um belo poema e bem lembrado vou "blogar" também...
Abraço da Rô