FANATISMO
(Florbela Espanca)
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver.
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida.
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!…”
ESPANCA, Florbela Sonetos. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2005.
Sobre a autora procurar:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Florbela_Espanca
quarta-feira, 16 de maio de 2007
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5 comentários:
Olá James.Sabes que nunca consegui simpatizar com a Florbela Espanca?Verdade!Só gosto de um poema e neste momento nem me lembro qual é...:-)
Obrigado pelo seu comentário no meu blog,volte sempre,tem a aporta aberta...
Como deve ser bom "saborear Florbela Espanca" em terras luso brasileiras.
Beijinho de Portugal
Bjs Zita
Não vivo de pesadelos. Tenho sonhos como qualquer ser humano que procura a luz que nos guia. A vida envia-nos muitos sinais, basta estar atento e procurá-los à nossa volta.São muitos e enviados das mais diversas maneiras. Por isso sou um GUERREIRO LOBO, que mantendo a calma, sabe esperar e nunca ter medo.
Abri há pouco a janela
do meu quarto minguado,
entrou o vento
soprando forte
trazendo uma trova
e uma canção
com um refrão tão triste
que diz
que nunca mais te encontrarei.
Parti como um louco,
gemendo e chorando
e à tua porta bati.
Apareceste-me
bela e singela
com a tua leve candura
na face tinhas a lágrima da
desventura.
Soltei um grito de pânico,
que atravessou o oceano
e num rochedo fez eco
levado pelos anjos
que partiram para sempre.
Grito agudo e
lancinante
que transporto sempre no peito
deixando amargas liras
e a saudade de te ver.
Perdi-te meu AMOR.
Meus amigos e amigas: Aceitai o medo como que ele faça parte integrante das nossas vidas. Aceitai-o, mas não tenhais receio de AMAR. Aceitai especialmente o medo da mudança, mas saibamos caminhar sempre em frente apesar do bater do nosso coração nos lançar um grito lancinante como que a dizer: VOLTA PARA TRÁS!
As trevas da noite caem, mas a manhã volta de novo ainda mais brilhante.
Manteremos viva a nossa ESPERANÇA.
Com especial carinho para ti, dedico este meu poema.
Sou um GUERREIRO LOBO que habita as paragens das caçadas eternas do bosque da felicidade, o "nosso" :
http://lusoprosecontras.blogspot.com
Vinde até ele ouvir a minha história. É uma história de um Povo, e o Povo é simples como eu.
Deixo-te aqui, neste teu cantinho maravilhoso, um grande abraço de Amizade.
SANDOKAN
Hi James, obrigado pela visita e comentario. o seu blog esta muito interessante, e agradavel ver poetas Portugueses serem tao carinhosamente tratados ai no Brasil. Florbela e Pessoa sao dois dos meus favoritos. Muito bem escolhidos os poemas. obrigado. Dinah Raphaellus
Belo poema, e foi musicado pelo Fagner.
Eu, como a Belinha não tenha particular admiração por Florbela, mas reconheço seu valor, inclusive pelo papel como mulher.
Beijos
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