sexta-feira, 26 de outubro de 2007

ARISTÓTELES

ARISTÓTELES
Em
Arte Retórica


“A Retórica é útil, porque o verdadeiro e o justo são, por natureza, melhores que seus contrários. Donde se segue que se as decisões não forem proferidas como convém, o verdadeiro e o justo serão necessariamente sacrificados: resultado este digno de censura.
Acresce que, em presença de certos ouvintes, mesmo que estejamos de posse da mais rigorosa ciência, seria difícil extrair desta provas convincentes para nossos discursos “.


“Admitamos que amar é querer para outrem aquilo que reputamos serem bens, e isto não em nosso interesse, mas no interesse dele; é também, na medida de nossas forças, agir para proporcionar-lhe essas vantagens”.


“A cólera é seguida necessariamente de certo prazer, proveniente da esperança que se tem de se vir a vingar”.


“A cólera é seguida de um certo prazer, pela razão acima apontada e também porque o homem passa o tempo a vingar-se em pensamento; a imaginação entrando em ação causa-nos prazer, como o faz nos sonhos”.


“Em todos os casos, a convicção dos juízes resulta ora do estado em que conseguimos colocá-los, ora das disposições que eles conferem aos que falam, ora, finalmente, da demonstração que lhes foi apresentada”.





ARISTÓTELES. Arte Retórica e Arte Poética.Tradução de Antônio Pinto de Carvalho. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles

Um comentário:

L.Reis disse...

Falta aqui Platão...para se opôr a esta aristotélica catarse...se bem me recordo, ele afirmava que não deveríamos alimentar tais sentimentos, como a cólera ou o amor, correndo o risco de nos tornarmos seus escravos...eu nunca consegui decidir-me a favor de um e contra o outro... fico apenas fascinada com os seus "diálogos"...