quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

CLAUSEWITZ



Clausewitz
Em
Da Natureza da Guerra




“Os humanistas acreditam que exista um método eficaz para desarmar e vencer um inimigo sem causar derramamento de sangue, sendo essa a precípua vocação da guerra.
Por mais razoável que esse conceito possa parecer, é enganoso, e deve ser extirpado, pois, em assuntos tão perigosos quanto a guerra, os erros nascidos de um “coração benévolo” costumam ser os mais fatais.
Como o emprego – até o máximo limite – da força física não exclui a assistência da inteligência, aquele que apela, amplamente, para o uso da força, sem se afligir com o conseqüente derramamento de sangue, levará vantagem sobre seu adversário, caso este se empenhe na luta com menor vigor.
O primeiro lutador, então, dita as regras sobre o segundo, e ambos continuam a luta até o limite de suas forças tendo como únicas restrições, aquelas impostas pelo grau de agressividade do adversário.


É assim que essa questão deve ser encarada – sob pena de prejudicar os interesses de ambas as partes – , e não há motivo algum para nos esquivarmos da análise sobre a realidade dos fatos da guerra, apenas porque o horror de suas conseqüências nos causa repulsa”.





CLAUSEWITZ, Carl von. Da Guerra: a arte da estratégia. Tradução de Pilar Satierra. São Paulo: Tahyu, 2005.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_von_Clausewitz

3 comentários:

Alessandra Espínola disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alessandra Espínola disse...

..e por isso mesmo, pelas conseqüências que nos causam repulsa, é que devemos pensar sobre o todo. De todo modo, todas as conseqüências de uma guerra, sejam lá quais forem as estratégias, são horíveis. Um campo de torturas e desgraças. Valeu ;)

Luciana Bauer disse...

amo este livro, é meu livro de cabeçeira.

bjbj