quinta-feira, 12 de novembro de 2009
PLATÃO (3)
Platão
Em
O Banquete.
”Que seria então o Amor? perguntei-lhe. Um mortal?
Absolutamente.
Mas o que, ao certo, ó Diotina?
Como nos casos anteriores, disse-me ela, algo entre um deus e um mortal.
E com que poder? perguntei-lhe.
O de interpretar e transmitir aos deuses o que vem dos homens, e aos homens o que vem dos deuses, de uns as súplicas e os sacrifícios, e dos outros as ordens e as recompensas pelos sacrifícios; e como está no meio de ambos ele os completa, de modo que o todo fica ligado todo ele a si mesmo.
Por seu intermédio é que procede não só toda arte divinatória, como também a dos sacerdotes que se ocupam dos sacrifícios, das iniciações e dos encantamentos, e enfim de toda adivinhação e magia.
Um deus com um homem não se mistura, mas é através desse ser que se faz todo o convívio e diálogo dos deuses com os homens, tanto quanto despertos como quando dormindo; e aquele que em tais questões é sábio é um homem de gênio, enquanto o sábio em qualquer outra coisa, arte ou ofício, é um artesão.
E esses gênios, é certo, são muitos e diversos, e um deles é justamente o Amor”.
PLATÃO. O Banquete ou Do Amor. Tradução, introdução e notas do Prof. J. Cavalcante de Souza. 4ª. Ed. São Paulo: Difel, 1986.
Sobre Platão clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o
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