segunda-feira, 1 de março de 2010

CLAUDE LÉVI-STRAUSS



Claude Lévi-Strauss
Em
De perto e de longe.





“Acontece que me entendo melhor com os crentes do que com os racionalistas empedernidos.

Pelo menos os primeiros têm o sentido do mistério.

Um mistério que, a meu ver, o pensamento parece constitucionalmente incapaz de resolver.

É preciso contentar-se com as mordidelas infatigáveis que o conhecimento científico dá em suas bordas.

Mas eu não conheço nada mais estimulante, mais enriquecedor para o espírito, do que tentar seguir este processo – como profano; permanecendo consciente de que cada avanço faz surgir novos problemas, e de que a tarefa não tem fim”.




“Na verdade, e apesar de todos os trabalhos acumulados, continuamos sem saber, não compreendemos o que foi a América.

Como para os descobridores dos séculos XV e XVI, ela continua sendo um outro planeta.

A cada ano, ou quase, surge uma nova descoberta que recoloca em discussão tudo o que acreditávamos estabelecido.

O americanismo está sempre no estado daquelas ciências do século XIX, ricas em esperança de achados ao alcance da mão.

É isso que o torna tão atraente”.








LÉVI-STRAUSS, Claude. ERIBON, Didier. De perto e de longe. Tradução de Léa Mello e Julieta Leite. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7300027/De-Perto-e-de-Longe


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