segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

BRONISLAW MALINOWSKI (2)



Bronislaw Malinowski
Em
Magia, ciência e religião.






“Não existem povos, por mais primitivos que sejam, sem religião nem magia.

Assim como não existem, diga-se de passagem, quaisquer raças selvagens que não possuam atitude científica ou ciência, embora esta falha lhes seja frequentemente imputada.

Em todas as sociedades primitivas, estudadas por observadores competentes e de confiança, foram detectados dois domínios perfeitamente distintos, o Sagrado e o Profano; por outras palavras, o domínio da Magia e da Religião e o da Ciência”.





“Na guerra, os nativos sabem que a força, a coragem e a agilidade desempenham um papel decisivo.

No entanto, também neste campo praticam a magia, a fim de dominarem os elementos do acaso e da sorte”.





“Quando passamos para a nutrição, a primeira coisa que salta à vista é que, para o homem primitivo, a alimentação constitui um ato rodeado de etiqueta, de prescrições e proibições especiais e de uma tensão emocional geral, de uma forma que nos é desconhecida.

Para além da magia dos alimentos, destinada a fazê-los render ou a evitar a sua escassez em geral – e não estamos a nos referir aqui a todas as inúmeras formas de magia associadas à obtenção dos alimentos – é também notável o seu papel em cerimônias de caráter nitidamente religioso,

Ofertas de primeiros frutos, de natureza demarcadamente ritual, cerimônias de colheitas, grandes festas sazonais em que se acumulam, exibem e, de uma forma ou de outra, sagram as colheitas, tudo isso tem um papel preponderante para a comunidade agrícola.

De igual modo, os caçadores ou os pescadores comemoram uma boa caçada ou pescaria, ou a abertura da época através de festas e cerimônias em que a comida é entregue segundo um ritual e os animais sacrificados ou adorados.

Todos esses atos exprimem a alegria da comunidade, o seu sentido do enorme valor do alimento, e através deles a religião consagra a atitude reverente do homem em relação ao seu sustento diário”.





“Mesmo entre os povos mais primitivos, a atitude para com a morte é infinitamente mais complexa e, poderia acrescentar, mais semelhante à nossa, do que normalmente se supõe.

Com freqüência os antropólogos referem que a sensação dominante dos vivos é de horror ao cadáver e de receio do fantasma”.







MALINOWSKI, Bronislaw. Magia, Ciência e Religião. Introdução Robert Redfield. Sem indicação de tradutor. Disponível em: http://www.4shared.com/get/-yBfBmLf/Bronislaw_Malinowski_-_Magia_C.html;jsessionid=E5D88096952972FB8F7965E8EB805B7B.dc214

Sobre Malinowski clique
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