quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
SCHOPENHAUER (9)
Arthur Schopenhauer
Em
A arte de escrever.
“Quando observamos a quantidade e a variedade dos estabelecimentos de ensino e aprendizado, assim como o grande número de alunos e professores, é possível acreditar que a espécie humana dá muita importância à instrução e à verdade.
Entretanto, nesse caso, as aparências também enganam.
Os professores ensinam para ganhar dinheiro e não se esforçam pela sabedoria, mas pelo crédito que ganham dando a impressão de possuí-la.
E os alunos não aprendem para ganhar conhecimento e se instruir, mas para poder tagarelar e para ganhar ares de importantes”.
“Assim como as atividades de ler e aprender, quando em excesso, são prejudiciais ao pensamento próprio, as de escrever e ensinar em demasia também desacostumam os homens da clareza e profundidade do saber e da compreensão, uma vez que não lhes sobra tempo para obtê-los”.
“Espíritos de primeira categoria nunca se tornarão especialistas eruditos.
Para eles, como tais, a totalidade da existência é que se impõe como problema, e é sobre ela que cada um deles comunicará à humanidade novas soluções, de uma forma ou de outra.
Pois só pode merecer o nome de gênio alguém que assuma como o tema de suas realizações a totalidade, aquilo que é grandioso, as coisas essenciais e gerais, e não alguém que dedica os esforços de sua vida a esclarecer qualquer relação específica de objetos entre si”.
SCHOPENHAUER, A. A arte de escrever. Organização, tradução, prefácio e notas de Pedro Süssekind. Porto Alegre: L&PM, 2009.
Sobre Schopenhauer clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Schopenhauer
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