sexta-feira, 11 de março de 2011

GILLES DELEUZE (3)



Gilles Deleuze
Em
Diferença e repetição.





“A diferença não é o diverso.

O diverso é dado.

Mas a diferença é aquilo pelo qual o dado é dado.

É aquilo pelo qual o dado é dado como diverso.

A diferença não é o fenômeno, mas o número mais próximo do fenômeno.

Portanto, é verdade que Deus faz o mundo calculando, mas seus cálculos nunca estão corretos, e é mesmo esta injustiça no resultado, esta irredutível desigualdade, que forma a condição do mundo”.




“O bom senso se funda numa síntese do tempo, precisamente aquela que determinamos como a primeira síntese, a do hábito.

O bom senso só é o bom porque esposa o sentido do tempo de acordo com esta síntese.

Dando testemunho de um presente vivo (e da fadiga deste presente), ele vai do passado ao futuro, como do particular ao geral.

Mas ele define este passado como o improvável ou o menos provável”.




“O delírio está no fundo do bom senso, razão pela qual o bom senso é sempre segundo.

É preciso que o pensamento pense a diferença, este absolutamente diferente do pensamento que, todavia, faz pensar, lhe dá um pensamento”.







DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Tradução de Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1988. Disponível em: http://www.visionvox.com.br/biblioteca/d/DELEUZE,-Gilles-Diferença-e-Repetição.txt

Sobre Deleuze clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilles_Deleuze

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