quinta-feira, 3 de março de 2011
RAMÓN DE CAMPOAMOR
Bem-humoradas
(Ramón de Campoamor)
[Tradução: Fábio Aristimunho Vargas]
A menina é a mulher que respeitamos,
e a mulher a menina que enganamos.
Morreria por ele, mas importa
que passou tempo e tempo, e não jaz morta.
Já não leio ou escrevo mais história
em que não veja a infância com a memória.
Esses pais são tão tenros
que o em menos desengano
anseia um nobre russo para genro
ou ao menos um príncipe italiano.
É usual num travesseiro ver duas mentes
que maduram dois planos diferentes.
Quiseste sequestrá-la, e, já casado,
es tu, mais do que ela, o seqüestrado.
Dá ao diabo o homem a existência inteira
e dedica a Deus a hora derradeira.
Se ao inferno ao morrer vai meu marido,
só volta ao país onde foi nascido.
É tão menina e já tem calculadas
a força e a extensão de suas olhadas.
VARGAS, Fábio Aristimunho (Org.). Poesia Espanhola – Das Origens a Guerra Civil. São Paulo: Hedra, 2009. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=0WOllqcU8QsC&pg=PA4&dq=Cole%C3%A7%C3%B5es+liter%C3%A1rias&lr=&as_brr=1&cd=13#v=onepage&q&f=false
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http://es.wikipedia.org/wiki/Ram%C3%B3n_de_Campoamor
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