quarta-feira, 2 de março de 2011

KARL POPPER (3)



Karl Popper
Em
A Lógica da pesquisa científica.





“As teorias são redes, lançadas para capturar aquilo que denominamos “o mundo”: para racionalizá-lo, explicá-lo, dominá-lo.

Nossos esforços são no sentido de tornar as malhas da rede cada vez mais estreitas”.




“As teorias científicas estão em perpétua mutação.

Não se deve isso ao mero acaso, mas isso seria de esperar, tendo em conta nossa caracterização da Ciência empírica.

Talvez seja essa a razão pela qual, geralmente, apenas ramos da Ciência – e estes apenas de caráter temporário – chegam a adquirir a forma de um sistema de teorias elaborado e logicamente bem construído”.




“Toda prova de uma teoria, resulte em sua corroboração ou em seu falseamento, há de deter-se em algum enunciado básico que decidimos aceitar.

Se não chegarmos a qualquer decisão e não aceitarmos este ou aquele enunciado básico, a prova terá conduzido a nada.

Contudo, considerada de um ponto de vista lógico, a situação nunca é tal que nos obrigue a interromper a feitura de provas quando chegados a este enunciado básico particular e não àquele; nem é tal que nos obrigue a abandonar completamente a prova.

Com efeito, qualquer enunciado básico pode, por sua vez, ser novamente submetido a provas, usando-se como pedra de toque os enunciados básicos suscetíveis de serem dele deduzidos, com auxílio de alguma teoria – seja a teoria em causa, seja uma outra.

Esse processo não tem fim.

Dessa maneira, se a prova há de levar-nos a alguma conclusão, nada resta a fazer senão interromper o processo num ponto ou noutro e dizer que, por ora, estamos satisfeitos”.






POPPER, Karl. A Lógica da pesquisa científica. Tradução de Leônidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. São Paulo: Cultrix, 1974. Disponível em: http://www.4shared.com/get/LW-N5XkE/Popper_Karl_-_A_Logica_Da_Pesq.html


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