Elogio da Loucura
(Erasmo de Roterdam)
“Portanto, assim como não há nada mais inepto do que abordar graves argumentos puerilmente, assim também é bastante agradável e plausível tratar de igual forma as pilhérias, que não têm aqui outro objetivo senão pilheriar.
Quanto a mim, deixo que os outros julguem esta minha tagarelice; mas, se o meu amor próprio não deixar que eu o perceba, contentar-me-ia de ter elogiado a Loucura sem estar inteiramente louco.
Quanto à imputação de sarcasmo, não deixarei de dizer que há muito tempo existe a liberdade de estilo com a qual se zomba da maneira por que vive e conversa o homem, desde que não se caia no cinismo e no veneno.
Assim, pergunto se se deve estimar o que magoa, ou antes o que ensina e instrui, censurando a vida e os costumes humanos, sem pessoalmente ferir ninguém.”
Erasmo de Roterdam Elogio da Loucura.Tradução de Paulo M. de Oliveira. São Paulo: Atena Editora, 1955.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Roterd%C3%A3o
segunda-feira, 16 de abril de 2007
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