segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

BERNARD-HENRI LEVY



Bernard-Henri Levy
Em
Elogio dos Intelectuais.






“O intelectual é o abstrato.
O gosto da abstração.
O intelectual é o gosto das coisas no que elas, soterradas sob um código e um nome, perderam seu sabor, sua cor, seu odor.
Absurdo nisso?
Decepcionante?
O intelectual, melhor sabê-lo, é sempre um pouco decepcionante.
É sempre esse mestre em desencantamento vindo inquietar ou suspender nossa crença espontânea no mundo”.




“O intelectual mesmo não tem cheiro.
Não tem verdadeiramente cor.
Se lhe perguntam de onde é, de onde vem e ao que, exatamente, pertence, ele é aquele que, muitas vezes, terá a tentação de responder no tom de Saint-John Perse diante do oficial de imigração americano que lhe rogou, em 1940, declarar seu sobrenome, nome, domicílio e qualificação: habito meu nome, sou da minha língua, não tenho outra verdadeira pátria a não ser a de minhas idéias e só me reencontro verdadeiramente nas famílias de espírito que escolhi”.




“O intelectual é o debate.
É a própria prática do debate.
É o hábito, o princípio, a existência absoluta do debate.
Um intelectual é alguém cuja simples presença indica que a sociedade dá direito aos direitos do debate”.






LÉVY, Bernard-Henri. Elogio dos Intelectuais. Tradução de Celina Luz. Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

Sobre Bernard-Henri Lévy clique no linque abaixo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Bernard-Henri_Levy

Um comentário:

Sei que existes disse...

Humm, é possivel que seja isso mesmo...
Beijo grande