quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
LUCRÉCIO (2)
Lucrécio
Em
Da Natureza.
“Mas não houve centauros nem podem em tempo algum existir conjuntos de dupla natureza e de dois corpos formados de membros díspares, nem haver forças desiguais.
E qualquer o pode reconhecer pelas razões seguintes, mesmo que seja de espírito obtuso.
Primeiro, ao fim de cerca de três anos, está o cavalo em pleno vigor, mas não o está uma criança, mesmo nesta idade procurará em sonhos a ponta do seio que o amamentou.
Depois quando o cavalo começa a não ter já as mesmas forças vigorosas por causa da idade e lhe falham os membros e o deserta a fatigada vida, então floresce para o menino o tempo da sua juventude e lhe veste as faces uma branda penugem”.
“Não é por certo em virtude de um plano determinado nem por um espírito sagaz que os átomos se juntaram por uma certa ordem, também não combinaram entre si com exatidão os movimentos que teriam; mas, depois de terem sido mudados de mil modos diferentes através de toda a imensidade, depois de terem sofrido pelos tempos eternos toda a espécie de choques, depois de terem experimentado todos os movimentos e combinações possíveis, chegaram finalmente a disposições tais que foi possível o constituir-se tudo o que existe”.
SILVA, Agostinho da (Org.). O Epicurismo - Contendo uma antologia de textos de Epicuro e Da Natureza, de Lucrécio. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/data.
Sobre Lucrécio clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lucrécio
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