segunda-feira, 30 de março de 2009

HERBERT MARCUSE



Herbert Marcuse
Em
Estudo sobre a Autoridade e a Família.






“O reconhecimento da autoridade como uma força essencial da prática social remonta às raízes da liberdade humana: significa (em um sentido sempre diferente) a renúncia à autonomia (de pensamento, vontade, ação), significa subordinação da própria razão e da própria vontade a conteúdos predeterminados, e isso de tal modo que tais conteúdos não constituem apenas “material” para a vontade transformadora do indivíduo, e sim que constituem, tais como são, normas obrigatórias para sua razão e sua vontade”.



“Na teoria burguesa da autoridade se reflete uma boa parte da história desta sociedade.
Quando ela conquistou o domínio econômico e político na Europa Central e Ocidental, eram evidentes as contradições no seio da sociedade por ela organizada.
A burguesia como classe dominante não podia ter interesse algum pela teoria à qual se ligou como classe em ascensão e que se encontrava em contradição gritante com o presente.
É assim que a teoria verdadeiramente burguesa da sociedade só existe antes do domínio real da burguesia, e que a teoria burguesa, Comte, na França, e Hegel, na Alemanha, são os últimos a discutir o problema da organização social dentro de uma teoria global como tarefa da prática humana guiada pela razão.

Os problemas da organização do Estado e da sociedade retirados do contexto do fundamento que sustentava a teoria global passam a fazer parte da disciplina específica da Sociologia”.



“Depois da queda de qualquer conteúdo material e racional da autoridade, só restou sua mera forma: a autoridade como tal se torna característica essencial do Estado”.








MARCUSE, Herbert. Idéias sobre uma teoria crítica da sociedade. Tradução de Fausto Guimarães. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

Sobre Marcuse clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Marcuse

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