sexta-feira, 27 de março de 2009
PIERRE CLASTRES (2)
Pierre Clastres
Em
A Sociedade Contra o Estado.
“Não menos sérios para os que narram (os índios, por exemplo) do que para os que os recolhem ou lêem, os mitos podem, entretanto, desenvolver uma intensa impressão de cômico; eles desempenham às vezes a função explícita de divertir os ouvintes, de desencadear sua hilaridade.
Se estamos preocupados em preservar integralmente a verdade dos mitos, não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam e considerar que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas graves e fazer rir aqueles que o escutam.
A vida cotidiana dos “primitivos”, apesar de sua dureza, não se desenvolve sempre sob o signo do esforço ou da inquietude; também eles sabem propiciarem-se verdadeiros momentos de distensão, e seu senso agudo do ridículo os faz várias vezes caçoar de seus próprios temores.
Ora, não raro essas culturas confiam a seus mitos a tarefa de distrair os homens, desdramatizando, de certa forma, sua existência”.
CLASTRES, Pierre. A Sociedade Contra o Estado. Tradução de Theo Santiago. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.
Sobre Pierre Clastres clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Clastres
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2 comentários:
Indo conhecer mais dele.
E obrigada pelo poema, James. Beijo!
Suspeitei que ele era filóso. :)
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