quinta-feira, 13 de agosto de 2009

HERBERT MARCUSE (2)



Herbert Marcuse
Em
Eros & Civilização.






“A civilização ocidental sempre glorificou o herói, o sacrifício da vida pela cidade, o Estado, a nação; raramente indagou se a cidade estabelecida, o Estado ou a nação eram dignos do sacrifício”.



“Na e contra a organização terrivelmente eficiente da sociedade afluente, não só o protesto radical, mas até a tentativa de formulação de articulação, de dar palavras ao protesto, assume uma imaturidade pueril, ridícula”.



“O protesto dos jovens continuará porque é uma necessidade biológica.
Por natureza, a juventude está na primeira linha dos que vivem e lutam por Eros contra a Morte e contra uma civilização que se esforça por encurtar o atalho para a morte, embora controlando os meios capazes de alongar esse percurso”.



“As vicissitudes dos instintos são as vicissitudes da engrenagem mental na civilização”.



“O indivíduo paga com o sacrifício do seu tempo, de sua consciência, de seus sonhos; a civilização paga com o sacrifício de suas próprias promessas de liberdade, justiça e paz para todos”.



“Há mais do que uma simples diferença quantitativa no fato das guerras serem empreendidas por exércitos profissionais em espaços confinados ou serem desencadeadas contra populações inteiras, numa escala global, se as invenções técnicas que poderiam libertar o mundo da miséria e do sofrimento são usadas para a conquista ou para a criação de sofrimento; se milhares são massacrados em combate ou milhões são cientificamente exterminados com a ajuda de doutores e engenheiros; se os exilados podem encontrar refúgio ao cruzarem as fronteiras ou são acossados pelo mundo inteiro; se os povos são naturalmente ignorantes ou são feitos ignorantes pela administração diária de informações e entretenimentos”.








MARCUSE, Herbert. Eros & Civilização. Tradução de Álvaro Cabral. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1986.

Sobre Marcuse clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Marcuse

Um comentário:

Anna Flávia disse...

Sacrifícios... Nunca é vindo aqui. Sempre um prazer.


Beijo!