quinta-feira, 12 de julho de 2007

OSCAR WILDE (5)

OSCAR WILDE
Em O RETRATO DE DORIAN GRAY


“Não fale de coisas horríveis.
Se ninguém fala de uma coisa, é como se ela não tivesse acontecido nunca.”


“ – E não pertence ao passado o que acontece neste mesmo instante?
As pessoas superficiais são as únicas que têm necessidade de anos para desembaraçar-se de uma emoção.
Um homem dono de si mesmo pode dar fim a um desgosto com a mesma facilidade com que inventa um prazer.
Não quero sentir-me à mercê das minhas emoções.
Quero experimentá-las, gozá-las e dominá-las.”


“... não posso deixar de compreender o erro que há em pensar que a paixão experimentada na criação possa realmente exprimir-se na obra criada.
A arte é sempre mais abstrata do que imaginamos.
A forma e a cor nos falam da forma e da cor, e nada mais.
Parece-me muitas vezes que a arte costuma ocultar o artista mais totalmente do que o revela.”

(Trechos do Capítulo IX)

WILDE, Oscar O Retrato de Dorian Gray. In.__________ Obra Completa. Tradução de Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, Ltda., 1961.

6 comentários:

Claudio Boczon disse...

repito o quê disse num outro post: esse gringo sabia mesmo das coisas.

o último trecho citado encerra algumas verdades que muitos teimam em negar - só quem pinta é que o sabe.

abraço

DairHilail disse...

que lindo...gostei de passar

Carol Rocha disse...

Adorei a primeira frase.

Não devemos falar de coisas horríveis. Pensando bem, não devemos nem pensar nisso.

beijo,

un dress disse...

a arte cria mais interrogações.

mais perplexidades.

...a cada gesto. :)



beijO

Heliarly F. Rios disse...

O oscar wilde era demais, pequei uma coleção de frases e texts dele no pensadorinfo, e viajei lendo... bom, o meu blog tem uma aboradagem diverente, mas ta ae o convite...até!

redonda disse...

Já li este livro há muitos anos. Na altura como que chocou que o personagem principal fosse um anti-herói e à medida que ia lendo, ia pensando que aquilo não podia acabar bem...
Também achei interessante que o romance fosse tão diferente das peças.
Seria bom se só por não falarmos de coisas horríveis, fosse como se elas não tivessem acontecido, mas penso que devemos expô-las para nos libertarmos e evitarmos que se repitam.