sábado, 19 de janeiro de 2008

BAKUNIN



Mikhail Bakunin
Em
Deus e o Estado





“Que a crença em Deus, criador, ordenador, juiz, senhor, amaldiçoador, salvador e benfeitor do mundo, tenha se conservado no povo, e sobretudo nas populações rurais, muito mais do que no proletariado das cidades, nada mais natural.
O povo, infelizmente, é ainda muito ignorante e mantido na ignorância pelos esforços sistemáticos de todos os governos que consideram isso, com muita razão, como uma das condições essenciais de seu próprio poder.
Esmagado por seu trabalho quotidiano, privado de lazer, de comércio intelectual, de leitura, enfim, de quase todos os meios e de uma boa parte dos estímulos que desenvolvem a reflexão nos homens, o povo aceita, na maioria das vezes, sem crítica e em bloco, as tradições religiosas.
Elas o envolvem desde a primeira idade, em todas as circunstâncias de sua vida, artificialmente mantidas em seu seio por uma multidão de corruptores oficiais de todos os tipos, padres e leigos, elas se transformam entre eles em um tipo de hábito mental, freqüentemente mais poderoso do que seu bom senso natural”.






BAKUNIN, Mikhail. Deus e o Estado. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000020.pdf

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Aleksandrovitch_Bakunin

Um comentário:

L.Reis disse...

A história das religiões é um tema fascinante...o Estado e A Religião poderosos manipuladores que mutuamente se usam para talhar e moldar mentalidades...pessoalmente assusta-me o poder que ambos detêm.