sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

THOREAU (2)



Henry Thoreau
Em
A DESOBEDIÊNCIA CIVIL





“Aceito com entusiasmo a divisa: “O melhor governo é o que menos governa”; e gostaria de vê-la posta em prática mais pronta e sistematicamente.
Levada a cabo, ela equivale a isto, em que também acredito: “O melhor governo é o que não governa de modo nenhum”; e quando os homens estiverem preparados para ele, será a espécie de governo que terão.
No melhor dos casos, o governo é apenas uma conveniência; entretanto, a maior parte dos governos, habitualmente, e todos os governos, por vezes, são inconvenientes.
As objeções que têm sido levantadas contra um exército permanente – e elas são muitas e poderosas, e merecem prevalecer – podem também, ao fim e ao cabo, ser levantadas contra um governo permanente.
O exército permanente é apenas um ramo do governo permanente.
O próprio governo, que não passa de um modo escolhido pelo povo para o cumprimento de sua vontade, está igualmente sujeito a ser mal empregado e pervertido antes que o povo possa agir por seu intermédio”.


“Jamais haverá um Estado realmente livre e esclarecido enquanto o Estado não venha a reconhecer o indivíduo como o poder mais alto e independente, do qual se origina todo o seu próprio poder e autoridade, e tratá-lo correspondentemente”.





THOREAU, Henry David. A Desobediência Civil e outros ensaios. Seleção, tradução, prefácio e notas de José Paulo Paes. 9a. Ed. São Paulo: Editora Cultrix, 1993.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_David_Thoreau

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