terça-feira, 6 de maio de 2008

LEON TROTSKY



Leon Trotsky
Em
Moral e Revolução






“A democracia e a moral “geralmente aceita” não são as únicas vítimas do imperialismo.
O “bom senso inato em todos os homens” é a terceira vítima.
Essa forma inferior do intelecto, sempre necessária, é também, em certas condições, suficiente.
O principal capital do bom senso é constituído por considerações elementares obtidas da experiência geral: fique longe do fogo... prefira a estrada principal... não cutuque o cachorro que dorme... etc. etc.
Num ambiente social estável, o bom senso é mais do que suficiente para comerciar, curar os doentes, escrever artigos, dirigir um sindicato, votar no parlamento, fundar uma família, crescer e multiplicar-se.
Mas, mal ele tenta escapar de seus limites naturais e invadir o campo das generalizações mais complexas, ei-lo que não é mais do que um conglomerado de preconceitos de determinadas classes, em determinado período.
A simples crise do capitalismo o desconcerta; diante de catástrofes como as revoluções, as contra-revoluções e as guerras, o bom senso demonstra sua completa imbecilidade.
Para compreender as convulsões “catastróficas” do curso “normal” das coisas, são necessárias qualidades intelectuais mais elevadas, cuja expressão filosófica, até hoje, só o materialismo dialético garantiu”.






TROTSKY, Leon. Moral e Revolução – Capítulos 10 a 16. Sem indicação do tradutor. (1936)
Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ma000065.pdf


Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leon_Tr%C3%B3tski

2 comentários:

Vicktor Reis disse...

Amigo James
É sempre grato e enriquecedor visitar o teu blogue.
Um abraço.

Anônimo disse...

Gostei das REFLEXÕES!

Forte abraço,