sexta-feira, 12 de setembro de 2008

BRONISLAW BACZKO (4)



Bronislaw Baczko
Em
Imaginação social







“A geração dos símbolos e ritos revolucionários é uma das facetas mais significativas da produção intensa de imaginários sociais”.



“... em nenhum caminho da sua história, nem mesmo caminhos da revolução, seja ela “burguesa” ou outra, os homens passeiam nus.

Precisam de “fatos”, de signos e imagens, de gestos e figuras, a fim de comunicarem entre si e se reconhecerem ao longo do caminho.

Os sonhos e as esperanças sociais, freqüentemente vagos e contraditórios, procuram cristalizar-se e andam em busca de uma linguagem e de modos de expressão que os tornem comunicáveis.

Os princípios e conceitos abstratos só se transformam em idéias-força quando são capazes de se constituir como pólos em torno dos quais a imaginação coletiva se organiza”.




“Na grande maioria dos casos, verifica-se a mesma tendência: os símbolos expontâneos tornaram-se obrigatórios, impostos.

As minorias militantes, para não dizer o próprio poder, fazem deles um instrumento efetivo a fim de implantar novos valores, transformar as almas e ligá-las à nova ordem política e social”.




“O nascimento e a difusão dos signos imaginados e dos ritos coletivos traduzem a necessidade de encontrar uma linguagem e um modo de expressão que correspondam a uma comunidade de imaginação social, garantindo às massas, que procuram reconhecer-se e afirmar-se nas suas ações, um modo de comunicação.”





BACZKO, Bronislaw. Imaginação social. In: ROMANO, Ruggiero (org.). Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1985. v. 5


VER TAMBÉM:

REFLEXÕES: BRONISLAW BACZKO


REFLEXÕES: BRONISLAW BACZKO (2)


REFLEXÕES: BRONISLAW BACZKO (3)

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