terça-feira, 16 de setembro de 2008

ANTONIN ARTAUD



Antonin Artaud
Em
O Teatro e seu duplo.





“Mais urgente não me parece tanto defender uma cultura cuja existência nunca salvou uma pessoa de ter fome e da preocupação de viver melhor, quanto extrair, daquilo que se chama cultura, idéias cuja força viva é idêntica à da fome”.



“Se o signo da época é a confusão, vejo na base dessa confusão uma ruptura entre as coisas e as palavras, as idéias, os signos que são a representação dessas coisas”.



“Julga-se um civilizado pelo modo como se comporta; mas já quanto à palavra civilizado reina a confusão; para todo mundo, um civilizado culto é um homem bem informado sobre os sistemas e que pensa em sistemas, em formas, em signos, em representações.

É um monstro no qual se desenvolveu até o absurdo essa faculdade que temos de extrair pensamentos de nossos atos ao invés de identificar nossos atos com nossos pensamentos”.



“Por mais que exijamos a magia, porém, no fundo temos medo de uma vida que se desenvolveria toda sob o signo da verdadeira magia”.



“Romper a linguagem para tocar na vida é fazer ou refazer o teatro; e o importante é não acreditar que esse ato deva ser algo sagrado, isto é, reservado.
O importante é crer que todos podem fazê-lo e que para isso é preciso uma preparação.

Isto leva à rejeição das limitações habituais do homem e dos poderes do homem e a tornar infinitas as fronteiras do que chamamos de realidade”.






ARTAUD, Antonin. O Teatro e seu duplo. Tradução e Posfácio de Teixeira Coelho. São Paulo: Editora Max Limonad, 1987.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonin_Artaud



2 comentários:

Laura_Diz disse...

Obrigada pelo comentário lá.
tenho especial admiração por Artaud, fiz um post, uma vez faz tempo, sobre "os suicidados pela sociedade", incluo Artaud.
Abs,
Laura

Sei que existes disse...

Por vezes a vida é mesmo uma boa confusão!...
Beijo grande