Antonin Artaud
Em
O Teatro e seu duplo.
“Mais urgente não me parece tanto defender uma cultura cuja existência nunca salvou uma pessoa de ter fome e da preocupação de viver melhor, quanto extrair, daquilo que se chama cultura, idéias cuja força viva é idêntica à da fome”.
“Se o signo da época é a confusão, vejo na base dessa confusão uma ruptura entre as coisas e as palavras, as idéias, os signos que são a representação dessas coisas”.
“Julga-se um civilizado pelo modo como se comporta; mas já quanto à palavra civilizado reina a confusão; para todo mundo, um civilizado culto é um homem bem informado sobre os sistemas e que pensa em sistemas, em formas, em signos, em representações.
É um monstro no qual se desenvolveu até o absurdo essa faculdade que temos de extrair pensamentos de nossos atos ao invés de identificar nossos atos com nossos pensamentos”.
“Por mais que exijamos a magia, porém, no fundo temos medo de uma vida que se desenvolveria toda sob o signo da verdadeira magia”.
“Romper a linguagem para tocar na vida é fazer ou refazer o teatro; e o importante é não acreditar que esse ato deva ser algo sagrado, isto é, reservado.
O importante é crer que todos podem fazê-lo e que para isso é preciso uma preparação.
Isto leva à rejeição das limitações habituais do homem e dos poderes do homem e a tornar infinitas as fronteiras do que chamamos de realidade”.
ARTAUD, Antonin. O Teatro e seu duplo. Tradução e Posfácio de Teixeira Coelho. São Paulo: Editora Max Limonad, 1987.
Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonin_Artaud
2 comentários:
Obrigada pelo comentário lá.
tenho especial admiração por Artaud, fiz um post, uma vez faz tempo, sobre "os suicidados pela sociedade", incluo Artaud.
Abs,
Laura
Por vezes a vida é mesmo uma boa confusão!...
Beijo grande
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