segunda-feira, 8 de setembro de 2008

JOSÉ INGENIEROS (2)



José Ingenieros
Em
ÁUREA MEDIOCRITAS?







“Para conceber uma perfeição, é mister possuir certo nível ético, e é indispensável alguma educação intelectual. Sem isso, podem ter-se fanatismos e superstições; ideais, nunca”.




“Os que vivem abaixo desse nível, e não adquirem essa educação, permanecem sujeitos a dogmas que os outros lhes impõem, escravos de fórmulas paralisadas pela ferrugem do tempo.

Suas rotinas e seus preconceitos parecem-lhe eternamente invariáveis; sua obtusa imaginação não concebe perfeições passadas, nem vindouras; o estreito horizonte de sua experiência constitui o limite obrigatório de sua mente.

Não podem formar um ideal.

Encontrarão nos alheios, uma chispa capaz de incendiar suas paixões; serão sectários, podem sê-los.

E não advertirão, sequer, a ironia dos que os convidam a se arrebanharem, em nome de ideais que podem servir, mas não compreendem.

Todo sonho, seguido pelas multidões é pensado apenas por poucos visionários, que são seus amos”.





“Não concebemos o aperfeiçoamento social como produto da uniformidade de todos os indivíduos, senão, como combinação harmônica de originalidades incessantemente multiplicadas.

Todos os inimigos da diferença o são também do progresso; é natural, portanto, que considerem a originalidade como um defeito imperdoável”.






INGENIEROS, José. O Homem Medíocre. Sem indicação do tradutor. Nova edição autorizada. Rio de Janeiro: Edições Spiker, sem data.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ingenieros

3 comentários:

Claudio Boczon disse...

boníssimo o texto.

L.Reis disse...

Há coisasque, de tão evidentes, nunca chegam a ser vistas e têm que ser mostradas...mais um momento de reflexão!

Helena disse...

Eu cá, sou pela diferença!
Traz luz e um imaginário mais rico.

Abraço.