sábado, 7 de fevereiro de 2009

MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO



Mário de Sá-Carneiro
Em
A Confissão de Lúcio.





“E a minha vida, livre de estranhezas, é no entanto uma vida bizarra – mas de uma bizarria às avessas.
Com efeito, a sua singularidade encerrava-se, não em conter elementos que não se encontram nas vidas normais – mas sim em não conter nenhum dos elementos comuns a todas as vidas.
Eis pelo que nunca me sucedeu coisa nenhuma.
Nem mesmo o que sucede a toda a gente.
Compreende-me?


Eu compreendia sempre.
E ele fazia-me essa justiça.
Por isso as nossas conversas de alma se prolongavam em geral até de manhã; passeando nas ruas desertas, sem sentirmos frio nem cansaço, numa intoxicação mútua e arruivada”.







Sá-Carneiro, Mário de. As Confissões de Lúcio. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000238.pdf


Sobre Mário de Sá-Carneiro clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mário_de_Sá-Carneiro

Um comentário:

L.Reis disse...

Ah...de vez em quando também é bom encontrar por aqui estas "coisas" que conheço tão bem...
(Respondi por mail à pergunta que deixaste no Digitalpixel))