segunda-feira, 25 de maio de 2009

GADAMER



Hans-Georg Gadamer
Em
O Problema da Consciência Histórica.






“Numa civilização em que a consciência coletiva é comandada pelo progresso da ciência, o aperfeiçoamento da tecnologia, a crença na riqueza e o ideal do lucro – e talvez também marcada pelos presságios de que esse sonho chega ao fim –, a novidade e a inovação encontram-se precisamente em uma situação crítica, pois o antigo já não oferece mais verdadeiras resistências nem encontra defensor.

Tal é provavelmente o aspecto mais importante da consciência histórica atualmente caracterizada como burguesa: não que o antigo deva ser relativizado, mas que o novo, por sua vez relativizado, torne possível uma justificação do antigo.



Não é verdade que a questão de saber o que é se resolva sempre necessariamente, seja a favor do novo, que não tarda a se tornar obsoleto, seja a favor do que foi.

Sem dúvida, o relativismo histórico tornou intelectualmente impossível o retorno efetivo de modos anteriores de pensamento e de toda sistematização ingênua.

Mas a questão filosófica não pode deixar de ser colocada.

Não se pode reduzi-la à sua função social nem contorna-la, rejeitando-a ou legitimando-a a partir da crítica da ideologia.

A consciência histórica transcendeu desde sempre tudo isso para retomar – embora tardiamente – a interrogação à qual damos o nome de filosofia”.









GADAMER, Hans-Georg. O Problema da Consciência Histórica. Organizador: Pierre Fruchon; Tradução de Paulo César Duque Estrada. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.

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