segunda-feira, 11 de maio de 2009

MERLEAU-PONTY



Maurice Merleau-Ponty
Em
O Homem e a Comunicação.






“A idéia de uma linguagem se forma e apóia sobre a linguagem atual que falamos, que somos, e a linguística não passa de uma maneira metódica e mediata de esclarecer por todos os outros fatos de linguagem esta palavra que se pronuncia em nós e à qual, mesmo em meio ao nosso trabalho científico, continuamos ligados como que por um cordão umbilical”.



“A filosofia não é a passagem de um mundo confuso a um universo de significação fechada.
Ela começa ao contrário com a consciência do que rói e faz explodir, mas também renova e sublima nossas significações adquiridas”.



“Falar e ouvir, ação e percepção só são para mim operações diferentes quando reflito, e decomponho as palavras pronunciadas em influxos motores ou em momentos de articulação – as palavras ouvidas em sensações e percepções auditivas.
Quando falo, não me represento os movimentos a fazer: todo o meu aparelho corporal se reúne para alcançar e dizer a palavra como minha mão se mobiliza por si mesma para pegar o que me estendem.
Bem mais: não é a palavra a dizer que viso, e nem mesmo a frase, é a pessoa, falo com ela segundo o que ela é com uma segurança às vezes prodigiosa, uso palavras, com efeitos que ela pode compreender, ou aos quais ela possa ser sensível e, se pelo menos tenho tato, minha palavra é a um só tempo órgão de ação e de sensibilidade, essa mão leva olhos à sua extremidade”.







MERLEAU-PONTY, Maurice. O Homem e a Comunicação. Tradução de Celina Luz. Rio de Janeiro: Bloch, 1974.

Sobre Merleau-Ponty clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Merleau-Ponty

Um comentário:

Anna Flávia disse...

Lembrei de minha monografia, foi sobre comunicação. :)

Beijo.