sexta-feira, 23 de abril de 2010

ALBERT CAMUS (4)



Albert Camus
Em
A Peste.






“Uma forma comoda de travar conhecimento com uma cidade é procurar saber como se trabalha, como se ama e como se morre”.




“Pergunta: Como fazer para não se perder tempo?

Resposta: Senti-lo em toda a sua extensão.

Meios: Passar os dias na sala de espera de um dentista, numa cadeira desconfortável, viver as tardes de domingo na varanda, ouvir conferências numa língua que não se compreende; escolher os itinerários de trem mais longos e menos comodos e viajar de pé, naturalmente; fazer fila nas bilheterias dos espetáculos e não ocupar o seu lugar, etc.”.




“Quando estoura uma guerra, as pessoas dizem: “Não vai durar muito, seria idiota”.
E sem dúvida uma guerra é uma tolice, o que não a impede de durar.
A tolice insiste sempre, e compreendê-la-íamos se não pensássemos sempre em nós.
Nossos concidadãos, a esse respeito, eram como todo mundo: pensavam em si próprios.
Em outras palavras, eram humanistas, não acreditavam em flagelos.
O flagelo não”.




“Experimentavam assim o sofrimento profundo de todos os prisioneiros e de todos os exilados, ou seja, viver com uma memória que não serve para nada.
Esse próprio passado, sobre o qual refletiam sem cessar, tinha apenas o gosto do arrependimento.
Na verdade, gostariam de poder acrescentar-lhe tudo quanto lamentavam não ter feito, quando ainda podiam fazê-lo, junto a esse ou aquela que esperavam”.







CAMUS, Albert. A Peste. Tradução de Valery Rumjanek. Disponível em: http://temqueler.files.wordpress.com/2007/12/camus-a-peste.doc

Sobre Albert Camus clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus

2 comentários:

Anna Flávia disse...

Não importa o motivo, não importa a duração... Guerra é sempre tolice mesmo.


Beijo

redonda disse...

Li esre livro há pouco tempo. Está muito bem escrito.