Alan Watts
Em Psicoterapia Oriental & Ocidental:
“A ciência e a psicoterapia já fizeram muito também para nos libertar da prisão que nos isolava da natureza, prisão na qual tínhamos de renunciar a Eros, desprezar o organismo físico e depositar todas as nossas esperanças em um mundo sobrenatural – que viria depois.
Mas a prova de que essa libertação está longe de ser completa é o fato de ter o naturalismo do século XIX sido a base de um assalto à natureza sem precedentes na História.
Em outras palavras, essa libertação é assunto muito particular mesmo para a pequena minoria que a compreendeu plenamente e a aceitou.
Ela ainda nos deixa como estranhos nos cosmos – sem o julgamento de Deus mas sem seu amor, sem os pavores do inferno mas sem a esperança do Céu, sem muitos dos sofrimentos físicos dos tempos pré-científicos mas sem o sentimento de que a vida humana tem sentido.
O cosmos cristão desapareceu, mas o ego cristão permanece – sem outro recurso a não ser o de tentar esquecer sua solidão em alguma forma de coletivismo, todos se encostando uns nos outros no escuro”.
Alan Watts foi um dos grandes divulgadores do pensamento zen-budista nos Estados Unidos e na Inglaterra. Recebeu o grau de mestre do Seabury-Western Theological Seminary, em Illinois, e um doutorado honorário em divindade da University of Vermont. Nasceu na Inglaterra, em 1915 e morreu em 1973 nos Estados Unidos.
WATTS, Alan W. Psicoterapia Oriental & Ocidental. Tradução de José Veiga. Rio de Janeiro: Editora Record, s/data (original 1961).
Sobre o autor:http://en.wikipedia.org/wiki/Alan_Watts
sábado, 8 de setembro de 2007
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