terça-feira, 4 de setembro de 2007

SENECA

Seneca
Em Consolação À Minha Mãe Hélvia




“É a alma que torna ricos os homens: a alma segue-os no exílio; e quando encontra quanto basta para sustentar o corpo, mesmo nas mais ásperas solidões, é rica e goza de seus bens; à alma nada importa o dinheiro, não mais do que importa aos deuses imortais”


“Todas essas coisas que os tolos, escravos do próprio corpo, olham admirando – mármores, ouros, pratas, grandes mesas redondas e polidas – são pesos terrenos que não podem atrair uma alma pura e que lembra sua natureza, imune de tal vício e pronta para voar ao céu assim que se liberta do corpo, ...”


“Por isso, não pode nem ser mandada ao exílio, pois que é livre, semelhante aos deuses, presente em todo o espaço e contemporânea a todo o tempo: porque seu pensamento vaga em todos os céus e penetra o passado e o futuro.”


“É esse nosso mísero corpo, prisão e corrente da alma, que pode ser jogado em qualquer lugar; sobre ele têm poder os suplícios, os roubos, as doenças: a alma é sagrada e eterna, e ninguém lhe pode fazer violência.”



SENECA, Lúcio Aneu. Obras. Tradução de G. D. Leoni. São Paulo: Atena Editora, 1955.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9neca

Um comentário:

Lord Broken Pottery disse...

James,
Incrível como falamos em alma.
Abração