Em
A Arte de Amar
“Não te aconselho a dares presentes caros a amante; que sejam modestos, mas que sejas hábil ao escolhê-los e oferecê-los.”
“Aconselhar-te-ei a enviar-lhe também ternos versos? Infelizmente, a poesia não goza de muito prestígio. A poesia é louvada, mas o que se espera são os presentes valiosos. Contanto que seja rico, o próprio bárbaro agrada. Realmente, esta é a idade do ouro.”
“Mas se queres, realmente, conservar o afeto da mulher amada, faze com que ela te julgue embasbacado com sua beleza.”
“Se teus atos, por mais bem escondidos que sejam, venham a ser descobertos, nega-os decididamente. Não te mostres nem mais submisso nem mais carinhoso que de costume: tais coisas constituem prejudiciais indícios de culpabilidade.”
“O prazer oferecido por obrigação não me seduz; que a mulher não cumpra nenhum dever para comigo. Gosto de ouvir palavras em que ela confesse o prazer e me pede para ser mais lento e conter-me. Gosto de ver os olhos langorosos de uma mulher desvairada, que se tendo esgotado, não quer ser tocada por muito tempo.”
OVÍDIO A Arte de Amar. Tradução de David Jardim Júnior. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, s/data.
Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovidio
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