quarta-feira, 26 de setembro de 2007

EPICURO (3)

Epicuro
Em
Pensamentos




“Formula a seguinte interrogação a respeito de cada desejo:
Que me sucederá se se cumpre o que quer o meu desejo? Que me acontecerá se não se cumpre”?

“Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros são naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos apenas de uma opinião”.

“Aqueles desejos que não trazem dor se não são satisfeitos não são necessários; o seu impulso pode ser facilmente posto de parte, quando é difícil obter a sua satisfação ou parecem trazer consigo algum prejuízo”.

“Quando te angustias com as tuas angústias, te esqueces da natureza: a ti mesmo te impões infinitos desejos e temores”.

“Então quem obedece à natureza, e não às vãs opiniões a si próprio, se basta em todos os casos.
Com efeito, para o que é suficiente por natureza, toda a aquisição é riqueza, mas, por comparação com o infinito dos desejos, até a maior riqueza é pobreza”.



EPICURO. Pensamentos. Tradução de Johannes Mewaldt e outros. São Paulo: Editora Martin Claret, 2005.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro

Um comentário:

L.Reis disse...

É com espanto que constato a actualidade deste pensamento...há coisas que nem o tempo consegue mudar...